segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aécio Neves é parado na Lei Seca com carteira de motorista vencida

O senador Aécio Neves (PSDB) foi parado numa bliz da Lei Seca na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e General San Martin, no Leblon (onde tem boates, restaurantes e bares famosos da cidade), por volta das 3h deste domingo. Segundo o major Marco Andrade, coordenador da Lei Seca, Aécio estava com a carteira nacional de habilitação (CNH) vencida e teve que chamar um amigo para dirigir sua Land Rover. O senador teve o documento apreendido e foi multado em R$ 957,70...Se o Aécio fosse do PT toda a impresa estaria dizendo que carteira de motorista foi apreendida por embriaguês mas como é do PSDB foi por "estar vencida"

Um senador da republica, dando exemplo aos cidadãos brasileiros, ao se recusar a fazer o teste da bebedeira, ao ser parado em uma blitz.

Ele quer presidir o país assim? O senador tucano não quis fazer o teste do bafômetro. Ele voltava para sua residência no Jardim de Alah (zona sul) do Rio) O interessante é que ele é senador de Minas Gerais e estava indo para sua residência no Leblon....Ele só vai a Minas para buscar voto!
Por se recusar a fazer o teste do bafômetro, o Detran do Rio de Janeiro abrirá um processo administrativo contra Aécio, que poderá acarretar na suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

Orçamento da Assembléia salta de R$ 271 para R$ 680 milhões

Geraldo Alckmin e José Serra trataram com cassetetes, bombas e tiros de borracha, os professores e policiais que reivindicaram melhorias salariais; mantendo o arrocho em seu "choque de gestão".
Já os deputados estaduais da Assembléia Legislativa receberam um tratamento dócil destes governadores, ganhando todos os aumentos que quiseram, muito acima da inflação.
Tiveram um aumento no orçamento de 250% nos últimos 10 anos (quase 3 vezes acima da inflação no período, de 89,81%, pelo IPCA).
Em 2001, o orçamento da assembléia era R$ 271 milhões. Este ano foi aprovado R$ 680 milhões.
O número de assessores sem concurso (cargos comissionados) dobrou este ano, de 16 para 32, para cada um dos gabinetes dos 94 deputados.
Essa farra da gastança do dinheiro público ocorreu nos governos de Alckmin e de Serra, que sempre mantiveram o apoio da ampla maioria dos deputados estaduais para impedir mais de 70 CPI's, varrendo para debaixo do tapete as dezenas de mega-escândalos de corrupção.
Pela própria lei de responsabilidade fiscal, quando Alckmin e Serra dão aumentos maiores para a Assembléia, tem que arrochar os demais setores: educação, segurança pública, saúde, etc.

Os números do "assembleiaduto" do Alckmin
Cada um dos 94 deputados estaduais paulistas recebem:
- Salário de R$ 20.042,34 (o teto máximo permitido);
- além do 13º salário, recebem um bônus anual de 50% do salário proporcional à presença em plenário;
- têm direito ainda a R$ 21.812,50 mensais de verba indenizatória, destinada a ressarcir despesas como consultorias, passagens aéreas, hospedagem, combustível, telefone, correios, entre outros gastos;
- todos os parlamentares também recebem automaticamente um auxílio-moradia no valor de R$ 2.250,00 por mês, tenham ou não imóvel próprio na capital paulista. O benefício foi incorporado ao salário em 2002 e, nesta legislatura, as despesas com moradia totalizam cerca de R$ 9 milhões;

Neste ano, enquanto o governador demo-tucano falava em cortes e arrocho, a Assembleia renovou toda sua frota de carros oficiais com 150 automóveis zero quilômetro do modelo Vectra Elite 2.0, da GM. Segundo a montadora, o modelo é a "versão topo de linha, com air bags frontais e laterais, computador de bordo, sensor de chuva, freios ABS com EBD, acabamento em couro, premium sound, antena Shark, teto solar e ajuste elétrico do banco do motorista". (Com informações do Ig).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pronto Socorro, finalmente!

Depois de desculpas esfarrapadas, o PS Municipal parece que finalmente vai começar a funcionar. Dois anos e quatro meses depois, fica bem claro que os argumentos usados pelos tucanos não passavam de lorotas. Aquela história que o PS não funcionava porque não estava pronta foi desmascarada pelo próprio secretario de Saúde, que confirmou que o problema era de financiamento e não de conclusão da obra.

Esclarecida a verdade, a gente espera que o Pronto Socorro Municipal possa atender a demanda da população que já está cansada de conversa. Como todos sabem, a Unesp está abarrotada e o PS do Hospital Sorocabana não atende mais crianças.

