segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mercandante: “São Paulo precisa iniciar uma marcha para o Oeste”

Em visita às cidades de Assis e Marília na sexta-feira, 28/05, o senador Aloizio Mercadante voltou a defender a interiorização do desenvolvimento do Estado de São Paulo. “É preciso iniciar uma marcha para o Oeste”, afirmou, fazendo uma analogia à ocupação do oeste dos Estados Unidos, no século XIX, conhecida como “Corrida do Ouro”.
“Hoje, 65% da economia paulista está concentrada na região de Campinas, Grande São Paulo e Baixada Santista. Outros 440 municípios representam apenas 5% do PIB estadual. Precisamos descentralizar a economia, especialmente para o centro e o oeste do Estado, onde 218 cidades perderam população nos últimos anos. Os jovens são obrigados a ir para as grandes cidades, agravando o crescimento desordenado e os problemas da Capital”, disse Mercadante.
Em Assis, na presença do prefeito Ezio Spera (DEM), que apoia sua pré-candidatura ao governo de São Paulo, Mercadante reforçou a proposta de criar um Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, para identificar a vocação de cada região administrativa. “Se eleito, vou regionalizar o orçamento do Estado”, garantiu.
Acompanhado pelo prefeito, pela ex-ministra do Turismo Marta Suplicy, pelo vereador da Capital Netinho de Paula, ambos pré-candidatos ao Senado, além do vereador de São Paulo Arselino Tatto, Mercadante percorreu um trecho da Avenida Rui Barbosa, tradicional ponto comercial de Assis, e conversou com a população.
Antes disso, a comitiva foi ao Jardim Eldorado ver as obras do programa “Minha Casa, Minha Vida”. O governo federal está construindo 324 em Assis. Na sequência, houve um encontro no sindicato dos ferroviários, onde representantes de servidores públicos que estão em greve no Fórum local, na Sabesp e na Unesp entregaram à Mercadante documentos explicando a situação de cada categoria e suas reivindicações.

Marília – Ainda na sexta-feira, Mercadante visitou Marília, onde compareceu a um almoço com mais de 300 pessoas, entre militantes, políticos e lideranças da região, juntos com o prefeito Mario Bulgarelli (PDT), com Marta, Netinho, Arselino e coordenador da macrorregião do PT Assis/Marília, Kita Amorim. Na ocasião, lideranças comunitárias agradeceram ao senador a pavimentação asfáltica de vários bairros com 10 milhões de reais liberados pelo governo federal. Prefeitos da região entregaram a Mercadante reivindicações e demandas.

Centrais unificam agenda política e mobilização eleitoral contra o PSDB

Quase 30 anos depois da última tentativa do movimento sindical para unificar suas lutas, cinco das seis centrais sindicais do país esperam reunir 30.000 militantes amanhã, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, para a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora destinada à aprovação de uma plataforma política e eleitoral comum. A conferência será precedida hoje, também na capital paulista, pela segunda Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, articulada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que reúne 28 entidades e organizações.
A Conferência Nacional da Classe Trabalhadora foi convocada em janeiro pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Das seis centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho, só não participará da conferência a União Geral dos Trabalhadores (UGT), que tem dirigentes ligados ao DEM e ao PPS, aliados da pré-candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República.
As centrais que promovem o evento não declararão apoio a uma candidatura, mas se manifestarão contrárias ao retorno do PSDB e do DEM ao comando do governo federal, deverão destacar o diálogo mantido entre o Governo Lula e os movimentos sociais e apresentarão uma lista de reivindicações baseada em plenárias que realizaram em 15 estados.
“Será um documento com propostas bem objetivas para serem implementadas pelo próximo governo. A ideia é somar forças em agendas unitárias de mobilização, em grandes passeatas comuns e capazes de interferir no processo eleitoral, inclusive com a formação de comitês populares e pluripartidários para a eleição”, diz Lúcia Stumpf, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes.
O primeiro esboço do documento das centrais foi divulgado ao fim da 10ª edição do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Amanhã, a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora deverá aprovar a 8ª versão do texto, publicada nos últimos dias nos sites das centrais com o título “Agenda da Classe Trabalhadora – Para um projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho”.
No Manifesto Político que abre o documento, as centrais apontam “um enorme déficit social a ser superado”, mas reconhecem que a distribuição de renda e as condições de vida da população melhoraram em conseqüência do “crescimento econômico dos últimos anos, apoiado principalmente pelo fortalecimento do mercado interno e em políticas redistributivas”.
Para as centrais, a superação do déficit social exige que o crescimento econômico “esteja orientado para a ampliação do mercado interno de consumo de massa, com a geração de emprego e a ampliação da renda do trabalho”. Ao mesmo tempo, segundo o Manifesto, “é necessário avançar nas diferentes políticas sociais, em especial nas áreas de educação, saúde, habitação, infraestrutura e de transferência de renda”.

