Por Claudio Leal – Terra Magazine
Em linha diversa dos analistas de pesquisas, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), avalia que a exposição da pré-candidata Dilma Rousseff nos programas televisivos do PT não justifica o crescimento de sete pontos na sondagem do Datafolha, na qual está empatada com José Serra (PSDB) em 37%.
“Acho que não teve grande impacto, porque, nesse mesmo período, Serra teve uma exposição grande na televisão, maior do que a da Dilma, com muitos fatos positivos, muitas matérias elogiosas. Ainda ocorreram as declarações do Ciro, favoráveis a ele”, analisa Vaccarezza.
Para o congressista, as intenções de voto em Dilma crescem “à medida que a população toma conhecimento de que ela é a única entre os candidatos que será capaz de dar continuidade às políticas sociais e econômicas do governo Lula”.
Na pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (22), no jornal Folha de S. Paulo, Serra caiu cinco pontos e Dilma subiu sete. No voto espontâneo, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista de candidatos, a pré-candidata do PT conta com 19%; Serra, 14%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo Vaccarezza, a estratégia de Serra de preservar Lula dos ataques “soa falso” aos ouvidos do povo, já que o ex-governador paulista assumiu ministérios nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e fez oposição durante oito anos. “A população não é boba. Até a rejeição a ele aumentou. A verdade é que eles não têm eixo”, opina.
O líder do governo ironiza o alcance das críticas de Serra ao “patrimonialismo do PT”: “Aí é o tucanês. Em 2006, Alckmin inventou o ‘choque de gestão’. Vestiu o jaleco do Banco do Brasil e um chapéu de couro. Ficou engraçado!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário