Dilma Rousseff concedeu entrevista ao telejornal SBT Brasil, nesta quarta-feira, 26.
Se saiu muito bem. Deu um show.
Questionada sobre carga tributária, disse que defende a desoneração de impostos sobre os investimentos, exportações e o emprego.
Sobre estatização ou privatização, ela disse que "É uma maluquice privatizar a Petrobras", que não vai vender nenhum patrimônio público, e vai estatizar áreas preenchidas por empresas privadas, como a acusam.
Sobre criminalidade, ela defendeu a combinação de uma ação forte da polícia, combinada com a presença do estado, e investimentos sociais que dêem oportunidade e esperança aos jovens, e evitem a desagregação familiar, citando o exemplo bem sucedido das Unidades de Polícia Pacificadoras no Rio de Janeiro, que devem ser levadas para o Brasil inteiro.
Dilma, quando questionada, também criticou algumas liberalidades do sistema jurídico quando liberta presos perigosos antes de cumprir a pena integralmente.
Perguntada sobre os que a chamam de "terrorista", Dilma tirou de letra, explicando que na época, a ditadura empurrava os jovens como ela para falta de opções que levavam a grupos rebeldes. Após ser presa, torturada e sair da prisão, retomou a luta política democrática, até a conquista da redemocratização.
Sobre críticas a "loteamento de cargos", Dilma defendeu indicações que respeitem critérios técnicos, de competência, e lembrou que o oponente a critica, mas indicou um deputado para a agência de transportes de São Paulo.
Sobre o Banco Central, ela defendeu a autonomia operacional, com o Presidente da República tendo a prerrogativa de nomear e demitir aqueles que não cumprem metas.
Perguntada se prefere mais inflação com mais crescimento ou o contrário, ela disse que prefere "matar a inflação no porrete" (expressão usada por Carlos Nascimento), mas que não precisa haver esse conflito, pois o governo Lula quebrou dogmas, que antes diziam não ser possível: provou que consegue crescer com inflação controlada e distribuição de renda, ao mesmo tempo.
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