Passeata

Saiu ontem. No Rio, foi em Copacabana. Em São Paulo não sei o bairro. Legal foi o espírito da coisa. Não tem o Movimento dos Sem Terra? O Movimento dos Sem Teto? Pois a passeata era organizada pelo Movimento dos Sem Namorado.
Encalhados e encalhadas saíram às ruas, no maior bom humor, denunciando sua exclusão do mercado afetivo e pegando telefones adoidado.
Grande ideia. Mas aceitar ser vice do Serra já é desespero, né não?

Lula da paz, Serra da guerra

Lula, do alto do seu mundialmente reconhecido perfil de estadista vem trabalhando soluções negociadas para superar o impasse nuclear do Irã. Acredita nosso presidente que é necessário, pela via diplomática e não pela ampliação das sanções, o mundo tomar medidas que contribuam para a não a proliferação de armas nucleares.
E por isso, combinando o jogo antecipadamente com o presidente americano, construiu um acordo Brasil-Turquia-Irã que respeitava integralmente os termos para o enriquecimento do urânio iraniano impostos por Obama. No editorial da Folha de S.Paulo de 28/05, intitulado “As duas faces de Obama”, o jornal assim se manifesta sobre o conteúdo da carta enviada por Obama a Lula, antes da viagem do nosso presidente ao país persa: “O presidente norte-americano expõe, no documento, um modelo de caminho a seguir para a retomada do processo diplomático construtivo e detalha suas expectativas. Nenhum dos pontos mais importantes elencados por Obama deixou de ser contemplado no acordo”.
Só poderosos interesses econômicos explicam porque os EUA roeram a corda depois do êxito alcançado pela missão do nosso presidente. Não seria a primeira vez. A guerra do Iraque, provocada por denúncias infundadas de Bush de que aquele país possuía armas de destruição em massa, não passou de uma farsa montada para conquistar petróleo e lucratividade para a indústria bélica.
Já Serra, do alto do seu reconhecido perfil truculento, ampliava concomitantemente seu currículo de pronunciamentos hostis, desta vez mirando a Bolívia. Disse ele (quarta 26), chutando números (uma de suas especialidades) e sem apresentar provas: “Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice?”. Se não bastasse, Serra ainda se superou dizendo irritadiço na sexta (28) que “a chancelaria boliviana não vale uma nota de três reais”. Para ficarmos em pronunciamentos recentes do belicoso e preconceituoso pré-candidato tucano, lembremos ainda de suas declarações antidiplomáticas sobre a economia Argentina e da sua desastrosa e obtusa afirmação: “O Mercosul é uma fraude”.
Em contraponto, e seguindo a grandeza diplomática do pensamento lulista, Dilma lamentou as falas de Serra dizendo que elas “mexiam com a soberania do povo boliviano e demonizavam o governo de um país amigo”. Também em contraponto à visão do tucano, a presidenciável petista reforçou a importância do Mercosul: “Provamos que podemos ser protagonistas no contexto mundial, sem nos esquecermos de olhar os nossos vizinhos. Não podemos encará-los com soberba. Esse comportamento imperialista é o que leva à guerra, aos conflitos e ao desprezo”.
Por também pensar assim, sou Lula e Dilma de carteirinha.

Newton Lima foi prefeito de São Carlos (2001-08) e reitor da UFSCar (1992-96). Hoje, preside o PT São Carlos e é o coordenador nacional do Setorial de Ciência, Tecnologia & Inovação do PT

Em Fórum Mundial, Lula prestigia Evo Morales e ironiza "inveja" de Serra

Em momento de descontração logo após a foto oficial de chefes de Estado no 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no saguão do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu abraçado ao boliviano Evo Morales e ironizou os ataques do tucano José Serra ao governo da Bolívia.
"Vamos posar aqui; vamos fazer inveja no Serra", disse Lula ao colega, rindo bastante, em frente aos fotógrafos. De mãos dadas como presidente do Brasil, Evo também riu, mas não comentou a declaração.
Pouco depois, a entrevista coletiva de Morales, que estava agendada para as 16h desta sexta-feira (28), foi cancelada. A jornalistas, o boliviano se recusou a responder a perguntas e deu um palpite sobre a Copa do Mundo: "O Brasil será campeão." O governo da Bolívia divulgou nota para rebater as declarações do tucano.
Antes, em discurso na reunião plenária de cúpula, no início da tarde, Morales foi muito aplaudido: "Precisamos salvar a humanidade e a natureza do capitalismo", defendeu. Para ele, criou-se uma "anticivilização" em que tudo vira mercadoria. "Essa anticivilização está levando à destruição do planeta", discursou.
O presidente boliviano comparou a colonização da América a um "genocídio" e afirmou que a riqueza de civilizações europeias foi construída à custa de "sangue e ouro do nosso continente".
"Uma civilização não se faz com guerras, balas e bases militares. Não haverá paz enquanto não tiver justiça social."

Pela quarta vez seguida, Vaccarezza é eleito um dos 100 “cabeças” do Congresso

Vaccarezza está entre os 100 mais influentes do Congresso desde o primeiro ano de seu mandato de deputado federal, em 2007. A escolha dos nomes é feita pelo Diap – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – e leva em consideração o cargo ocupado, a influência sobre os demais colegas na tomada de decisões e o envolvimento na discussão de matérias relevantes , de interesse da sociedade.
Entre os “Cabeças” do Congresso da edição 2010, há 69 deputados e 31 senadores. Os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, com 22 nomes, e o PMDB, detentor da maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, com 17. Na terceira posição em número de parlamentares está o PSDB, com 14 nomes.

Vaccarezza, um defensor do socialismo democrático
Vaccarezza começa sua vida pública nos anos 70 lutando pela redemocratização do País e participando da fundação do Partido dos Trabalhadores. Após mais de 30 anos de dedicação à defesa do socialismo democrático, hoje é líder do Governo na Câmara dos Deputados e um dos principais articuladores no Congresso Nacional para que o País siga o caminho do desenvolvimento econômico, distribuição de renda e criação de emprego.
Deputado federal em primeiro mandato, Vaccarezza se destaca pela defesa intransigente do governo Lula que reflete nas conquistas econômicas, políticas e sociais, e pela capacidade de articulação e de formular opiniões, sendo eleito anualmente pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, desde sua posse, como um dos “Cabeças do Congresso” e, em 2009, como o terceiro parlamentar mais influente do Congresso .
Com sua escolha para líder do PT na Câmara, em 2009, Vaccarezza reitera sua habilidade de conceber idéias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão.
Designado pelo presidente Lula, em 2010, para assumir a liderança do Governo e representar o governo federal na Câmara dos Deputados, Vaccarezza cumpre o papel de articulador com as bancadas da base de sustentação do governo e da oposição para viabilizar aprovação de propostas de relevância para a sociedade.
Articulou para aprovar o Programa Minha Casa, Minha Vida que já possibilitou a construção de 350 mil moradias, do total de 1 milhão de habitações para famílias com renda de até 10 salários mínimos. Viabilizou a aprovação das medidas anticíclicas para o controle da crise mundial que possibilitou o controle do processo inflacionário, o equilíbrio das contas externas e a manutenção do consumo brasileiro por meio da aprovação das desonerações tributárias como a redução do IPI de automóveis, de eletrodomésticos da linha branca, de bens móveis e de materiais de construção, o que possibilitou o aquecimento do mercado interno e o alcance de 12 milhões de empregos com carteira assinada.
Ajudou no fortalecimento dos programas de inclusão social que permitiram que mais de 31 milhões de pessoas ultrapassassem a faixa de pobreza absoluta e ainda do programa Luz para Todos que beneficiou mais de 11 milhões de pessoas residentes no campo. Na aprovação do Plano de Desenvolvimento da Educação que viabilizou a construção de 214 escolas técnicas, de 12 universidades e mais de 100 extensões universitárias e a distribuição de 596 mil bolsas universitárias para alunos pobres.
Teve papel importante na aprovação dos projetos que criam o novo marco regulatório para a exploração de petróleo e gás do pré-sal, principalmente ao alterar o regime de concessão para o de partilha. Com a mudança, o dono do petróleo extraído da camada pré-sal passa ser o Brasil e não a empresa que o extraiu como prevê o regime de concessão. Com isso, o povo brasileiro vai auferir o principal dos lucros desse óleo, que irá para o Fundo Social e será destinado ao combate à pobreza, à educação, à saúde e à ciência e tecnologia, gerando desenvolvimento para o País.
Mesmo com essa participação na articulação política nacional para que o País pudesse ganhar importância política no exterior e a garantia do desenvolvimento econômico com justiça social, Vaccarezza não perdeu de vista a sua base política, dialogou com prefeituras paulistas, com líderes regionais e com a população para viabilizar recursos federais para o crescimento regional, distribuição de renda e criação de emprego.
Assessoria do deputado Cândido Vaccarezza

O fator Serra e as marcas no PSDB

As obviedades dessa campanha são de cansar.
Serra dá o tiro na Bolívia. Aí a Veja aparece com a matéria prontinha, mostrando o perigo boliviano. Daqui a pouco vão ressuscitar os 200 mil guerrilheiros das FARCs que invadirão o Brasil pelo mar.
Agora, o Ruy Fabiano – contratado pela campanha de Serra – levanta a bola na coluna do Noblat, dizendo que graças à falta de ação do Itamarati, esse será uma das peças da campanha.
Onde esse pessoal está com a cabeça? Criaram um mundo circular em que meia dúzia de neocons falam para eles próprios sem se dar conta do entorno. É um autismo assustador. Montam toda uma encenação, articulam aqui e ali, Serra solta o rompante, a Veja repica a matéria, o Fabiano autoelogia o brilhantismo da estratégia do próprio grupo, todos rodopiando no meio do salão escuro, como nas velhas conspirações político-midiáticas, julgando que ninguém está acompanhando o bailado.
E a Internet inteira olhando aquele bailado louco e se indagando: o que deu neles? Montam toda uma encenação, supondo-a esperta, para um tema que só encontra ressonância em eleitores de ultradireita e nos órfãos de Sierra Maestra.
Cada vez que acompanho discussões sobre Cuba, Venezuela, Bolívia, guerra fria, aliás, dá um desânimo danado. São temas não apenas distantes da vida comum, do dia a dia real das pessoas, como da própria realidade política atual do país. É restrito a um mundico de nada na Internet, apenas isso. A importância desse tema é assegurar, no longo prazo, a consolidação de uma integração comercial e física da América Latina, algo que vai muito além das discussões de campanha.
Pode-se criticar pontualmente o Itamarati por uma ou outra atitude – quando, por exemplo, houve a expropriação de empresas brasileiras na Bolívia. Ou pela demora em se avançar na integração continental. Ou pode-se elogiar, sustentando que essa política cautelosa foi importante para garantir a estabilidade política da região, ameaçada pelos arroubos de Chávez e pela inexperiência de Morales.
Mas são discussões específicas, longe de configurar uma doutrina capaz de sensibilizar eleitores.
Em relação ao Mercosul, Serra repete os mesmos discursos dos anos 90, quando questionou o acordo automotivo com a Argentina. Em relação à Bolívia, retrocede ao período da Guerra Fria. Não conseguiu avançar uma análise minimamente diferenciada. É como se tivesse hibernado por 15 anos das discussões nacionais e acordado de repente.
E tudo para garantir o factóide da próxima semana, a próxima chamada de capa de Veja.
Não há a menor preocupação em definir um conjunto articulado de ideias e conceitos. É o que em jornalismo se chama de “o mancheteiro”, o sujeito capaz de extrair um slogan de uma matéria mas incapaz de escrever o artigo de fundo.
O resultado é patético.
Junto à centro-esquerda tornou-se uma caricatura. Quando cruzo com algum antigo militante do PSDB de Montoro e Covas, recebo olhares irônicos, tipo «em que fomos nos meter». Junto aos neocons, sempre será apenas um oportunista que quer embarcar na onda sem nunca ter pertencido ao grupo.
O resultado de tudo isso é o suicídio político de Serra. Terminada a aventura das eleições, haverá uma reconstrução da oposição. E, hoje em dia, sobram dúvidas sobre a viabilidade do PSDB de continuar comandando as oposições. As loucuras desse estilo neocon desvairado, a truculência nos ataques a adversários e a aliados, o uso de jornalistas cúmplices para atacar colegas, não apenas comprometeram a eleição de Serra, mas a própria viabilidade do PSDB como líder da nova oposição.
Será um duro trabalho de reconstrução da imagem do partido.
Luis Nassif

Lula Superstar

Com iniciativas sempre novas, o Presidente brasileiro conquista para seu país um peso cada vez maior no mundo. Seu golpe mais recente: convenceu os governantes do Irã de um acordo nuclear controverso - uma chance para evitar sanções e guerra?
Quais foram os palavrões com que ele, na altura, foi chamado: ele seria um comunista, um proletário grosseiro, um bêbado. Mas isso já faz parte do passado. Paralelamente à ascensão da nova potência econômica, o Brasil, sua reputação aumentou de forma surpreendentemente rápida; para muitos, o Presidente brasileiro vale como o herói do Hemisfério Sul, como o contrapeso mais importante de Washington, Bruxelas e Pequim. A revista norte-americana "Time" foi um pouco mais longe, ao
denominar-lhe, há duas semanas, o "líder político mais influente do mundo", na frente de Barack Obama. Na sua pátria, ele já é considerado o futuro titular do Prêmio Nobel da Paz.
Agora, esse Luiz Inácio da Silva, 64, cujo apelido é "Lula", filho de analfabetos que cresceu em uma favela, lançou novamente um golpe de mestre político: durante uma maratona de negociações, fechou com o governo iraniano uma acordo nuclear. Na segunda-feira passada, ele apareceu em Teerã triunfante, lado o lado com o Primeiro-Ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan e o Presidente Mahmud Ahmadinejad. Todos os três estavam convictos de que a questão das sanções da ONU contra o Irã, motivadas pelo possível programa iraniano de armas nucleares, teria passado, com isso, a ser história. O mundo ocidental, que tanto insistiu na radicalização das medidas internacionais de punição, parecia surpreso e sem ação.
O contra-ataque de Washington ocorreu já no dia seguinte, começando um novo capítulo do conflito iminente sobre o programa nuclear; Pequim, em particular, por muito tempo se opôs a uma atuação mais rígida. A Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, proclamou: "Em cooperação com a Rússia e a China, chegamos a um consenso sobre um projeto forte". A planejada resolução sobre sanções será encaminhada para todos os membros do Conselho de Segurança da ONU - também para o Brasil e a Turquia. Atualmente, por um mandato de dois anos, esses dois países têm um assento não-permanente como membros eleitos nesse Conselho de 15 países, dos quais nove membros devem aprovar a resolução antes de poder entrar em vigor.
De maneira explícita, Clinton agradeceu a Lula por seus "esforços honestos". No entanto, podia-se notar que ela considerava a iniciativa como algo que somente atrapalhava: "Sanções rígidas serão a mensagem inequívoca transmitida para o Irã sobre o que esperamos deles". Porém, será que a abordagem menos confrontadora de Lula do conflito acerca do programa nuclear não é mais promissora? Será que Lula Superstar, com a retaguarda coberta por um país da OTAN, a Turquia, se deixaria refrear tão facilmente?
Quem conhece sua história, não apostaria nisso: esse homem sempre superou todos os obstáculos, contradizendo todas as probabilidades. Cedo, o pai abandonou a família, a mãe mudou com os oito filhos do Nordeste brasileiro para o Sul industrializado para ter, pelo menos, uma chance de sobreviver. Só aos dez anos, o pequenino aprendeu a escrever e ler. Como engraxate e vendedor de frutas, ajudou a sustentar a família. Trabalhava em uma fábrica de tintas. Lutava para obter uma vaga de aprendiz como metalúrgico. Tinha 25 anos quando faleceram sua mulher e o filho comum que ainda não havia nascido, porque a família não tinha os meios suficientes para pagar o tratamento médico.
Ainda jovem, Lula virou militante político. Nos tempos da ditadura militar, organizou como sindicalista greves ilegais e, nos anos oitenta, várias vezes foi preso. Insatisfeito com a esquerda tradicional, ele fundou um partido próprio, o Partido dos Trabalhadores, que ele transformou, passo a passo, de um partido comunista em um partido social-democrata. Nas eleições presidenciais, sofreu três vezes uma derrota. No entanto, em 2002, conseguiu a vitória, com uma larga vantagem. Foram os pobres e miseráveis nesse país de contrastes econômicos extremos que depositaram sua esperança no líder proletário carismático. Os milionários já haviam abastecido seus jatos, temendo sua expropriação.
Porém, quem esperava ou acreditava em uma revolução ficou surpreendido. Lula, após tomar posse, levou os membros do governo para uma favela, e atenuou, por intermédio de seu programa abrangente "Fome Zero", a miséria dos desprivilegiados. E não assustou os mercados. Preços elevados de matérias-primas e uma política econômica moderada, baseada em investimentos do exterior, bem como em recursos nacionais de formação e aprendizagem, permitiram a Lula renovar, em 2006, seu mandato.
Em dezembro, terminará o mandato de Lula, que não pode ser reeleito novamente. Do ponto de vista da política interna, ele fez muito bem seu dever de casa, construindo também a figura de sua possível sucessora no cargo. No entanto, o Presidente autoconfiante deixa seu legado mais nitidamente no ambiente da política externa: ele considera imprescindível conseguir para o Brasil, com seus 196 milhões de habitantes, um papel de grande potência mundial, conduzindo o país para um assento no Conselho de Segurança da ONU.
Lula reconheceu que, na busca deste objetivo, deve manter boas relações com Washington, Londres e Moscou. Porém, reconheceu também que contatos estreitos com países como a China, a Índia, países do Oriente Médio e da África talvez sejam ainda mais importantes. Ele se vê como homem do "sul", como líder dos pobres e excluídos. E ele, naturalmente, também observa o deslocamento do equilíbrio: no ano passado, a República Popular da China, pela primeira vez, superou os EUA como parceiro comercial mais importante do Brasil.
Lula é o único governante de um país que se apresentou não apenas no exclusivo Fórum Econômico Mundial em Davos, mas também no Fórum Social Mundial, com posição crítica à globalização, em Porto Alegre. Sem parar, ele viaja pelo mundo, visitou 25 países somente na África, muitos na Ásia, na América Latina quase todos, sempre com uma comitiva empresarial ao lado. Está sempre proclamando sua crença em um mundo multipolar. E, sendo um orador muito carismático e um líder proletário "autêntico", no mundo inteiro é saudado pelas massas como se fosse um pop-star. "I love this guy", entusiasmou-se também, em 2009, o Presidente Barack Obama, por ocasião do encontro do G20 em Londres.
