quarta-feira, 31 de março de 2010

Hoje é o dia da saída de Dilma

Depois de sete anos e três meses no governo, a ministra Dilma Rousseff deixa hoje o cargo para se dedicar à campanha eleitoral. Pré-candidata do PT à sucessão do Presidente Lula, Dilma será homenageada por funcionários da Casa Civil, em um auditório do Palácio do Planalto.
É nessa cerimônia de despedida, mais reservada, que Dilma pedirá à equipe apoio a Erenice Guerra, atual secretária-executiva da Casa Civil que assumirá o ministério.
De lá, seguirá para a solenidade de posse coletiva dos novos ministros, no Palácio Itamaraty. Em seu discurso, Lula fará um agradecimento à mulher que escolheu para a sucessão presidencial. Dirá que ficou impressionado com a capacidade de trabalho dela desde que a convidou para ser ministra das Minas e Energia. Dilma só chegou à Casa Civil em junho de 2005.
Após sua saída do governo, Dilma planeja encontros e atos políticos. A primeira agenda, fora da capital federal, será em Minas Gerais.
Trata-se de um "roteiro afetivo" por cidades do Estado onde ela nasceu. Está acertado que Dilma irá a Belo Horizonte e Ouro Preto. O PT organizará reuniões com vários tipos de público para ela apresentar os eixos de seu programa de governo, ancorado no mote de um novo projeto de desenvolvimento.
Partidos aliados também darão uma força. Na segunda-feira, após Páscoa, Dilma participará do encontro do PR que vai declarar apoio à sua candidatura. Não é só: dia 8 será a vez de o PC do B caprichar na homenagem.

Hoje tem "bota-fora de Serra": todo mundo pode ir que é no MASP e a polícia não vai poder bater

Cerca de 42 entidades ligadas ao funcionalismo público farão o “bota fora” de José Serra (PSDB/SP), em comemoração pela saída do demo-tucano do governo paulista.
As 12 horas, no vão livre do Masp, na Av. Paulista, haverá um almoço de “gala” com o valor do vale-refeição pago pelo governo do mais rico estado da Federação.
Todo mundo que estiver próximo ao local, e quiser dar o seu desabafo de "já vai tarde" para o ditador José Serra (PSDB/SP), pode ir sem medo, porque a manifestação é pacífica, e será longe do Palácio dos Bandeirantes, por isso a polícia não pode bater em ninguém.
Aliás, os policiais, na de almoço, que também são funcionários, e que estiverem insatisfeitos com o salário e condições de trabalho no governo Serra, também estão convidados para o "banquete" na base da "coxinha", e para participarem do bota fora.
As 14 horas no mesmo local haverá assembléia dos professores estaduais em greve.

Procuradoria recomenda manutenção da cassação de Kassab do DEM

A Procuradoria Regional Eleitoral recomenda em parecer que a Justiça mantenha a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e da sua vice Alda Marco Antonio (PMDB). Os dois foram cassados no mês passado pelo juiz Aloísio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, por recebimento ilegal de doação na campanha eleitoral de 2008.
No parecer, o procurador Luiz Carlos Dos Santos Gonçalves recomenda que Kassab e Alda recorram da decisão fora do cargo.
Por outro lado, o procurador recomenda mudar a decisão de primeira instância, que também determinou que Kassab e Alda ficassem inelegíveis por três anos. "[...] Determinando-se, ademais, a imediata execução do julgado, no que tange à cassação do diploma expedido", diz.
Kassab e Alda recorreram da cassação, que foi suspensa dois dias depois da primeira decisão. Na ocasião, a Justiça Eleitoral acolheu pedido de efeito suspensivo formulado pela defesa do prefeito de São Paulo. Com isso, a sentença de cassação ficou suspensa até o pronunciamento do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo.

Cassação
O juiz de primeira instância aceitou a denúncia do Ministério Público Eleitoral, que acusou o prefeito de ter recebido doações ilegais da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), de sete construtoras e do Banco Itaú.
A Lei Eleitoral proíbe que candidatos ou partidos políticos recebam doações de empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. No caso de Kassab, seriam as construtoras que prestam serviços à Prefeitura de São Paulo.
Na semana passada, entretanto, o TRE-SP derrubou decisão de primeira instância que cassava o mandato do vereador Carlos Apolinário (DEM).
Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 30 de março de 2010

Pela unidade partidária, Suplicy declara apoio a Mercadante

Em nome da unidade partidária do PT de São Paulo, o Senador Eduardo Suplicy retirou sua pré-candidatura ao Governo paulista. A decisão foi tomada durante reunião com todos os membros da Executiva Estadual na sede do Diretório, na tarde de ontem (29). “O Senador Suplicy faz um gesto grandioso, de construtor partidário. Chama a unidade do PT, retira a pré-candidatura e declara apoio ao Senador Aloizio Mercadante”, disse o presidente do PT-SP, Edinho Silva.
Segundo o dirigente, Suplicy reconhece que o momento político exige grande unidade do partido. “O gesto foi reconhecido por toda a Executiva. Ele já é uma pessoa respeitada e extremamente querida no partido. Seu gesto apenas reforça sua imagem de liderança partidária que ajudou a construir nosso partido”, destacou Edinho. Suplicy deve fazer em breve uma reunião com todas as lideranças que declararam apoio a ele. No início deste mês, Suplicy entregou ao PT-SP um documento com mais de 3 mil assinaturas de filiados com a indicação do seu nome à pré-candidatura ao governo do estado.
Para o PT-SP, a oportunidade de repetir a candidatura do Senador Aloizio Mercadante é bastante positiva, pois ajuda o partido acumular no processo eleitoral. Mercadante alcançou melhor resultado eleitoral da história do partido no estado saindo de 12% para 32% em 2006. “O fato de repetirmos a candidatura acumulamos em torno da liderança, criamos condições de fortalecer a política de alianças e a construir o programa de governo”, disse Edinho.
Com a pré-candidatura de Mercadante, Marta Suplicy irá concorrer a uma vaga no Senado. A outra vaga será dos partidos aliados.

Encontro: Está previsto para o final de abril o Encontro Estadual do PT-SP que vai homologar as pré-candidaturas do PT em São Paulo. Além disso, é no Encontro que haverá a homologação da tática eleitoral e das diretrizes do programa de governo. Também será o espaço que a Direção do PT-SP tenha autorização para composição das chapas de deputados federais, estaduais e senado.

“Almoço de gala” e “Bota-fora” denunciam descaso com políticas públicas

O Partido dos Trabalhadores de São Paulo, em conjunto com os movimentos sindicais e sociais preparam para o dia 31 de março, uma série de manifestações que denunciarão o descaso com políticas públicas do governo de José Serra, que deixa o cargo nesta quarta-feira, para concorrer à presidência da República.
Às 12 horas, no Vão Livre do MASP (Av. Paulista), o funcionalismo do estado promoverá um “almoço de gala” com a presença de personalidades e parlamentares. O valor cobrado será de 4,00 reais, o mesmo do vale refeição. José Serra, um dos convidados, terá uma cadeira reservada.
Às 14 horas, os professores, em greve há duas semanas, farão nova assembleia para avaliar o rumo da paralisação. Após todos seguirão em caminhada até o centro velho da cidade, onde haverá o “Bota Fora de Serra” e das políticas neoliberais.
O secretário Sindical do PT/SP, Ângelo D’Agostini Junior, disse que está contando com a presença de Serra para que ele sinta na pele a realidade de centenas de trabalhadores, das mais diversas categorias, que foram ignoradas durante sua gestão. “Nossa expectativa é de que o governador tucano compareça e almoce o vale coxinha”.
O secretário também explicou que o “Bota Fora” tem como objetivo dar um basta nas políticas neoliberais dos governos “demotucanos” que descartam as políticas públicas, que na sua avaliação, são fundamentais para o desenvolvimento do país.
As categorias envolvidas prometem uma grande mobilização, que contará com boa dose de criatividade a partir de alas, que denunciarão o desmonte do Estado praticado por tais políticas.
Fonte: Diretório Estadual

DILMA LANÇA O "PAC". SERRA LANÇA "ESFOLA PROFESSORES"


O presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff preocupados com o bem estar do povo brasileiro e do Brasil, lançam em Brasília o "PAC 2". Mais empregos, mais desenvolvimento, mais habitações, mais crescimento econômico. Enquanto em São Paulo...



José Serra, candidato da Mídia Burguesa e da Avenida Paulista, lança contra os Professores sua Tropa de Elite, que apanharam e muitos foram parar nos hospitais de São Paulo. José Serra não tem diálogo com classe trabalhadora e nem com os Movimentos Sociais, etc. etc.

PAC 2 é herança bendita para sucessor, diz Dilma

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira (29), durante lançamento da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, que o projeto é uma “herança bendita” que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai deixar para o sucessor. “O PAC 2 revela a posição de estadista do presidente Lula, que se preocupa com o destino de todas as gerações e o futuro do país. O PAC 2 é herança bendita que vamos deixar para quem venha suceder nosso governo”, afirmou a ministra, pré-candidata do PT à presidência.
Coube a Dilma apresentar os detalhes dos investimentos previstos no novo PAC. A ministra afirmou, durante seu discurso, que “nenhum outro governo” promoveu mais ações em conjunto com estados e municípios. “O PAC firmou a mais sólida relação entre o setor público e privado. E promoveu trabalho harmônico e integrado entre estado e municípios. Nenhum outro governo promoveu relação mais efetiva com estados do que o do presidente Lula”.
A ministra voltou a dizer que o governo não se preocupa com a filiação partidária dos prefeitos e governadores na hora de liberar recursos. “A liberação de recursos sempre esteve relacionada a apresentação de projetos consistente e não motivos partidários. Todos os governadores, todos os prefeitos foram tratados indistintamente, de forma republicana, como parceiros iguais”, disse.

Estagnação
Dilma se emocionou ao elogiar o governo. A ministra explicou que o Brasil passou pelo desenvolvimentismo, autoritarismo e pelo estado mínimo e que, segundo ela, Lula criou um novo tipo de Estado.
“No governo do presidente Lula observamos a criação de um estado indutor, que cria condições para que as coisas sejam feitas e cobra dos agentes econômicos que as coisas sejam bem feitas. É um Estado que não se omite diante do mercado. Um Estado supera o economicismo e afirma a primazia do social. Tem presença clara do desenvolvimento da nação, mas não quer concorrer com iniciativa privada porque não é concorrente dela, é parceiro”, afirmou.
Dilma voltou a criticar os governos passados ao dizer que durante a gestão de Lula “foram superadas décadas de estagnação”. “Atravessamos o deserto da estagnação. O governo lula, governo do qual nos orgulhamos de fazer parte, não aceita outro caminho senão o desenvolvimento com distribuição de renda”, afirmou a ministra, com a voz embargada.

Logística
A ministra apresentou os números do novo PAC para investimentos em transporte público. Dilma ressaltou a necessidade de investir em logística para que o Brasil esteja preparado para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
“Hoje o Brasil exerce novo papel no cenário econômico mundial e por isso é necessário investir em logística. Vamos sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo, e nossa capacidade será testada. Longe de achar que esses desafios nos atemorizam, eles são um estímulo para que o PAC 2 seja perseguido sem cessar e com ele pretendemos aplicar em torno de 109 bilhões de reais em infraestrutura e logística”, afirmou Dilma.
A ministra detalhou ainda que haverá investimentos específicos para viabilizar trens de alta velocidade. O PAC 2 prevê R$ 46 bilhões na construção de trens que ligam São Paulo a Curitiba (PR); Campinas (SP) ao Triângulo Mineiro (MG) e Campinas (SP) a Belo Horizonete (MG).

‘Energia não vai nos faltar’
A ministra afirmou ainda que os investimentos previstos no PAC 2 para a geração de energia garantem que não haverá novo apagão no país. Em novembro de 2009, um blecaute deixou São Paulo e Rio de Janeiro no escuro por mais de 4 horas, além de afetar parcialmente outras regiões do país. Quinze dias antes do ocorrido, a ministra Dilma havia dito que o Brasil estava livre de apagões. Em seu discurso nesta tarde, Dilma destacou investimentos em energia limpa.
“Energia não vai nos faltar. O PAC energia foi pensado para isso, para tornar mais rica e limpa nossa energia elétrica. O Brasil vai continuar a ser um exemplo no mundo. Investimentos em geração de energia serão impulsionados para deixar para trás o fantasma do racionamento”, afirmou. O PAC 2 prevê investimentos de R$ 465,5 bilhões na área de energia até 2014.

Minha Casa, Minha Vida
A ministra anunciou que o PAC 2 pretende construir 2 milhões de moradias populares até 2014. Segundo Dilma, se o objetivos objetivos do novo PAC e do programa Minha Casa, Minha Vida forem cumpridos, 3 milhões de casas serão construídas nos próximos quatro anos.
“Nessa nova etapa nos colocamos um objetivo mais ousado, que é investir perto de R$ 72 bilhões na construção de 2 milhões de moradias. O detalhe é que será priorizado ainda mais as famílias de baixa renda- 90% das casas serão destinados a famílias com até 6 salários mínimos. Finalizando aqui, fechando essa parte, com o PAC 1 e o PAC 2 serão construídas 3 milhões de moradias”, afirmou a ministra.
Dilma disse ainda que todas as casas previstas no novo programa terão aquecimento solar. “Estaremos reduzindo déficit de moradias pela metade se cumprimos esses dois programas. Todas essas moradias terão aquecedor solar obrigatoriamente”.

segunda-feira, 29 de março de 2010

96% de Aprovação!!!

Pesquisa Datafolha divulgada na edição deste domingo pela Folha de S. Paulo aponta que o Presidente Lula, teve sua melhor avaliação desde que assumiu o cargo em 2003. Segundo pesquisa feita nos dias 25 e 26 de março com 4.158 eleitores, 76% da população consideram o governo ótimo ou bom, e 4% o consideram ruim ou péssimo. 20% dos eleitores que consideram seu governo regular e 1% os que não souberam avaliar.
A aprovação de Lula também é a melhor de um Presidente desde que o instituto de pesquisa começou a apurar os dados dos governantes, em 1990. Ainda segundo a pesquisa, as famílias com renda superior a dez salários mínimos (R$ 5,1 mil) foram responsáveis pelo maior salto na avaliação de Lula, passando de 56% para 68%. A avalição do Presidente também avançou entre as pessoas com mais de 60 anos (de 67% para 73%), entre as mulheres (de 71% para 75) e entre os brasileiros com ensino superior (de 65% para 70%). No Sul e Sudeste, 69% das pessoas consideram o governo ótimo ou bom, e no Nordeste, o percentual atinge 87%.

Qual sua opinião sobre esta nova exigência das escolas estaduais de S.Paulo?

As escolas estaduais de São Paulo, sob direção de José Serra, candidato à presidência, estão pedindo aos pais de estudantes com necessidades especiais que fiquem com os filhos na classe durante o período de aula como condição para acolhê-los nas escolas. Qual sua opinião sobre esta exigência?.

Fábio Mazzitelli, Mariana Lenharo
As escolas estaduais paulistas estão pedindo aos pais de estudantes com deficiência física que fiquem com os filhos na classe durante o período de aula. A presença de um familiar na escola é colocada por diretores dos colégios públicos como condição para acolher esses alunos, em geral cadeirantes com limitações motoras graves, diante da falta de estrutura para abrigá-los no ensino regular. A inclusão desses estudantes é garantida por lei.
O aposentado Helton Messias, de 64 anos, foi à Justiça. Pai de Matheus, 6 anos, ele se recusou a seguir a orientação da direção do colégio estadual e entrou com uma ação pedindo adaptações que tornem a escola mais acessível e indenizações por danos moral (R$ 300 mil) e material (R$ 10 mil).
Matriculado no 1º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Marina Cintra, na Consolação, região central da capital, Matheus ainda não foi à aula neste ano. Tem mielomeningoncele, lesão congênita da medula espinhal que causa problema neurológico incurável. É cadeirante e tem que usar fralda, pois não tem controle sobre o esvaziamento da bexiga. Precisa de uma carteira adaptada para ele e de um cuidador.
“Não tem cabimento acompanhá-lo na escola. Entrei com ação de obrigação de fazer contra o governo. É direito dele”, diz o pai. “Isso é importante porque, além de beneficiar meu filho, pode dar abertura a outras crianças na mesma situação”, afirma Messias.
Alguns pais aceitam acompanhar o filho, mas a prática tem gerado confusão entre os papéis que cabem ao colégio e à família. “Como estou lá o dia todo, podiam me pagar para fazer isso”, diz Maria de Fátima Lima, mãe de uma estudante cadeirante de 14 anos.
A falta de funcionários é uma das hipóteses para o problema. “A escola está desamparada de serviços de apoio para acolher as crianças com deficiência. Não sou a favor, mas a escola não vê outra saída”, analisa Darcy Raiça, coordenadora do curso de Educação Inclusiva da PUC. “O pai não deve ficar na classe. Isso pode comprometer o trabalho do professor e o desempenho do aluno.”
Segundo a Secretaria Estadual da Educação, a prática de pedir aos pais para que acompanhem o filho com deficiência durante o período de aula ocorre como “parceria” porque não existe a função de cuidador no quadro de funcionários das escolas estaduais.
Especialistas em inclusão escolar repudiam tal prática e a classificam como “absurda” e “discriminatória”. Além de ferir a política nacional de educação especial, elaborada em 2008 conforme preceitos da educação inclusiva, os educadores veem no ato um obstáculo ao desenvolvimento escolar e da vida pública da criança.
“Na diretriz atual, prevê-se que alguém possa dar apoio a esse aluno. Mas quem tem de dar conta é a escola, não a família”, afirma Maria Teresa Egler Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O QUE DIZ A LEI
A matrícula de estudantes com necessidades especiais na rede regular de ensino é um direito garantido pela Lei das Diretrizes e Bases da educação brasileira
Em 2008, foi elaborada a política nacional de educação especial, que prevê o cuidador, e publicado decreto federal que abriu caminho para a ampliação do atendimento educacional especializado na rede pública, criando repasses dobrados do Fundeb para alunos que recebem esse atendimento.
Fonte: Jornal da Tarde

"Movimento Pedágio Justo" começa na segunda (29) com debates em municípios

Inicia nesta segunda-feira (29), a campanha “Movimento Pedágio Justo”, que faz parte da Jornada de Mobilização é Lutas, organizada em conjunto pelo PT/SP e pela CUT/SP, que debaterá temas presentes na vida da população paulista. A Jornada teve início em 2009, com o tema saúde.
Agora, a discussão terá como eixo o alto custo e aumento de praças de pedágios adotado pelo governo tucano de José Serra. Nesta semana 14 municípios debaterão o tema em audiências e espaços públicos. Na véspera do feriado da Páscoa, dia 1º de abril, os manifestantes panfletarão as grandes praças de pedágios.
Segundo estudo realizado pela Bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, o quilômetro das rodovias estaduais é o mais caro do Brasil e do mundo. O valor cobrado é 10 vezes maior em relação às estradas federais.
Para o secretário Sindical do PT-SP, Ângelo D’ Agostini Junior, a experiência do governo federal, que tem valor 10 vezes menor, demonstra que não há necessidade de tal exorbitância. “O modelo de gestão tucana que vem desmontando o Estado precisa ser interrompido”.
Segundo o presidente da CUT/SP, Adi Santos Lima, a ideia é discutir com a população o que ela acha sobre o número de pedágios em São Paulo, e acima de tudo, os valores cobrados por ele.
O debate também será levado aos produtores rurais que possuem extrema dificuldade no escoamento de sua produção devido ao alto valor das tarifas, impossibilitando um maior desenvolvimento econômico para diversos municípios paulistas.

“Movimento Pedágio Justo”
A proposta do “Movimento Pedágio Justo” é mostrar essa discrepância de valores para sociedade. Além do material gráfico de denúncia haverá um blog, onde as pessoas descontentes com as altas tarifas poderão fazer suas reclamações http://www.mpjsp2010.wordpress.com/

“Vocês não trouxeram apenas casa, mas dignidade”, disse beneficiado pelo PAC à Lula e Dilma

De esgoto a céu aberto à moradia digna. Essa é a definição da Vila Vicentina, comunidade de Osasco onde o governo federal investiu mais de R$ 17 milhões por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em parceria com a Prefeitura do município. Na tarde do dia 25, o presidente Lula esteve em Osasco para fazer a entrega de mais 106 apartamentos da 1ª etapa da obra, junto com o prefeito, Emídio de Souza. A Ministra Dilma Rousseff acompanhou a inauguração.
Em seu pronunciamento no evento, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, referiu-se ao presidente Lula como “o melhor presidente que o Brasil já teve”. Ele destacou a importância que a conquista da casa própria tem para os moradores da Vila Vicentina e de outros bairros que estão recebendo novas unidades habitacionais por meio do PAC, como Morro do Socó/Colinas D’Oeste, Morro do Sabão e Portais. As obras nestes bairros e na Vila Vicentina irão totalizar, ainda no primeiro semestre deste ano, mais 580 moradias entregues em Osasco, das 1370 previstas no PAC.
“Quem vê a Vila Vicentina hoje não tem idéia de como foi o sofrimento dessa gente que, ao longo de 40 anos, viveu praticamente dentro do esgoto e sofreu, sem nenhum apoio das autoridades e sem qualquer perspectiva. Em 40 anos, passaram pelo Brasil 9 presidentes e por Osasco, 8 prefeitos”, analisou Emidio. “Hoje essa comunidade acredita no nosso governo”, completou.
O líder comunitário da Vila, Cláudio Nascimento, emocionou o público e autoridades presentes ao falar do sonho que saiu do papel com o PAC. “É como se estivéssemos numa UTI. Ninguém acreditava que teríamos cura. Vocês foram nossos doutores. Vocês trouxeram não só uma casa, mas dignidade. Hoje tenho endereço”, disse para Lula e Dilma.

No centro do poder está o povo brasileiro
Em sua intervenção, a Ministra Dilma Rousseff falou sobre a importância da casa própria para uma família e o significado do saneamento básico. “Dignidade é saber que onde corria esgoto, agora tem rede de esgoto tratado, tem infraestrutura”, disse. Dilma ainda abordou alguns eixos do PAC 2 que contemplarão a construção de equipamentos públicos como creches e áreas esportivas em áreas como a da Vila Vicentina. “Queremos garantir que todas as crianças tenham as mesmas condições de acesso e oportunidades”.
“No centro do Governo está o povo brasileiro”, ressaltou se referindo às políticas do Governo Lula em prol das pessoas que mais precisam. “O Brasil só pode avançar fazendo com que cada um de vocês avance junto”. Dilma ainda destacou a importância da participação popular como a melhor forma para discutir, reivindicar e conquistar melhorias.

Obras em todo o Brasil
Bastante animado, o presidente Lula falou sobre sua experiência em morar de aluguel, divertindo o público de Osasco presente. Também de forma espontânea ressaltou os investimentos do Governo Federal nos municípios. “Não existe uma cidade do Brasil que não tenha uma obra do Governo Federal. Poucas não têm um projeto habitacional seja ele pelo PAR, pelo Minha Casa, Minha Vida”, disse. Segundo ele, junto com o PAC 2, o Governo lança também o desafio de construir 2 milhões de casas para os próximos 4 anos.
Várias lideranças do Partido dos Trabalhadores estiveram presentes no evento como o Senador Aloizio Mercadante, o presidente estadual, Edinho Silva, o deputado federal, liderança de Osasco, João Paulo Cunha, além dos deputados federais Arlindo Chinaglia e Carlinhos de Almeida, e estaduais, Donisete Braga e Vanderlei Siraque.

Postura republicana
Antes da inauguração em Osasco, Lula e Dilma estiveram em Tatuí, onde o Governo federal entregou 650 ambulâncias. Segundo o Ministério da Saúde, a entrega significará uma cobertura a mais de 24 milhões de pessoas e um reforço de 43% na frota nacional.
As 650 ambulâncias significam uma parte de um total de 2.312 adquiridas pelo Governo Lula. Com a entrega de todas as unidades, a meta é atender, até o fim do ano, mais de 160 milhões de brasileiros. O investimento na compra das ambulâncias do SAMU foi de R$ 256 milhões. Além disso, o Governo Federal repassará aos estados R$ 719 milhões por ano para o custeio das atividades.
O prefeito de Tatuí, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, do PSDB, em sua intervenção, elogiou o Governo Lula. “É um momento histórico. É a primeira vez que a cidade recebe a maior autoridade da República Federativa. Lula vem coroar o excelente momento econômico e político que a cidade vive”.
Para o presidente do PT-SP, Edinho Silva, mais uma vez o governo Lula mostra seu compromisso de fortalecer as relações com municípios e sua postura republicana. “O investimentos e programas do governo federal chegam a todos os cantos do país, independente das cores ou bandeiras partidárias. Quem ganha com isso é o povo”, elogia.

Mulheres
A terceira atividade do dia de Lula e Dilma foi a abertura do 2° Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC que contou ainda com a presença da Ministra da Secretaria Especial de Mulheres da Presidência, Nilcéia Freire.
Lula disse que o 2º Congresso das Mulheres pode marcar uma nova trajetória na vida do Sindicato e das mulheres trabalhadoras porque “muito do que aconteceu aqui (no Sindicato) virou luta e conquista para todo o País. “É importante que o que se discutir e se aprovar aqui seja uma caixa de ressonância para se transformar numa plataforma de luta e de conquistas”, enfatizou
Num discurso no qual entremeou passagens de sua vida pessoal com a vivência como homem público, Lula disse que sua mulher (Marisa) adquiriu consciência à medida que começou a conviver com o Sindicato. “Foi aí que vi que a predominância não era mais a masculina e isso as mulheres deixaram explícito no Congresso de 1978”, recordou.
A agenda da comitiva presidencial terminou na capital, na Cerimônia de celebração do Dia Nacional da Comunidade Árabe no Brasil.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Lula e Dilma cumprem agendas em cidades paulistas, nesta quinta-feira

O presidente Lula e a Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff cumprem nesta quinta-feira (25) uma série de agendas em cidades paulistas. A primeira atividade será realizada na cidade de Tatuí, às 10h00, quando serão entregues pelo Ministério da Saúde 650 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192 para diversos municípios da região.
Com as novas unidades, o atendimento será ampliado para mais 24,2 milhões de brasileiros. O investimento foi de R$ 75,8 milhões. A atividade será na Rodovia SP-127, Km 114,5 – Tatuí.

Em seguida, a comitiva presidencial segue para a entrega da 1ª etapa do PAC de Habitação e Saneamento na Vila Vicentina, de Osasco. No local, o Governo federal investiu R$ 12,9 milhões na construção de 178 moradias (sendo que 72 já foram entregues em 2009). Além disso, a Vila Vicentina passou a contar com saneamento (rede de esgoto, água) e infraestrutura como pavimentação, drenagem de águas pluviais, canalização de córrego, quadra de esporte, praça e iluminação. A atividade em Osasco tem início previsto para as 13h00, na Rua Morada dos Sonhos s/nº, Vila Vicentina.

Logo após, às 16h00, o presidente e a Ministra participam da Cerimônia de Abertura do 2º Congresso de Mulheres Metalúrgicas do ABC. A atividade será na Av. João Basso, 231, Centro, em São Bernardo do Campo. A última agenda está prevista para as 19h00, no Clube Atlético Monte Líbano (Av. República do Líbano, 2.267, Ibirapuera – São Paulo), onde haverá a Cerimônia de celebração do Dina Nacional da Comunidade Árabe no Brasil.

Programação
Cerimônia de entrega aos municípios de 650 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - Rede SAMU 192
Horário: 10h00
Local: Rodovia SP-127, Km 114,5 - Tatuí/SP

Cerimônia de inauguração de unidades habitacionais do PAC Habitação e Saneamento em Osasco/SP
Horário: 13h00
Local: Rua Morada dos Sonhos s/nº - (Rua central da Vila Vicentina)

Cerimônia de Abertura do 2º Congresso de Mulheres Metalúrgicas do ABC
Horário: 16h00
Local: Av. João Basso 231, Centro, São Bernardo do Campo

Cerimônia de celebração do Dia Nacional da Comunidade Árabe no Brasil
Horário: 19h00
Local: Clube Atlético Monte Líbano - Av. República do Líbano 2.267, Ibirapuera, São Paulo/SP

Tucano em desespero

O PSDB está revoltado com a participação do ministro Patrus Ananias do Desenvolvimento Social no programa de Hebe Camargo, anteontem. A apresentadora fez elogios ao programa Bolsa Família antes de passar o microfone a ele. O deputado estadual tucano Milton Flávio diz que já pediu a fita do programa da Hebe para os advogados do PSDB entrar com recurso no TSE por propaganda eleitoral antecipada. O ministério Desenvolvimento Social diz que não houve propaganda. O ministro Ananias foi convidado pela produção de Hebe e que a fala dela sobre o Bolsa Família é de responsabilidade da apresentadora.

Folha publica mentiras em massa: 4 ministérios e 1 secretaria desmentem

O Jornal Folha de São Paulo, dessa vez bateu seu próprio recorde.

Publicou tantas mentiras em uma matéria só que recebeu desmentidos de 4 ministérios e de 1 secretaria estadual.
Trata-se da manchete de capa, em sua edição de domingo (21/3), com ampla reportagem sobre obras inauguradas pelo presidente Lula que não estariam em pleno funcionamento. Mas a Folha publicou diversas mentiras ao não ouvir os ministérios responsáveis pelas referidas obras.

Do Blog do Planalto:
É impressionante a implicância de alguns com o PAC, desde que foi lançado. Primeiro diziam que o PAC era uma obra de ficção. Quando foram apresentados os projetos, disseram que o governo não conseguia tirar as obras do papel. Quando foram removidos os obstáculos, apontaram a baixa execução orçamentária. Quando os recursos foram liberados e os empregos na construção civil cresceram de forma impressionante, questionaram atrasos no cronograma. Quando as fases concluídas das obras são entregues para beneficiar a população com creches e escolas, casas e apartamentos, barragens e estações de tratamento de água, estradas e ferrovias, estações de metrô e centros esportivos, reclamam que ainda está faltando alguma coisa para terminar. E quando terminar outras estarão começando, porque o PAC é o motor do crescimento deste país e não pode parar.
O Blog do Planalto reúne neste post as respostas dos ministérios da Integração Nacional, Ciência e Tecnologia, Educação e Cidades, além da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, enviadas ao jornal nesta segunda-feira (22/3), explicando a real situação das obras citadas na reportagem.

RESPOSTA DO MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
A propósito de matéria publicada pelo jornal FOLHA DE SÃO PAULO na edição deste domingo, dia 21, LULA INAUGURA OBRAS QUE VOLTAM A SER CANTEIROS, o Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima esclarece o seguinte:
O senhor Presidente da República, a convite do Ministério da Integração Nacional, foi inaugurar e Setúbal, Minas Gerais, uma obra absolutamente concluída. O governo do estado de Minas Gerais ainda não pode emitir a documentação de operacionalização porque aguarda que o nível das águas do reservatório alcance a cota de operação.
Até os críticos mais ácidos admitem que o presidente Lula tem feito muito por este País, mas ainda não conseguiu fazer chover.
Geddel Vieira Lima, Ministro da Integração Nacional

RESPOSTA DO MINISTÉRIO DAS CIDADES
Brasília, 22 de março de 2010.
À seção Painel do Leitor:
Em relação à matéria Após inaugurações, obras de Lula voltam a ser canteiros (Brasil, 21/3), o ministério das Cidades informa que cada uma das intervenções de urbanização nos complexos do Alemão, de Manguinhos e do Cantagalo, assim como nas comunidades da Rocinha e Juliano Moreira compreende diferentes obras, com cronogramas diferenciados. À medida que são concluídas e podem trazer benefícios imediatos à população, essas obras são entregues aos beneficiários.

RESPOSTAS DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Sobre a CEITEC
Em resposta à matéria publicada na Folha de São Paulo, edição de ontem (21/03/2010): “Governo diz receber dado impreciso de obras”, a Assessoria de Comunicação do CEITEC S.A esclarece que, por ocasião de sua inauguração pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 05 de fevereiro deste ano a unidade fabril da CEITEC S.A. estava totalmente concluída e equipada. Construída de acordo os padrões internacionais, a fábrica da CEITEC já iniciou a produção de chips, se habilita para receber, em breve, todas as certificações obtidas pelas grande empresas mundiais nesse setor.

Sobre o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE)
Em resposta à matéria publicada na Folha de São Paulo, edição de ontem (21/03/2010): “Governo diz receber dado impreciso de obras”, a Assessoria de Comunicação do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) esclarece que, ao ser inaugurado pelo presidente Luiz Inácio da Silva, em 22 de janeiro de 2010, o prédio do Laboratório Nacional estava concluído e equipado.
As dependências do Laboratório Nacional foram apresentadas à imprensa, inclusive com demonstrações de pesquisadores, durante coletiva realizada na véspera da inauguração (21/01) da qual a própria Folha de São Paulo participou, por meio do seu correspondente em Campinas.

RESPOSTA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Em fevereiro deste ano foram inaugurados dois prédios do Campus Mucuri, em Teófilo da Otoni (MG), que integra a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Os prédios do Campus de Teófilo Otoni ficaram prontos em agosto de 2009, ainda sem a totalidade das obras de infraestrurura prontas. Em janeiro de 2010 as obras foram terminadas e a inauguração foi feita em fevereiro de 2010.

RESPOSTA DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
Com relação à matéria intitulada “Após inaugurações, obras de Dilma voltam a ser canteiros” (21,03/2010), a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro esclarece que os três serviços do Complexo de Atendimento à Saúde da Rocinha – Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), Clínica da Família e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) –, cuja gestão está sob sua responsabilidade, estão em funcionamento desde o dia de inauguração da unidade, em 8 de março. Dessa forma, não corresponde à verdade a informação constante da referida matéria, de que apenas a UPA está em operação.
Assessoria de comunicação
Secretaria Municipal de Saúde do RJ

José Serra proíbe aumento real de salários em estatais paulistas e prepara demissões

O jornal Valor Econômico, publica que o governo José Serra (PSDB/SP) proibiu que as empresas com participação acionária do governo do Estado de São Paulo concedam reajustes reais aos salários dos trabalhadores em 2010.
Ofício de 17 de novembro do ano passado, assinado pelo secretário-chefe da Casa Civil e presidente da Comissão de Política Salarial, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), determina que os acordos com os sindicatos dos trabalhadores que representam funcionários em regime de CLT das estatais "não poderão ultrapassar o índice de variação do IPC-Fipe" acumulado em 2009. Para cumprir a norma, mesmo estatais que já tinham acordado aumento acima da inflação estão voltando atrás.
A maior parte das empresas, autarquias e fundações mantidas pelo governo paulista pertence a setores cuja data-base para negociações com sindicatos ocorre entre maio e junho. A única exceção é o setor de processamento de dados, onde se insere a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), com data-base em janeiro.

PRODESP rompe acordo e dá calote no aumento dos trabalhadores
Conforme noticiou o Valor em 16/03, depois de oito reuniões e dois meses de negociação, as empresas do setor fecharam acordo com o sindicato dos trabalhadores (Sindpd) que previa aumento real de 1,7%, tendo a inflação corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou variação de 4,3% em 2009. O acordo total, de 6%, foi assinado pela Prodesp. No entanto, a empresa voltou atrás. Em carta assinada pelo presidente da Prodesp, Mário Seabra Bandeira, remetida ao presidente do sindicato patronal, Luigi Nese, há menção à norma da secretaria da Casa Civil como justificativa para romper o acordado.
O sindicato dos trabalhadores de processamento de dados (Sindpd) se reúne amanhã com os 30 delegados do conselho de representantes dos funcionários da Prodesp para discutir o que será feito. "A Prodesp está sendo irresponsável em descumprir o que tinha acatado. Por trás desse movimento de arrocho está a tentativa de privatizar a companhia", afirma Antônio Neto (PMDB), presidente do Sindpd e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Serra prepara demissões nas estatais
O ofício da Casa Civil determina ainda que "as negociações deverão ser conduzidas de maneira a reduzir, de forma progressiva até sua completa extinção, eventual garantia do nível de emprego constante na norma coletiva".
Para Renê Vicente dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema) de São Paulo, há "enorme ingerência" por parte do governo do Estado em negociações. "Negociamos muito com as empresas, mas tudo, desde nossa pauta até nossos argumentos, é remetido à comissão de política salarial, que não participa das reuniões, apenas emite ordens. As empresas, então, se ausentam de responsabilidade", afirma. O sindicato representa os trabalhadores de três companhias mistas, com participação acionária do governo estadual: Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesp) e Fundação Florestal.
Segundo Santos, "a redução do nível de emprego constante de norma coletiva", conforme expresso no ofício da Casa Civil paulista, já vem ocorrendo na Sabesp. "Nossa convenção coletiva prevê que apenas 2% do quadro de pessoal pode ser demitido, mas a empresa se desfez de 1,7 mil funcionários, sendo 1,5 mil aposentados que ainda estavam na ativa, e não contratou de volta o necessário para cumprir o acordado", afirma.
Santos avalia que as negociações desse ano serão "complicadíssimas". Em 2009, o sindicato pediu reajuste nominal de 20%, mas obteve 0,69% além da inflação. A data-base da categoria ocorre em 1º maio, e o sindicato entregou ontem a pauta - que contém demanda de reajuste nominal de 15% - à Sabesp e Cetesp.
Com data-base em 1º de junho, o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp), que representa os funcionários da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), avalia que as negociações serão "terríveis". Carlos Alberto dos Reis, presidente do Stieesp, lembra que, no ano passado, foram fechados acordos para todas as empresas do setor, à exceção de Cesp e Emae: "O histórico não nos deixa animados".

quarta-feira, 24 de março de 2010

Cinco partidos em São Paulo fecham apoio a Mercadante para governador

Cinco partidos de oposição ao governador José Serra (PSDB) definiram nesta terça-feira, 23, o apoio à candidatura do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo do Estado de São Paulo. Em almoço promovido na casa do parlamentar petista, na capital paulista, lideranças da coalizão - formada até agora por PT, PDT, PCdoB, PR, PRB e PPL - colocaram um ponto final nas tratativas em torno do nome do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à disputa e definiram para a primeira quinzena de abril o lançamento oficial da candidatura de Mercadante.
O lançamento será realizado em São Paulo e deve contar com a presença do presidente Lula e da ministra Dilma Rousseff.