Em tempo: O PS Municipal foi construído durante a administração do prefeito Ielo com verba do governo Lula.
Será que atual administração vai convidar alguém do governo federal para a inauguração?

Asfalto em Piapara só em 2012, ano de eleição

Contrariando toda a pirotecnia promovida pela Prefeitura de Botucatu, sempre com a retaguarda da Imprensa Oficial Privada, o prefeito João Cury percebeu que não dá para contar com o ovo antes da galinha. Ele confirmou semana passada ao Diário da Serra que a pavimentação da vicinal que liga Botucatu a Piapara não será feita este ano.
A promessa não será cumprida por um dos dois motivos: ou era mentira que o dinheiro estava liberado ou o pessoal resolveu deixar para realizar a obra em ano eleitoral. Você decide...
Veja a notícia que foi publicada no site entrelinhas e repercutida em diversos veículos de comunicação da cidade:
Fonte: Trincheira do Facioli

Lula: 'Todos brasileiros são do povão'

'Não sei como alguém estuda tanto para esquecer o povão', diz Lula sobre FHC.
O ex-presidente Lula comentou em Londres, nesta quinta-feira, as recentes declarações de Fernando Henrique Cardoso. Em artigo publicado nesta semana, FHC escreveu que se os tucanos continuarem tentando dialogar com o "povão", acabarão "falando sozinhos". Na opinião dele, o PSDB deve investir "nas novas classes médias".
Para Lula, as afirmações foram incompreensíveis. "Eu, sinceramente, não entendi o que ele quis dizer. Nós já tivemos políticos que disseram preferir cheiro de cavalo do que de povo. Agora, tem um ex-presidente que fala para não ficar atrás do povão, esquecer o povão", disse o petista, citanto declaração do general João Batista Figueiredo, o último presidente durante a ditadura militar.
Lula foi além, e disse: "Não sei como alguém que estudou tanto, depois diz que quer esquecer do povão. O povão é a razão de ser do Brasil. E do povão fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres, porque todos são brasileiros".

Oposição
Lula disse que o PT saiu ainda mais fortalecido das últimas eleições e que isso está incomodando a oposição. No entanto, ressaltou que isso faz parte do processo democrático e lembrou que também já esteve do lado enfraquecido. "O governo não engoliu a oposição. O que aconteceu é que ele saiu mais forte do processo eleitoral. Mas isso é assim mesmo. Eu já fui oposição com apenas 16 deputados. Ou seja, também já fui pequeno"
Lula ainda declarou que "a oposição precisa saber que o povo brasileiro não aceita mais uma oposição vingativa, com ódio, negativista. O que o povo brasileiro quer é gente que pense com otimismo no Brasil. Afinal de contas, a gente conquistou um ponto de auto-estima que não pode recuar mais. E é isso o que a oposição não compreende".

Discurso
Lula discursou nesta manhã na capital do Reino Unido para investidores e acionistas do Grupo Telefonica. Durante o evento, Lula destacou as oportunidades de investimento na América do Sul e o desempenho da economia brasileira nos últimos anos.
Sobre a escalada da inflação, o ex-presidente disse não estar preocupado e destacou que a meta de 4,5% estabelecida em seu governo prevê margem de erro de dois pontos para cima ou para baixo. "Por isso estamos dentro da meta e a presidenta Dilma já tomou as medidas para controlá-la. Não tenho medo que a inflação volte", garantiu.
Lula deixa a capital britânica no início da tarde de hoje com destino a Espanha. No país, ele recebe o prêmio Libertad na sexta-feira. Na sequência, terá encontros privados com o presidente do Grupo Telefonica, Cesar Alierta, e com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Ele fica em Madrid até sábado e vai acompahar a partida entre Real Madrid e Barcelona, no estádio Santiago Bernabéu, pelo Campeonato Espanhol. Lula embarca de volta para o Brasil na mesma noite.