Hoje, Obama não está mais tão seguro, de jeito nenhum, que Lula é o "cara". Cada vez mais autoconfiante, o brasileiro se distancia da Washington, e procura às vezes até a confrontação. Por exemplo, no caso de Honduras.
Historicamente, os EUA consideram a América Central o seu "quintal". Por isso, ficaram muito surpresos quando Lula, no ano passado, ofereceu abrigo ao Presidente derrubado, Zelaya, na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa e exigiu o direito de participar da solução do conflito. Brasília negou-se a reconhecer o novo Chefe de Estado e desta maneira se posicionou claramente contra Obama.
Em seguida, tudo aconteceu muito rápido. Lul viajou a Cuba, encontrou-se com Raúl e Fidel Castro e exigiu o fim imediato do embargo econômico americano. Lula comparou adversários do regime, que sofrem nas prisões de Havana, com criminosos comuns, o que deixou os anfitriões muito contentes. Lula também fez questão de aparecer em público com Hugo Chávez, que vive maldizendo Washington e censura cada vez mais a imprensa do país; na edição 20/2008 do Spiegel, Lula chamou o autocrata de "Melhor Presidente venezuelano dos últimos 100 anos".
Quando há alguns meses recebeu Ahmadinejad em Brasília, elogiou a sua vitória eleitoral supostamente regular e comparou a oposição persa com torcedores de futebol frustrados. O Brasil também não permitiria intervenções alheias no seu programa nuclear "naturalmente pacífico", disse. Apesar da solidariedade demonstrada, muitos estavam céticos quando Lula partiu para Teerã para negociar um acordo nuclear com o Irã - os iranianos, nos últimos meses, demonstravam pouca disposição para um acordo. Durante uma coletiva em Moscou, Medvedev avaliou as chances de um acordo mediado pelo Brasil de no máximo 30%, enquanto Lula disse "eu vejo uma chance de 99%". Apareceu, nessa ocasião, novamente o ego explícito do homem que veio de baixo. "Ele se considera um curador que pode operar milagres em causas na quais outros fracassaram", diz Michael Shifter, especialista dos EUA em assuntos latino-americanos.
Se depois de 17 horas de negociações em Teerã, realmente foi conquistado um êxito ou se o acordo é apenas "uma futilidade" (Frankfurter Allgemeine Zeitung) com a qual os iranianos espertalhões pretendem enganar o mundo mais uma vez, não ficou claro, somente há indícios. Em Viena, a AIEA comunicou cautelosamente que qualquer passo em direção a um acordo nuclear seria um progresso. Por determinação da ONU, os inspetores da AIEA são competentes para controlar instalações nucleares no mundo todo. Nos últimos tempos, encontraram cada vez mais indícios de um programa ilegal de armas nucleares do Irã e exigiram urgentemente que Teerã seja mais aberta à cooperação. Agora a conclusão dos especialistas de Viena, que nunca abandonaram as consultas com Teerã e que nunca insinuaram algo que não pudessem comprovar, será de grande peso. Que os iranianos pretendem comunicar o conteúdo do acordo à AIEA só "dentro de uma semana" é outro motivo para desconfiança.
Governos ocidentais se manifestaram de maneira muito crítica no sentido de que a resolução da ONU, publicada por Clinton imediatamente após o acordo de Teerã, serviria também para acalmar os israelenses. Alguns membros do governo de linha dura de Benjamin Netanyahu reclamam abertamente do "compromisso podre", e o Ministro do Comércio Benjamin Ben Elieser opina que Teerã pretende "novamente fazer o mundo todo de palhaço".
Uma avaliação bem interessante do documento Lula-Ahmadinejad-Erdogan foi feita pelo instituto americano ISIS, que sempre defendeu uma solução negociada e considera uma "opção militar" na questão nuclear iraniana impossível. Os especialistas nucleares independentes fazem uma relação detalhada de suas dúvidas e analisam os pontos fracos dos termos do acordo já conhecidos. Os iranianos assumem apenas o compromisso de transportar 1200 kg do seu urânio pouco enriquecido para a Turquia para receberem em troca combustível nuclear para o seu reator de pesquisas de Teerã. As dimensões são iguais às de um negócio proposto pela AIEA em outubro do ano passado, o que na época significaria expedir mais de 75% do urânio já produzido para o exterior e impossibilitar a construção de uma bomba atômica - uma medida para criar confiança, uma pausa para negociações. O acordo atual não considera que o Irã, por causa das novas centrífugas em Natanz, deve dispor atualmente de 2300 kg de urânio; quer dizer que o país pode permanecer com quase a metade da matéria prima para a bomba atômica e dispõe de suficiente material para uma "investida" em direção à arma nuclear.
O acordo oferece, outrossim, uma via de escape decisiva. Aos governantes do Irã é concedido o direito de recuperar o urânio da Turquia se eles acharem que qualquer cláusula do contrato "não foi cumprida". E o que é mais importante: o acordo não inclui o compromisso de terminar o enriquecimento de urânio - "nem sonhamos com isto", disse um representante oficial. Mas é justamente isso que a ONU exige, já após três turnos de sanções, de maneira inequívoca. Lula não deve ligar muito para isto. Ele demonstrou que virou um fator indispensável no palco internacional. Na terça-feira, o Presidente do Brasil foi festejado por seus amigos durante a Cúpula América Latina - UE em Madri por causa do seu engajamento pela paz. A sua apresentação demonstrou algo como "vejam, o molusco tem muitos braços". E ele demonstrou que sabe nadar no aquário dos tubarões grandes. Nos bastidores, Lula Superstar costuma contar como curou os diplomatas brasileiros da síndrome de vira-lata; assim ele denomina o profundo complexo de inferioridade que muitos dos seus compatriotas até pouco tempo atrás sentiam frente a americanos e europeus. Foi em 2003, na grande estréia internacional de Lula na cúpula do G-8 em Evian na França. Todos estavam sentados no Hotel do congresso e esperaram por George W. Bush. Quando este finalmente entrou no salão, todos levantaram, só Lula ficou sentado e mandou o seu Chanceler fazer o mesmo. "Eu não participo deste comportamento servil" disse o Presidente do Brasil. "Quando eu entrei, também ninguém levantou."
Der Spiegel