Não deu no Jornal Nacional: Serra tem até a próxima semana para devolver dinheiro desviado da saúde

Até o próximo dia 29/03, o governo Serra terá de devolver ao Fundo Estadual da Saúde os recursos destinados ao SUS e desviados para contas em nome do tesouro. A ordem é dos Ministérios Públicos do Estado de São Paulo e Federal, que publicaram uma recomendação aos secretários de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa. O documento é uma reação tardia a dez anos de representações e denúncias de desvio e não aplicação dos recursos mínimos na saúde – estabelecido em 12% do orçamento estadual – feitas pela bancada do PT na Assembleia Legislativa e também por entidades do setor.
Além de devolver os recursos depositados na conta única do Estado, gerenciada pela Secretaria da Fazenda, o governo de SP terá de enviar mensalmente a documentação relativa à movimentação dos recursos do SUS ao Conselho Estadual de Saúde – o que não vem sendo feito – a fim de permitir a fiscalização. O desvio de verbas foi comprovado pela auditoria realizada em 2009 pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) em todos os Estados da Federação. Somente nos anos de 2006 e 2007 (Alckmin/Serra), o valor chegou a R$ 2,1 bilhões. Parte do dinheiro estava em contas ou aplicações financeiras em nome do Tesouro Estadual. Entre 2001 e 2009, os gastos indevidos somaram aproximadamente R$ 5,7 bilhões, valor suficiente para construir 114 hospitais.
Atualmente existem trinta ações em curso, que buscam explicação para aproximadamente R$ 1 bilhão dos recursos do SUS – alocados em nove secretarias que não a da Saúde – entre elas uma ação popular de 2004. Houve decisão judicial parcial e provisória favorável à ação. Em fevereiro de 2006, deputados do PT e sindicalistas protocolaram no Ministério Público de São Paulo uma representação contra o então governador Geraldo Alckmin (PSDB), acusado de deixar de aplicar na Saúde, desde 2001, cerca de R$ 2 bilhões.
Fonte: Brasília Confidencial

Depois da maquete, Serra "inaugura" demolição de muro

Serra, o demolidor! Para o governador demo-tucano, "derrubar prédios é uma terapia!"


Neste mês, José Serra (PSDB/SP) inaugurou a maquete de uma ponte em Santos, a pedra fundamental virtual de uma escola técnica estadual na capital paulista e, agora, organizou um evento para "inaugurar" uma demolição.
A cerimônia de "inauguração" da demolição contou com uma máquina enfeitada com um enorme adesivo amarelo do Governo de São Paulo. Serra assumiu o comando do "brinquedo" (foto) e derrubou um muro de concreto.
"É gostoso", disse do alto da máquina. "Derrubar prédios é uma terapia!".
Os moradores do Jardim Romano, área de alagão nas últimas chuvas, conheceram de perto a "terapia" da demolição de Serra e Kassab.
A demolição na região central da capital paulista é para dar lugar ao Complexo Cultural Teatro da Dança, mas o projeto sequer está pronto.
"Estamos no começo do começo da obra, mas logo estaremos no fim do começo", disse o demo-tucano.
A demolição levará cinco meses. O projeto deve estar pronto para licitação até dezembro. Ou seja, obras só no ano que vem, se houver.

Marina se torna linha auxiliar da candidatura de Serra à Presidência

Na composição das alianças políticas para as eleições 2010, a propaganda eleitoral gratuita do deputado federal Fernando Gabeira (PV) ao governo do Rio terá dois candidatos à Presidência: Marina Silva (PV) e José Serra, do PSDB, partido que integra a coligação de Gabeira no Rio. Segundo Gabeira, esse entendimento foi alcançado antes mesmo que Serra falasse, na sexta-feira, pela primeira vez como postulante à Presidência.
Pelo mesmo acordo, ficou decidido que, nas ruas, ele fará campanha primordialmente ao lado de Marina, enquanto seu candidato a vice, provavelmente o também deputado federal Márcio Fortes (PSDB), apoiará Serra.
No programa eleitoral gratuito, tanto Marina quanto Serra vão aparecer. Mas (na imagem da TV) haverá sempre um registro da Marina como candidata a presidente pelo PV - explicou Gabeira
Já os candidatos a deputado dos outros partidos da coligação no Rio, o DEM e o PPS, além do próprio PSDB, darão apoio a Serra. Definições que, de acordo com Gabeira, não impedem novas conformações políticas num possível segundo turno, nem eventuais encontros com Serra:
De acordo com o presidente regional do PV e coordenador nacional da précampanha de Marina Silva, Alfredo Sirkis, a presença de Serra no programa eleitoral de Gabeira estava acertada desde o acordo de apoio do PSDB.

terça-feira, 23 de março de 2010

José Serra dá R$ 67 milhões a empresas ligadas a tucano.TCE vê irregularidades

TCE vê irregularidades em 3 dos 27 contratos de construtoras dos irmãos de Roberto Massafera

Duas empresas da família do deputado estadual tucano Roberto Massafera(PSDB-SP) somam R$ 67,7 milhões em contratos com o governo paulista desde o início da gestão José Serra (PSDB), em 2007, ano em que ele assumiu o mandato na Assembleia Legislativa. São 27 negócios firmados com as construtoras Massafera e Lacon Engenharia, três deles julgados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Massafera afirma ter vendido sua parte na empreiteira que leva o nome da família em maio de 2006, antes da campanha eleitoral, e diz que nunca foi sócio da Lacon Engenharia. As empresas estão nos nomes de dois irmãos do deputado - Luiz Antônio e Carlos Eduardo Massafera - e atendem no mesmo endereço na cidade de Araraquara, centro-oeste paulista, onde fica a base eleitoral do parlamentar.
Quase a totalidade das contratações - 24 - foi feita pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão ligado à Secretaria de Estado da Educação, chefiada pelo tucano Paulo Renato de Souza. Os contratos têm como objetivo construção ou reforma de escolas públicas em várias cidades do Estado, inclusive na capital. Outros dois contratos foram fechados com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para recuperação de rodovias paulistas e um com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente para revitalização de um parque.
Os órgãos do governo que contrataram as duas firmas negaram irregularidades. Procuradas pela reportagem, as empresas não se manifestaram.

Contratos irregulares
Um dos contratos julgados irregulares pelo tribunal foi feito com a Lacon em outubro de 2007 pela FDE para a reforma da sua atual sede, no centro da capital. O TCE entendeu que não havia motivo para a Fundação desclassificar 13 empresas da concorrência, inclusive as duas que tinham propostas de menor valor do que a empresa da família Massafera, que levou a licitação por R$ 2,04 milhões.
“Todas as licitantes desclassificadas faziam jus à permanência no pleito, tendo em vista que as propostas eram plenamente exequíveis”, afirmou o conselheiro Eduardo Bittencourt na sentença assinada no mês passado.
“Desta feita, a contratação que se deu com a terceira colocada, com preço superior a 5,554% do valor ofertado pela empresa primeira classificada, o que correspondeu a um gasto dispensável de R$ 107.503,85, confirmou o desprestígio ao princípio constitucional da economicidade”, declarou Bittencourt, que determinou ressarcimento do valor adicional aos cofres públicos.
O mesmo entendimento embasou duas novas reprovações a contratos fechados pela FDE. Em um dos casos, um contrato de julho de 2007 no valor de R$ 3,36 milhões para construção e reforma de escola no Grajaú, zona sul de São Paulo, a Construtora Massafera apresentou apenas a sétima menor proposta entre 24 empresas. As seis primeiras foram desclassificadas com critérios que, segundo o TCE, “carecem de objetividade”.
Em outro contrato, de 24 de abril de 2008, o substituto de conselheiro Marcos Renato Bötcher declara que houve “gravíssima constatação de ofensa ao dinheiro público” na contratação da Lacon para construção de uma escola na capital, no valor de R$ 3,7 milhões. Na ocasião, a primeira colocada na tomada de preços foi desclassificada.

Nome na escola e verba
Há duas semanas, Massafera apresentou um projeto de lei na Assembleia denominando uma escola que está sendo erguida pela empresa do irmão em Araraquara no valor de R$ 3,62 milhões. Segundo ele, a proposta foi apresentada a pedido de moradores, professores e alunos da região e só será votada quando a obra for concluída.
Massafera também chegou a apresentar em 2009 uma emenda ao Orçamento do Estado deste ano destinando R$ 1 milhão para a FDE investir em reformas ou construções de escolas, filão das duas empresas da família. A proposta não foi aprovada.

Quem é
Engenheiro civil formado pela Escola de Engenharia da USP, Roberto Massafera foi secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia de São Paulo em 1987 e 1988, no governo Orestes Quércia (PMDB)
Em 1993, foi eleito prefeito da cidade de Araraquara pelo PMDB. Em 2000, foi derrotado ao mesmo cargo pelo PPS
Em 2006 foi eleito deputado estadual pelo PSDB com 72.205 votos
Na declaração de bens à Justiça Eleitoral, em 2006, estão entre seus bens R$ 3,43 milhões em cotas da Construtora Massafera
Ele afirma que deixou a sociedade em maio de 2006.
Fonte: Jornal da Tarde

'Não é impossível imaginar que a Dilma ganhe no 1º turno', diz diretor do Vox Populi

O crescimento nas pesquisas eleitorais da ministra Dilma Rousseff, ante a estagnação de seu adversário, o governador de São Paulo José Serra (PSDB) tem impressionado os diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do País. Márcia Cavallari, do Ibope, João Francisco Meira, do Vox Populi, Mauro Paulino, do Datafolha e Ricardo Guedes, do Sensus, estiveram reunidos em São Paulo na tarde desta segunda-feira, 22, para debater o cenário eleitoral, em evento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas. O professor Marcus Figueiredo, do Iuperj também esteve no debate, mediado mediado pela jornalista Cristiana Lôbo.
Meira deu o palpite mais ousado da tarde: "não é impossível imaginar que a Dilma ganhe a eleição já no primeiro turno", afirmou. Segundo ele, quando há candidatos carismáticos, a disputa se concentra mais entre as personalidades desses candidatos. Mas, para ele, nem Dilma nem Serra são carismáticos. ‘Carisma não é o nome dessa eleição’, afirmou.
Ele listou alguns fatores que, na sua avaliação, devem decidir a disputa eleitoral. O primeiro seria a economia: se estiver ruim, a tendência é de mudança - mas a economia é o principal trunfo do governo Lula. Em segundo, o aspecto ideológico - nesse caso, diz ele, 56% das pessoas se definem como sendo de esquerda e 30% como eleitores do PT.
Além disso, ele lembra o tempo de TV como decisivo - e a construção das alianças deve garantir um tempo maior à candidata governista. Por último ele cita algum acidente, debate ou fato inesperado que possa alterar a opinião dos eleitores.
Sua avaliação é parecida com a de Ricardo Guedes, do Sensus. Segundo ele, "Dilma tem produto para mostrar, a economia. O Serra não tem. Hoje a tendência é muito mais pró-Dilma".