Fernando Henrique Cardoso pede para PSDB deixar de lado ‘povão’ . É o partido da massa cheirosa em ação

Fernando Henrique Cardoso apareceu mais uma vez na mídia nesta quinta-feira. Agora, ele se diz espantado com o tamanho da repercussão de seu artigo. Agora, ele diz, que "não disse o que ele disse".E adverte: "Também existe, um ‘povão’ nessa nova classe média" que o PSDB quer conquistar.
O jornalista Luix Carlos Azedo, escreveu, sobre a reação de FHC; O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo caudaloso, tenta agir como um bom pastor ao ver as ovelhas desgarradas: reunir o rebanho, afastar os predadores e conduzir sua criação ao pasto farto e seguro.
Publicado em uma revista, o artigo tenta, de certa forma, definir também a nova classe média como o novo rebanho a ser pastoreado pelo PSDB. Dá como perdida para o PT e seus aliados no governo Dilma Rousseff a população mais pobre do país.
Segundo o ex-presidente da República - cujo legado não foi defendido nem pelo ex-governador José Serra, nem pelo governador Geraldo Alckmin, ambos paulistas -, as realizações de seu governo seriam o maior acervo patrimonial dos tucanos, mas isso é insuficiente para conquistar novos adeptos.-- FHC, propõe ao PSDB gastar menos energia com ‘povão’ e priorizar a nova classe média
O artigo de Fernando Henrique Cardoso é um pouco a resposta às críticas que vêm recebendo do seu ex-ministro e tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira. Economista do primeiro time da Fundação Getulio Vargas, um dos principais ideólogos tucanos, Bresser se desfiliou do PSDB depois de uma releitura das teses de FHC sobre a teoria da dependência e um balanço do governo tucano. Em síntese, avalia que o PSDB e seu guru não têm um projeto nacional.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

NOTA OFICIAL

O Partido dos Trabalhadores vem a público mostrar sua preocupação e repudiar a maneira intimidatória em que a atual Administração Municipal vem tratando os agentes Políticos que fazem oposição a ela.

Começou no ano passado, quando o Vereador Lelo Pagani questionou de forma legítima os gastos da Secretaria da Educação e teve o seu mandato ameaçado com uma tentativa de cassação.

Depois com o Vereador Nenê, do Partido Socialista Brasileiro, que vem sendo tratado de maneira irônica pelo atual Secretário da Educação em uma tentativa clara de desqualificar as suas críticas e denúncias e, acima de tudo, o seu mandato como Vereador.

Agora, a Administração tucana disse que vai processar criminalmente o ex- Prefeito Mário Ielo e o ex- Secretário dos Esportes Nivaldo Ceará.

E, para piorar, a coluna Pimenta na Língua, do jornal Diário da Serra do dia 8 de abril, afirma que mais pessoas serão processadas, o que se configura em uma verdadeira caça as bruxas, uma ação antidemocrática que expõe de maneira muito clara o desejo nocivo de impedir a manifestação legítima da oposição.

O Partido dos Trabalhadores não se intimidará com qualquer ameaça ou medida adotada por agentes do Governo Municipal em relação ao Partido ou a qualquer um dos nossos aliados.

O Partido dos Trabalhadores continuará exercendo o seu papel de oposição, e não deixará de denunciar suspeitas sobre possíveis irregularidades na Administração Municipal e de pleitear que as mesmas sejam devidamente apuradas.