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Clipe do 17º Encontro Estadual do PT

Requerimentos Bancada do PT na Câmara Municipal

Prof. Gamito, Lelo Pagani e Carlos Trigo

Lelo Pagani solicita faixa de pedestres em frente á escola dos Comerciários III
A Câmara Municipal de Botucatu aprovou, em sua última Sessão Ordinária, requerimento [nº 592/2010] que solicita ao Executivo a pintura de faixa de pedestres no acesso à Escola Municipal Professor Jonas Alves de Araújo
De acordo com o autor da proposta, vereador Lelo Pagani [PT], a ação é necessária para oferecer maior segurança para as famílias e os respectivos filhos que estudam no local.

Pagani sugere programa Municipal de combate à obesidade e ao sobrepeso
 A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 591/2010] que solicita ao Executivo a elaboração de um programa Municipal de combate à obesidade e ao sobrepeso.
De acordo com o vereador Lelo Pagani [PT], autor da proposta, tais questões se tornaram um problema de Saúde Pública para todos os níveis da administração pública, atingindo as diversas camadas sociais.
Segundo o parlamentar, a obesidade e o sobrepeso, mais do que problemas de aparência, são perigos para a saúde. “Milhares de mortes relacionadas à obesidade acontecem todos os anos. Vários problemas médicos graves têm sido relacionados à obesidade, incluindo diabetes tipo 2, doenças no coração, pressão alta e infarto. Obesidade também está relacionada a maiores taxas de certos tipos de câncer. Homens obesos têm maior probabilidade de morrer de câncer de cólon, reto ou próstata. Mulheres obesas têm mais chances de morrer de câncer de mama, útero e ovários”, destaca.
Neste contexto, o vereador afirma que um programa específico poderia ser implantado nos postos de saúde do Município, com a ajuda de médicos, nutricionistas, professores de educação física e outros profissionais que possam estar envolvidos nesse movimento em favor da qualidade da alimentação e prevenção à doenças advindas do excesso de peso.

Pagani solicita atuação da GCM no trânsito em frente a escolas da Cidade
 A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 590/2010] que solicita ao Executivo e à Secretaria Municipal de Segurança o destacamento de contingente da Guarda Civil Municipal [GCM] para ajudar a organizar e disciplinar o caótico trânsito da Cidade, principalmente, nas saídas escolares e vias do comércio local.
De acordo com o vereador Lelo Pagani [PT], autor da proposta, trata-se de uma disposição legal prevista na Lei 4.576, Art. 2º, Inciso VIII, que determina que é atribuição da GCM disciplinar o trânsito, exercendo o serviço de orientação, fiscalização e aplicação de multas de trânsito, nas vias e logradouros municipais.

Pagani solicita instalação de lombada em via do Comerciários III
A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 589/2010] que solicita ao Executivo a instalação de lombada na Rua Benedito Matias da Penha, no Bairro Comerciários III, além de dispositivos de segurança nos seus cruzamentos.
De acordo com o autor da sugestão, vereador Lelo Pagani [PT], o local tem apresentado problemas de insegurança no trânsito em função da alta velocidade com que os carros trafegam, oferecendo riscos aos moradores, principalmente às crianças.

Trigo solicita ao DET a revitalização da sinalização de solo na Vila Maria
Requerimento [nº 568/2010] apresentado e aprovado na última Sessãso ordinária da Câmara Municipal de Botucatu solicita ao Executivo a realização de trabalho de revitalização das pinturas de sinalização horizontal das vias públicas da Vila Maria.
Segundo o autor da matéria, vereador Carlos Trigo [PT], essas sinalizações encontram-se pouco visíveis, não atingindo os objetivos de ordenamento do trânsito na região.

Gamito pede esclarecimentos sobre processo de poda de árvores no Município
 A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 561/2010] que solicita ao Executivo esclarecimentos sobre o processo de efetivação de poda de árvores desde o pedido do munícipe até a efetuação do serviço, sobretudo os realizados através de Requerimentos e Indicações do Legislativo Municipal.
Segundo o autor da proposta, vereador Professor Gamito [PT], tem ocorrido uma demora muito grande e, dessa forma, é necessário que a Prefeitura informe sobre o motivo da espera, bem como o Setor, Departamento ou Secretaria da Prefeitura Municipal que é atualmente responsável pela realização dos serviços.

Gamito e Trigo querem regras para plantio de árvores em calçadas
Requerimento [nº 560/2010] apresentado e aprovado na última Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Botucatu que solicita ao Executivo a elaboração de regras para plantio de árvores em calçadas da Cidade.
Os autores da proposta, vereadores Professor Gamito [PT], Carlos Trigo [PT] e Lelo Pagani [PT], apontam exemplo dessa necessidade. “Em uma residência localizada na esquina da Rua Cardoso de Almeida com a Rua Silva Jardim, o proprietário plantou coqueiros na calçada e arbustos junto ao muro. Essa situação faz com que não sobre espaço para a circulação de pedestres no passeio público do local, obrigando os pedestres a caminharem pelo leito carroçável da via pública”, apontam.