Líder do governo na Câmara: ‘O que Ibsen diz é uma hipocrisia’

As declarações do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) ao GLOBO publicadas na edição de sexta-feira, 19 de março – provocaram a ira da base aliada no Congresso. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), rebateu a acusação do parlamentar gaúcho de que o Palácio do Planalto jogou para a plateia na discussão da divisão dos royalties. SegundoVaccarezza, Ibsen e o Humberto Souto (PPS-MG) co-autor da polêmica emenda que tira R$ 7 bilhões do Rio não quiseram negociar um texto alternativo.
Conversei com Ibsen diversas vezes. O que ele diz é uma hipocrisia. O Humberto Souto disse para mim (à época) que o objetivo era derrotar o governo, disse Vaccarezza, líder do PT na ocasião da apresentação da emenda no plenário.
Principal mensageiro da promessa de veto da emenda Ibsen pelo presidente Lula, o líder reiterou que a ideia permanece, caso o Senado não encontre uma alternativa à proposta. Mas Vaccarezza admite que, antes de anunciar oveto, o governo quer negociar com os senadores. Na quinta-feira, na Jordânia, Lula disse que, em relação aos royalties, a bola está com os senadores.
O presidente não pode se manifestar contra o conteúdo que não está pronto, mas reafirmo o que disse, afirmou Vaccarezza.
Sua avaliação é que, ao sugerir que o governo queria a aprovação da emenda, Ibsen tem como estratégia politizar a questão e expor o presidente Lula na discussão.
A fala do Ibsen tem inspiração política. Sua emenda é inconstitucional e eleitoreira.
O líder do PSC, deputado Hugo Leal (RJ), também diz que o governo se esforçou bastante para tentar demover os deputados a apoiar a emenda Ibsen, mas foi derrotado por uma mobilização suprapartidária: Como líder do partido, que é da base aliada, não aceito dizer que jogamos para a plateia.
Por Gustavo Paul – O Globo

segunda-feira, 22 de março de 2010

Bloqueio ônibus Pedágio Barueri SP



Foram 04 ônibus parados no pedágio de Barueri SP. Eram mais de 10 no pedágio de Sorocaba. Serra foi perseguido pela Ditadura ou aprendeu com a mesma seus métodos???

Caiu a casa da revista Veja. Sob os escombros... a ruína moral

A revista Veja desta semana veio completamente desmoralizada. Uma leitura atenta revela toda a sua ruína moral, a ponto da revista sair da ofensiva e entrar na defensiva (ainda que se esforce para demonstrar o contrário, através de um texto raivoso).
As acusações que a revista fez nos números anteriores contra o PT, contra a Bancoop, e contra Vaccari, foram desmontadas uma a uma.
Um juiz considerou inepta a denúncia do promotor José Carlos Blat, já na semana anterior.
O Ministério Público Federal desmentiu completamente a revista, dizendo que Vaccari sequer foi mencionado nem na documentação enviada pela Procuradoria Geral da República, nem na denúncia apresentada à justiça contra o doleiro da Veja, Lucio Funaro.
A revista, se não tivesse inventado, teria apresentado algum documento, ou alguma declaração de alguém confiável, que confirmasse as acusações falsas que escreveu em suas páginas. Nada, nada, nada foi apresentado.
A miséria moral da revista se mostra, como uma fratura exposta, quando sonega dos seus leitores a versão do Ministério Público Federal, e esconde do leitor a recusa de um juiz em aceitar as petições do promotor Blat, por falta de fundamentação.
A revista fez ilações sobre tráfico de influência e corrupção em fundos de pensão, mas vergonhosamente não faz qualquer menção a respeito do contrato de aluguel do edifício da Editora Abril com a proprietária PREVI (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil).
Não diz nada sobre como a Editora Abril conseguiu um aluguel camarada da PREVI, em 1997, no governo FHC, quando o ex-caixa de campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, era diretor do Banco do Brasil, com forte influência no fundo de pensão.
Uma operação dessa natureza, sem ser feita às claras, traz um forte cheiro de corrupção, com a revista deixando de ser estilingue, e passando a ser vidraça.
A revista também esconde de seus leitores que seu jornalismo foi corrompido ao entregar notícia estragada, denunciando um boato de que fundos de pensão teriam tido prejuízo de R$ 43 milhões, em aplicações no fundo FIDC Bancoop, quando já era do conhecimento público que os R$ 43 milhões aplicados simplesmente já estavam quitados e pagos de volta aos fundos de pensão, com os devidos rendimentos.
A ruína moral da revista se aprofunda, quando percebe-se que a revista coloca a mão no fogo por um doleiro, réu em processo por lavagem de dinheiro, sempre escolhendo a palavra do doleiro em detrimento da palavra do Ministério Público Federal, expressa em notas oficiais da assessoria de imprensa. Entre um e outro, a revista prefere associar-se aos acusados de corrupção do que aos procuradores da república que colocam corruptos na cadeia.
O que transparece da "fé cega" depositada pela revista Veja no doleiro, é uma intimidade e proximidade incomum, que ultrapassa em muito o conceito de fonte jornalística. Sugere uma identificação com os valores, princípios e objetivos do doleiro. Desperta suspeitas de uma relação antiga de amizade, companheirismo ou de sociedade entre pessoas da revista com o doleiro.
Afinal, o que obriga a revista a publicar o que o doleiro quer? O que obriga a comportar-se como se fosse porta-voz do doleiro, ignorando a voz do Ministério Público Federal, chegando a publicar recados bisonhos, em tons de ameaça, típicos de máfias bufãs, que nenhuma revista séria publicaria, tais como:
Desde que começou a negociar a delação premiada com a Justiça, Funaro prestou quatro depoimentos sigilosos em Brasília. O segredo em torno desses depoimentos é tamanho que Funaro guarda cópia deles num cofre no Uruguai. "Se algo acontecer comigo, esse material virá a público e a República cairá", ele disse a amigos.
Vejam o quanto é bisonho este parágrago acima da Veja da semana passada.
Se Funaro já prestou depoimentos em Brasília, estes depoimentos já estariam no Ministério Público. Qual o sentido de guardar cópias num cofre, ainda mais no Uruguai?
A razão para alguém guardar documentos em um cofre no Uruguai, seria para que ficasse fora do alcance de mandatos de busca e apreensão no Brasil. Ora, os mandatos de busca e apreensão deste caso iriam parar no justamente no Ministério Público, onde os depoimentos já estariam, segundo a revista. Por isso esse parágrafo é uma piada sem-noção, para impressionar somente leitores idiotas (típicos fãs da revista).
Além disso, essa estória de "Se algo acontecer comigo, esse material virá a público e a República cairá" é mais ridícula ainda. Se os depoimentos estão no Ministério Público, então se a República tivesse que cair, já tinha caído há muito tempo.
Por fim o parágrafo termina com um "... ele [Funaro] disse a amigos". Que amigos são estes? Os amigos do doleiro dentro da revista Veja?
Não se sabe se este parágrafo idiota da revista reflete de fato declarações do doleiro, como diz a revista, ou se foi obra de ficção dos redatores da Veja, mas, independente da autoria, a revista ficou com a cara de porta-voz de chantagens de máfias bufãs, ao escrever isso, abrindo suas páginas para o doleiro mandar recados a quem teria o rabo preso com ele.
Na edição desta semana, a revista Veja, continua sua opção preferencial pela corrupção. Mas já "amarelou" e não trouxe reportagem de capa. Em seu texto limita-se a repetir bordões chamando o PT e a Banccop de "bobos, feios e malvados", sem qualquer acréscimo factual que possa trazer o mínimo de credibilidade... e continua a funcionar como "diário oficial dos corruptos" para publicarem seus recados mafiosos.
Por Zé Augusto

A truculência de José Serra estaria empregando paramilitares?

Bastou o comerciante Wagner Menezes (foto), de 33 anos, protestar contra o número de pedágios em rodovias próximas de Moogi-Guaçu (SP), que foi retirado à força, com truculência, por "seguranças", durante um discurso de José Serra na cidade.

Os seguranças disseram não ser do governo do estado, o que piora a situação. Afinal, José Serra está servindo-se de grupos paramilitares em sua segurança?
O manifestante Wagner disse que apenas gostaria de perguntar ao governador demo-tucano quando ele voltaria à cidade para inaugurar um pedágio.
- O governo colocou um pedágio a cada 12 quilômetros aqui. Estou protestando não só por causa própria, mas por todos - afirmou o manifestante, dizendo não integrar nenhum partido político.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cooperativa não é ONG!