Carlos Ramos
Presidente do Diretório Municipal
PT Botucatu

sábado, 2 de abril de 2011

Direita cristã ultra conservadora se une para tentar desmoralizar Nenê e Ceará

A tática da direita cristã ultra conservadora de Botucatu é tentar desqualificar quem denuncia em detrimento à denúncia. E para tanto, conta com o apoio incondicional da Imprensa Oficial Privada, que faz o papel de Assessoria de Imprensa da Prefeitura.
Recentemente, o prefeito João Cury, o secretário de Esportes, Antonio Carlos Pereira, e o secretário de Educação, Narcizo Minetto, deram mais uma demonstração do poder de fogo de sua cavalaria contra seus desafetos Nivaldo Ceará, ex-secretário de Esportes, e o vereador Nenê.
Sob o pretexto de esclarecer as graves denúncias que pairam sobre o programa Segundo Tempo, feitas, principalmente, pelo vereador Nenê e que foram ao ar pelas TVs ESPN Brasil e TV TEM, os "nobres comandantes cruzados" atacaram sem clemência os "plebeus latinos" durante entrevista à Rádio Clube.
Os "Cruzados" demonstraram um rancor que não deveria estar presente no coração de cristãos. Utilizando de muita ironia, o secretário Minetto, que também é pastor e fundador da entidade que vai gerenciar o programa Segundo Tempo, ficou todo o tempo da entrevista desmerecendo o trabalho feito pelo vereador Nenê, como se o edil não tivesse sido eleito pelo povo para fazer exatamente o que está fazendo, que é fiscalizar o Executivo. Minetto é o mesmo secretário que pediu a cassação do vereador Lelo Pagani, que também tentou investigar denúncias anônimas que foram encaminhadas à Câmara.
Já com Nivaldo Ceará a estratégia é diferente. Minetto tenta colocar o ex-secretário em situação difícil no seu trabalho, fazendo a ridícula acusação de que o Ceará não poderia dar entrevista durante seu expediente como professor. Oras bolas, o que o secretário estava fazendo na rádio na hora que deveria cuidar da educação da cidade? Não vou nem mencionar aqui outras coisas, senão a vítima passa a ser eu.
Apesar que já estou calejado, afinal já pediram minha cabeça em quase todos os lugares onde trabalho ou trabalhava. O próprio prefeito ouviu isso, tanto que chegou uma convocar uma reunião com alguns assessores para esclarecer o assunto. Me procurou e garantiu que a ordem para pedir minha cabeça não tinha saido da sua boca.
É tudo assim, muito simples, primeiro desqualifica, zoa, tira sarro, ameaça processar (todas qualidades esperadas de quem fala em nome de Deus) e depois parte para parte mais suja, que é tentar acabar com a fonte de subsistência do profissional.
Dá para fazer uma analogia com as "Cruzadas" promovidas pela Igreja no século XI, que tinham como objetivo conquistar Jerusalem, que podemos chamar aqui de poder, e fazer com que todo mundo pensasse da mesma maneira, tornando a todos cristãos, mesmo que para isso tivessem que usar a espada.
Está instalada em Botucatu a ditadura da direita cristã ultra conservadora, que tem demonstrado que fará qualquer coisa para se manter no Poder. Que Deus tenha piedade de nós, pobres cristãos, e daqueles que também não são.
Érick Facioli

Dilma é aprovada por 73% em três meses de mandato

Os três primeiros meses do governo da presidente Dilma Rousseff tiveram aprovação de 56% dos brasileiros, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (1º) pelo Ibope.
No levantamento, 27% dos entrevistados avaliaram o começo de Dilma como "regular” e 5% como "ruim" ou "péssimo".
Sobre a atuação pessoal da presidente Dilma, 73% a aprovaram como chefe do governo, e 12% desaprovaram. A confiança nela alcança 74%, não confiam 16%.
O resultado assemelha-se ao que constatou outro instituto duas semanas atrás. O Datafolha mostrou que a aprovação de Dilma alcançava 47% nos dias 15 e 16 de março. Na mesma época, em 2003, Lula obtinha 43% de “ótimo” e “bom”, conforme o instituto.
A expectativa com relação ao governo no resto do mandato cresceu. Antes de Dilma assumir, em dezembro, 62% dos entrevistados achavam que a presidente faria um governo ótimo ou bom. Agora, 68% estão com o mesmo otimismo.
Entre os que acham que a gestão será regular, o índice se manteve em 19%. Diminuiu a porcentagem dos que acham que o governo será ruim ou péssimo: em dezembro, eram 9% e agora são apenas 5%. Nesta pesquisa, de março, 10% não souberam responder.
A pesquisa Ibope, realizada a pedido da CNI (Confederação Nacional da Indústria), ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 20 e 23 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e a taxa de confiança é de 95% (em 100 pesquisas semelhantes, apenas 5 trariam resultados destoantes).

Aprovação é maior que de Lula
O início do governo de Dilma obteve aprovação maior que o de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto 56% dos brasileiros avaliam bem a atual gestão, em abril de 2003, o índice era de 51%.
No início do mandato de Lula, 33% consideravam a gestão dele regular e 16% ruim ou péssimo.
O resultado ainda mostra que a nova presidente obteve aprovação inicial maior que todos os ex-presidentes desde que Itamar Franco assumiu. Em abril de 2007, após a reeleição, Lula obtinha 49% de avaliação positiva sobre seu governo.

64% acham que governo é igual ao de Lula
...Em março de 1999, Fernando Henrique Cardoso, também reeleito, tinha um governo visto como bom ou ótimo por 22%. Em seu primeiro mandato, em março de 1995, eram 41%.
Meses após assumir a Presidência no lugar de Collor, em novembro 1992, Itamar Franco tinha sua gestão aprovada por 35%.
O Ibope não divulgou dados sobre a primeira avaliação do governo de Fernando Collor, que assumiu no dia 15 de março de 1990. Numa pesquisa de fevereiro daquele ano, a expectativa de 59% dos brasileiros era que ele fizesse um governo bom ou ótimo. Após dois anos, ele renunciava ao cargo, bombardeado por denúncias de corrupção e descontrole da inflação