Como Dilma Rousseff já encostou em José Serra na disputa presidencial e já vence por 4 pontos na resposta espontânea, segundo a última pesquisa CNI/Ibope, os demo-tucanos estão cada dia mais desesperados.
Neste ano eleitoral o PIG (Partido da Imprensa Golpista) não vai medir esforços para tentar eleger Serra. Para isso vão usar todas as armas. Fatos serão requentados. Mentiras criadas. Tudo com ampla divulgação pelo PIG. A Conferência do Instituto Milleniun em São Paulo já deixou isso bem claro. Aquilo que antes só falavam entre quatro paredes foi falado abertamente pelos sabujos dos barões da mídia.
O caso Bancoop é um exemplo de como factóides são – e serão - deturpados a bel prazer dessa gente. A Bancoop é uma cooperativa que reconhecidamente teve problemas administrativos e João Vaccari, pela sua experiência, foi designado para resolver os problemas existentes, conforme explica Gilmar Carneiro em seu excelente manifesto de solidariedade à Vaccari.
A coisa é tão grotesca que beira ao ridículo, a CPI das ONG´s foi criada para tentar atacar o governo Lula, lembram? Como não acharam pêlo em ovo, caiu no esquecimento, e agora, os senadores demo-tucanos a utilizaram para convocar Vaccari, mas, a pergunta que não quer calar! Desde quando Cooperativa é ONG? A justificação para a convocação começa afirmando que a Bancoop é uma ONG.
Que absurdo é esse? Uma ONG, como o próprio nome diz, é uma organização não governamental que funciona com recursos públicos ou de terceiros, principalmente fundações. Uma Cooperativa funciona sob a lei da Política Nacional do Cooperativismo, conforme a lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
Como diz a filosofia popular, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Se a moda pega qualquer CPI investiga qualquer assunto, sem foco algum.
Ora, se os demo-tucanos paulistas criaram uma CPI específica para a Bancoop em São Paulo, para que a convocação em uma CPI que deveria investigar ONG´s e não cooperativas? A resposta é simples, tudo isso para a oposição montar o seu circo e a mídia divulgar. O que explica o Jornal Nacional dar mais destaque para uma cooperativa do que para o caso Arruda ou pior, nem mesmo mencionar a greve dos professores paulistas que coloca 40 mil pessoas nas ruas?
Caros internautas, preparem-se, a guerra está apenas começando. Ao final desta batalha a candidatura demo-tucana será derrotada e restará ao PIG tentar resgatar o mínimo de credibilidade que ainda pode ter em algum segmento da população, se é que restará alguma credibilidade ao final deste processo.

Nelson Canesin- Sociólogo – São Paulo

Ministério Público de SP diz que doleiro não citou Vaccari e nem Bancoop ao depor

O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) informou nesta sexta-feira (19), em nota oficial, que o material que recebeu da Procuradoria-Geral da República (PGR) e que embasou a denúncia contra o doleiro Lúcio Bolonha Funaro por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro não faz nenhuma menção ao ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto, atual tesoureiro do PT. O depoimento foi colhido em 2008 como parte do processo do mensalão.
Em nota, a procuradora Anamara Osório Silva, autora da denúncia oferecida em junho de 2008 e que levou à ação penal que tramita na Justiça contra Funaro e seu sócio, José Carlos Batista, esclareceu também que não pode confirmar se o depoimento concedido por Funaro em Brasília se deu por delação premiada. "Tanto na documentação remetida pela PGR a São Paulo, que embasou a denúncia, quanto na própria acusação formal remetida à Justiça pelo MPF-SP, é necessário esclarecer, não há nenhuma menção ao ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto", afirma o texto. "O MPF em São Paulo não pode confirmar se o depoimento de Funaro, concedido em Brasília, se deu sob o instituto da 'delação premiada'."
De acordo com a Procuradoria, os depoimentos de Funaro dão conta de que ele e Batista se utilizaram da empresa da Garanhuns Empreendimentos para dissimular a transferência de R$ 6,5 milhões da agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério, ao antigo Partido Liberal (PL). "São sobre essas operações de lavagem de dinheiro que trata o processo, que tramita normalmente perante à 2ª Vara Federal. A última movimentação processual constante é de fevereiro de 2010", diz a nota. De acordo com a PGR, o material referente aos depoimentos de Funaro foi encaminhado ao MPF-SP pelo então procurador geral da República Antonio Fernando de Souza.
"Essa é mais uma prova de que Veja mentiu novamente. O objetivo da revista é provocar uma guerra eleitoral visando desgatar o PT e assim prejudicar a campanha da companheira Dilma à Presidência da República", afirmou Francisco Campos, dirigente nacional do PT.
Com informações do IG

Em protesto, 30 mil professores ocupam ambos os lados da Paulista

Cerca de 30 mil professores já ocupam, na tarde desta sexta-feira (19), todas as faixas nos dois sentidos da avenida Paulista, em São Paulo (SP). O cálculo de participantes é do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A Paulista encontra-se interditada para a passagem de carros e ônibus.
Inicialmente, 300 homens e 100 viaturas da Polícia Militar fizeram um cordão de isolamento tentando restringir a manifestação à calçada de um dos lados da via, mas os professores passaram a ocupar as faixas. Não houve conflito entre manifestantes e policiais. A PM trabalhava com a expectativa de 8 mil participantes.
Segundo a Apeoesp, algumas diretoras de escolas teriam ameaçado os docentes participantes com retaliações e outras formas de pressão. Na quinta-feira (18), o governador José Serra (PSDB) desqualificou a paralisação, chamando-a de "trololó".
"Serra cobra tanto em cima do professor, mas o professor não pode exigir um bom desempenho dos alunos, que têm progressão automática", critica uma professora contratada como temporária (ACT), em uma escola na zona Sul da capital. "Por isso, a educação se transformou no caos que está hoje", prossegue a docente que não quis ser identificada, alegando sentir-se perseguida pela direção.

Sem proibição
Desde a manhã desta sexta, há rumores a respeito de uma liminar judicial que proibiria a manifestação dos professores na avenida Paulista. Segundo os advogados da Apeoesp, a entidade não tem conhecimento de qualquer ação legal nesse sentido e sustenta que o protesto é um direito dos trabalhadores.
fonte: Rede Brasil Atual

Ministério Público determina que Serra devolva dinheiro desviado da saúde

O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de São Paulo anunciaram nesta quinta-feira (18) que encaminharam uma recomendação conjunta ao governo José Serra (PSDB) para que todo o dinheiro desviado da saúde pública seja devolvido ao Fundo Estadual de Saúde.
Uma auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS - Denasus, do Ministério da Saúde, comprovou que o governo paulista desviou, em dois anos, R$ 2 bilhões em verbas que deveriam ter sido aplicadas na saúde. A análise constatou que destes, pelo menos R$ 78 milhões foram investidos no mercado financeiro, apesar da crise de atendimento na saúde pública paulista.
O dinheiro do SUS que, por causa do desvio, vai para uma conta única do governo, por lei deveria ter sido destinado a programas de assistência farmacêutica, vigilância epidemiológica e combate à Aids e DST.
O MPF informou que a recomendação foi levada aos secretários estaduais de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa. Ela estipula que sejam devolvidos todos os recursos do SUS mantidos em contas ou aplicações financeiras em nome do tesouro estadual à conta-corrente do Fundo Estadual de Saúde, num prazo de cinco dias a contar do momento em que o estado de São Paulo seja notificado.
No documento também é requerido que toda a movimentação de recursos do SUS seja enviada mensalmente ao Conselho Estadual de Saúde, para fins de fiscalização e acompanhamento. A percepção é de que Serra não estaria, sequer, prestando contas ao Conselho.
O promotor de Justiça Arthur Pinto Filho e as procuradoras da República Rose Santa Rosa e Sônia Maria Curvello, autores da recomendação, estipularam prazo de 20 dias úteis para que o governo do estado comprove o seu cumprimento. Em caso de negativa ou ausência de resposta, outras medidas judiciais ou extrajudiciais poderão ser aplicadas. Para os dois MPs, isto visa "assegurar à população do estado de São Paulo a aplicação da integralidade dos recursos do SUS em ações e serviços de saúde, bem como a fiscalização da movimentação desses recursos pelo órgão de controle social".
Desvios semelhantes também foram identificados pelo Denasus em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Segundo a auditoria, as irregularidades causaram prejuízo superior a R$ 6,5 bilhões ao sistema de saúde desses estados, afetando mais de 74 milhões de habitantes.
Fonte boletim Brasília Confidencial

Profissionais da Saúde entram em greve

A quadra dos bancários foi tomada pelos profissionais da saúde na manhã desta sexta-feira (19). Em assembleia, os trabalhadores decidiram pela paralisação de 48 horas, que acontecerá na próxima segunda e terça-feira, dias 22 e 23, respectivamente.
O SindSaúde-SP vem realizando reuniões e assembleias locais e regionais em todo o estado desde o ato público do dia 5 de março. A mobilização dos trabalhadores se deu devido ao descaso do Governo do Estado que, além de não cumprir acordo negociado em 2009 (reestruturação da carreira da saúde), não apresentou nenhuma proposta salarial.
A decisão pela greve nesta manhã foi unânime. Logo após a assembleia, os trabalhadores dirigiram-se ao vão livre do Masp para, junto dos professores da rede estadual de ensino, manifestarem-se.
O presidente do SindSaúde, Benedito Augusto, ressaltou a importância da união entre os profissionais da saúde e da educação. “Sem educação e sem saúde nós não conseguimos colocar este país na rota do crescimento. Portanto, nossa união com os professores é uma união humanitária e estratégica para o crescimento social”, complementa.

Confira a pauta de reivindicações:
- 40% de aumento salarial para reposição de perdas salariais
- Envio do projeto de reestruturação da carreira da saúde conforme acordo negociado com o SindSaúde-SP em 2009
- Aumento do vale-refeição dos atuais R$ 4,00 (desde 2000) para R$ 14,00
- Jornada de 30 horas para todos os trabalhadores da saúde
- Valor do Prêmio de Incentivo igual para todos
- Implantação das COMSATs – Comissões de Saúde do Trabalhador – em todas as unidades de saúde e implementação das orientações deliberadas pelas Comsats já atuantes
- Implementação das diretrizes do SUS no estado, com atendimento de toda a população em toas as suas necessidades, de um curativo a uma cirurgia de alta complexidade, sem restrições
- Fim das Organizações Sociais de Saúde (OSS) e retorno das unidades e serviços terceirizados para a administração direta no estado

fonte: CUT/SP

Como renovar os contratos de concessão de água e esgoto

Por Sergio Antunes

Nos anos setenta, em plena ditadura militar, o Governo Federal criou um plano de saneamento, o Planasa. Isso possibilitou que fossem criadas empresas estaduais de saneamento que se tornaram concessionárias dos serviços de água e esgoto dos municípios.

Um pouco em razão da precariedade dos serviços prestados à época e muito em razão do poder de pressão de que dispunha o Governo, muitos municípios firmaram contrato com os órgãos estaduais criados para este fim. O contrato foi firmado sem licitação prévia em razão de previsão legal de dispensa de licitação vigente na legislação da época, o Decreto-Lei 200/67.

O plano do Governo, então, era não só o de prestar serviços de boa qualidade na área do saneamento, mas, ainda, de fazer com que as regiões em que havia maiores dificuldades na concretização desse escopo fossem ajudadas por aquelas em que os serviços pudessem ser prestados com maior facilidade. Ou seja, a tarifa superestimada num município iria subsidiar a tarifa de outro município. Era a prática do chamado subsídio cruzado.

No Estado de São Paulo foi criada a Sabesp e os municípios paulistas firmaram contrato de concessão de serviço público com ela, pelo prazo de 30 anos.

Os contratos estão agora vencendo e os municípios, mesmo os que estão recebendo bons serviços das empresas estaduais de saneamento, a Sabesp, no caso dos municípios paulistas, estão enfrentando um problema jurídico a respeito da renovação de tal contrato.

Assim, parece pertinente trazer algumas reflexões a respeito do assunto.

Primeiramente, há que se definir o que venha a ser concessão. Na clássica definição de Hely Lopes Meirelles, "contrato de concessão de serviço público, ou, simplesmente, concessão de serviço público, é o que tem por objeto a transferência da execução de um serviço do Poder Público ao particular, que se remunerará dos gastos com o empreendimento, aí incluídos os ganhos normais do negócio, através de tarifa cobrada aos usuários".

Outra questão a se considerar de início, ainda, é a relativa à competência para prestar os serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto.

Tais serviços, nas constituições anteriores sempre foram considerados como aqueles de "peculiar interesse do município" e como tal, sem dúvida, deveriam ser prestados por este. Pela constituição de 1988, a competência do município está descrita no artigo 30, o qual, pelo inciso V, dispõe que "compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial".

O critério de interesse local é relativo. No caso de serviços de fornecimento de água que ultrapassem os limites do município, o poder concedente é o Estado e quando ultrapassem os limites do Estado, é da União.

No caso, entretanto, em que o serviço de fornecimento de água e tratamento de esgoto fica adstrito aos limites de um município, parece evidente que se caracteriza como assunto de "interesse local" e, como tal, submete-se à competência exclusiva desse município.

Com tais considerações preliminares, é tempo de esclarecer que o artigo 175 da Constituição Federal incumbiu ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. E o parágrafo único do citado dispositivo estabeleceu, ainda, que a lei disporia sobre "I -o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado".

Para atender as exigências constitucionais, foi promulgada a Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

Referida lei trata, entre outras coisas, da obrigação de que os serviços prestados sejam adequados, dos direitos dos usuários, da política tarifária, da licitação, do contrato, dos encargos do poder concedente, dos encargos das concessionárias, da extinção do contrato de concessão. Nesse contexto fica evidenciado que o poder concedente é quem fixa as tarifas, estabelecendo as mesmas nos processos licitatórios, com a previsão de reajuste e de reequilíbrio, na forma da lei. O poder concedente, também, deve zelar pela prestação dos serviços de forma adequada, podendo regulamentá-los, fiscalizá-los e intervir na concessionária, se for o caso, rescindindo o contrato. Trata a lei, ainda, da hipótese de extinção do contrato, pelo seu termo, estabelecendo, finalmente, os procedimentos no caso dos contratos firmados anteriormente à lei.

Assim dispõe o artigo 42 da Lei 8987, de 13 de fevereiro de 1995:

"As concessões de serviço público outorgadas anteriormente à entrada em vigor desta lei consideram-se válidas pelo prazo fixado no contrato ou no ato da outorga, observado o disposto no artigo 43 desta lei.

§ 1º Vencido o prazo da concessão, o poder concedente procederá a sua licitação, nos termos desta Lei."

Assim, pela legislação brasileira, fica claro que:
1º) A prestação de serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto é de competência municipal, por se tratar de assunto de interesse local, exceto quando a prestação de serviços envolver mais de um município;
2º) Que tais serviços serão prestados diretamente ou por intermédio de concessão ou permissão; 3º) Que os contratos de concessão ou permissão serão firmados mediante prévia licitação e;
4º) Que o poder concedente é quem fixará a política de abastecimento de água e tratamento de esgoto no município, aí se incluindo, entre outras coisas, a expansão da rede, a escolha dos métodos de captação e distribuição de água e tratamento de esgoto e de resíduos sólidos, a fixação das tarifas e a fiscalização da prestação do serviço.

No caso dos contratos celebrados com a Sabesp, não há como se chegar a outra conclusão que não a de que, vencido por seu termo o contrato, deve a nova concessão ser firmada mediante licitação, sendo ilegal qualquer prorrogação de prazo, sob pena de se caracterizar a inobservância do princípio de isonomia. Na explicação de Marçal Justen Filho (Teoria Geral das Concessões de Serviço Público, editora Dialética, 1ª edição, página 269: "não há fundamento jurídico para que se assegure a um sujeito, por ter vencido licitação para outorga por prazo determinado, manter a delegação por prazo superior a ele."

Importante lembrar que a Sabesp é empresa de economia mista e como tal se afigura como pessoa de direito privado, igualando-se a qualquer outra empresa do gênero. Importante lembrar, também, que a Sabesp, pelas circunstâncias nas quais seus contratos foram firmados, não se submete a qualquer fiscalização do poder concedente, sendo suas tarifas fixadas por decreto do Governador, mantendo o critério dos subsídios cruzados, pelos quais uns municípios são beneficiados e outros são prejudicados. Isso foge, totalmente, do interesse do município concedente.

Assim, quer me parecer que aos municípios que têm seus contratos com a Sabesp ou com as outras empresas estaduais, não resta outra alternativa senão a de retomar os serviços, inclusive ocupando as instalações, assegurando ao concessionário a indenização por bens não amortizados, na forma do que dispõe o artigo 36 da Lei de Concessões.

Não se trata, pois, de negociar com as concessionárias uma tarifa menor ou uma gestão compartilhada ou de considerar a conveniência da renovação contratual em virtude de bons serviços que estejam sendo prestados. Trata-se de uma questão de estrita legalidade a necessidade de se contratar mediante licitação, sob pena de se caracterizar grave procedimento ilegal, sujeito a responsabilidade civil e criminal. Igual como seria manter uma empresa de ônibus concessionária dos serviços públicos de transporte municipal, depois do contrato de concessão haver vencido. Por sua vez, qualquer empresa interessada em assumir a concessão dos serviços e sendo preterida pela renovação ilegal do contrato, poderia, em tese, fazer valer seus direito de concorrer numa licitação, por intermédio de mandado de segurança.

É certo que o concessionário, ao final do contrato, tem direito de receber uma indenização pelos investimentos não amortizados, conforme já se mencionou. Um alerta, porém. As dificuldades para fixação dos valores de indenização são enormes em razão do tempo transcorrido e dos subsídios cruzados. É razoável supor que sua fixação acabe sendo objeto de disputa judicial, cuja demora, cerca de 10 anos, não pode servir de desculpa para se prorrogar a concessão, sob pena de se dar guarida a uma situação irregular e ilegal.

Além disso, eventual prorrogação do prazo da concessão, se esta fosse possível, implicaria no ajuste vigorar por prazo indeterminado, o que é explicitamente vedado pelo § 3º, da Lei 8.666/93, a Lei de Licitações, subsidiária da Lei de Concessões.

Até porque, no caso do Estado de São Paulo, a Constituição estadual trata do assunto, indenização da Sabesp, de modo a não deixar qualquer dúvida a respeito do assunto. Veja o que consagra nas disposições finais:

Artigo 293 - Os Municípios atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo poderão criar e organizar seus serviços autônomos de água e esgoto.

Parágrafo único - A indenização devida à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo será ressarcida após levantamento de auditoria conjunta entre a Secretaria da Fazenda do Estado e o Município, no prazo de até vinte e cinco anos.

Ora, se a indenização poderá ser paga em 25 anos e nem é a concessionária quem irá levantar os valores, mas a Secretaria da Fazenda e o município, não existe motivo de torná-la empecilho para a imediata retomada dos serviços e, conseqüentemente, a outorga de nova concessão mediante licitação, da qual poderá participar com êxito a própria Sabesp.

Cabe, finalmente, esclarecer que existe uma maneira de se manter a Sabesp ou outra empresa estadual similar, contratada para a prestação dos serviços nos municípios. É o caso da formação de consórcio entre o município e o estado ou mesmo mediante a assinatura de um convênio entre as duas pessoas de direito público, estabelecendo a gestão compartilhada dos serviços e a contratação da Sabesp, por ser essa integrante da Administração Estadual, sem necessidade de concorrência. Neste caso, ocorreria uma concessão imprópria, ou concessão convênio. Mas seria preciso que lei estadual e municipal autorizassem o ajuste, fixando as condições do mesmo.