José Alencar e a mudança político-cultural no Brasil

Quando senador pelo PMDB, José Alencar, então presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, já tinha um olhar diferente sobre o papel que Lula e o PT teriam na sociedade brasileira. O empresariado amargava um período de fraco crescimento da economia (portanto ao desagrado dele), com um governo que tinha como política segurar a inflação, o gasto público, administrar o câmbio, diminuir a presença do Estado e deixar para o capital privado outras macroiniciativas na economia (isto do agrado do empresariado). Era o que chamamos de ideologia neoliberal, com a qual José Alencar mostrou não concordar.
Alencar admirava a figura de Lula, como dizia ele, ‘um titã’ - uma figura forte com poderes extraordinários -, como alguém que poderia dar nova direção e novo ânimo ao Brasil. Alencar buscava um novo ciclo de desenvolvimento, com franca expansão do mercado interno, que segurasse o excessivo apetite do capital financeiro, portanto próximo a linhas conjunturais que o PT preconizava. Não há dúvida que as ideias de Alencar, tiveram peso nos compromissos que a quarta candidatura de Lula apresentou ao povo brasileiro.
Ele tinha plena consciência de que o Brasil ganharia muito se a sua classe empresarial reconhecesse a liderança daquele genial operário, que conhecia o Brasil mais do que todos, que tinha uma visão consolidada sobre um novo caminho de crescimento com distribuição de renda, estritamente dentro de regras democráticas e princípios republicanos. Lula, ao mesmo tempo, ficou impressionado com aquele empresário de espírito nacionalista e aberto às transformações. Consolidou-se deste modo, como dizia o próprio Alencar, ‘a aliança entre o trabalho e o capital, pela primeira vez sob a liderança do trabalho’. Aliança outras vezes tentada, por Vargas e Jango, mas com a elite na cabeça (aliança entre a burguesia nacional e o proletariado, como à época se chamavam o empresariado e os trabalhadores).
Alencar contribuiu singularmente para uma grande mudança política e cultural, facilitada talvez porque também viera de uma família pobre e não renegava este passado. Ele concordava que não mais se escolhesse para dirigir o país apenas alguém pertencente ao mundo dos ricos, dos acadêmicos, dos generais - a nobreza da República. Podia ser um operário, aquele operário, não mais um doutor. Poderia mais adiante ser uma mulher, não precisava como sempre fora, ser um homem. Ele foi na prática um militante por uma sociedade menos discriminatória, mais democrática, que valoriza as pessoas pelo que são capazes de fazer pela coletividade, e não por sua riqueza ou seus diplomas.
José Alencar, esta generosa e grande figura brasileira que Minas nos concedeu, ajudou muito o Brasil a mudar para melhor, a respirar mais democracia, a vencer preconceitos, a resgatar a autoestima e dignidade do nosso povo, para uma grande mudança cultural em curso no país.
Elói Pietá - Secretário Geral Nacional do PT

PT paulista teme privatizações na área da saúde

A Bancada do PT na Assembleia Legislativa paulista reuniu-se na quinta-feira (31/03) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para participar do Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado. O fortalecimento do SUS, ameaçado em São Paulo pela privatização, foi o principal tema do encontro, que reuniu também prefeitos da Grande São Paulo e do interior. “Um SUS forte representa a capacidade de atender adequadamente milhões de pessoas”, explicou o ministro, ao detalhar a principal característica do modelo, a universalidade, que garante atende médico gratuito a todos os cidadãos.
O ministro destacou outras prioridades de sua gestão, todas vinculadas ao SUS, como a Rede Cegonha, que é um programa de atendimento para mulheres e crianças antes, durante e depois do parto, e também o Saúde da Família, que garante recursos para os municípios.
O investimento no atendimento integral à saúde da mulher é um dos alvos da gestão de Padilha à frente do Ministério. O programa para o aperfeiçoamento da oferta de exames de prevenção e diagnóstico de cânceres de mama e de colo de útero recebeu recentemente investimentos de R$ 4, 5 bilhões. Outros números do SUS apresentados pelo ministro durante a reunião com a Bancada do PT também impressionam: 100 milhões de pessoas já foram atendidas pelo Programa Saúde da Família. O Sistema Único de Saúde realiza em média 21 mil transplantes por ano.
O líder da Bancada do PT na Assembleia, deputado Enio Tatto, em nome da bancada, lamentou que São Paulo continue sendo um dos poucos Estados ‘descolados’ dos padrões federais do SUS.
(Fonte assessoria deputado José Zico)