Prof. Gamito quer reserva de vagas para vans escolares em área da Escola Cristã
A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 559/2010] que solicita ao Departamento de Engenharia de Tráfego [DET] a determinação de vagas exclusivas ou preferenciais para vans e peruas do transporte escolar na área da Escola Cristã, localizada na Rua Amando de Barros no. 100.
De acordo com o vereador Professor Gamito [PT], autor da matéria, atualmente a falta de sinalização prejudica a seguranças das crianças e adolescentes, sobretudo, nos horários de entrada e saída de alunos.

Gamito e Trigo pedem plantio de mudas em praça do Jardim Ciranda
A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 558/2010] que solicita à Secretaria Municipal de Meio Ambiente a realização de plantio de mudas de médio porte, contando estas com cercado de proteção, na Praça Botumirim, no Jardim Ciranda.
Segundo os vereadores Profesor Gamito [PT] e Carlos Trigo [PT], o pedido é justificável em função de as plantas colocadas no ato da inauguração da praça, por serem muito pequenas e por terem ficado desprotegidas, acabaram sendo encobertas pela grama que cresceu no local ou indevidamente “cortadas” durante podas.

Prof. Gamito sugere reserva de vagas para vans escolares no Largo da Catedral
A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 557/2010] que solicita ao Departamento de Engenharia de Tráfego [DET] a determinação de vagas exclusivas ou preferenciais para vans e peruas do transporte escolar na área das E.E. “Dr. Cardoso de Almeida” [Cardosinho] e E.E. “Cardoso de Almeida” [EECA].
De acordo com o vereador Professor Gamito [PT], autor da matéria, atualmente a falta de sinalização prejudica a seguranças das crianças e adolescentes, sobretudo, nos horários de entrada e saída de alunos.

Trigo pede a deputado alteração de Lei de gratuidade no transporte de deficientes
Requerimento [nº 555/2010] apresentado e aprovado na última Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Botucatu que solicita ao deputado estadual Carlos Neder esforços no sentido da alteração da Lei Complementar nº 666/91.
Segundo o vereador Carlos Trigo [PT], autor da propositura, a legislação isenta de pagamento de tarifas nos serviços de transporte coletivo estaduais as pessoas portadoras de deficiência cuja gravidade compro sua capacidade de trabalho, bem como o menor de 14 anos portador de deficiência que igualmente justifique o benefício, avaliados por equipe multidisciplinar.
Para o parlamentar, a Lei poderia ser estendida a todos as pessoas com deficiência, uma vez que muitas delas, mesmo com a capacidade de trabalho não comprometida e exercendo plenamente suas funções laborais, pertencem a famílias cuja renda per capita é inferior a 1 salário mínimo nacional, ou então, mesmo apresentando renda per capita familiar superior a 1 salário mínimo, necessitam gastar boa parte dos seus rendimentos com remédios, entre outros artigos de primeira necessidade, podendo portanto ser equiparadas, em termos socioeconômicos, às pessoas comprovadamente carentes.

Trigo quer investimentos em iluminação pública no Distrito de Vitoriana
A Câmara Municipal de Botucatu aprovou requerimento [nº 554/2010] que solicita ao Executivo estudos visando a realização de investimentos no setor de iluminação pública no Distrito de Vitoriana.
De acordo com o autor da proposta, vereador Carlos Trigo [PT], moradores da região, bem como motoristas e pedestres, têm reclamado da falta de iluminação pública em diversas vias e trechos do Distrito.
Além disso, o parlamentar destaca que há uma deficiência na iluminação atual ocasionada pelas lâmpadas “antigas”.
Assim, a propositura do vereador aponta a necessidade de troca das lâmpadas “antigas” por lâmpadas a vapor de sódio, bem como com a instalação de postes com braços de luz nas vias públicas.

O Executivo tem 15 dias para responder aos requerimentos apresentados pelos vereadores na última Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Botucatu.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Câmara Municipal de Botucatu

Assista a entrevista de Mercadante ao site UOL

Serra é o exterminador do futuro da política externa

O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, rebateu as críticas do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à relação do Brasil com a Bolívia, classificando o tucano como "o exterminador do futuro da política externa" do país.
No dia 26, Serra disse que o governo boliviano, de Evo Morales, "é cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil. O tucano fez a declaração em entrevista a um programa de rádio, quando falava sobre a ideia de criar um Ministério da Segurança Pública caso ele seja eleito.
"O Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa. Ele quis destruir o Mercosul. Agora, quer destruir nossa relação com a Bolívia. O Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. Eu acho que talvez ele esteja pensando, na política de corte de despesas, em fechar umas 20 ou 30 embaixadas nos países nos quais ele está insultando neste momento", afirmou Garcia.
Marco Aurélio Garcia ressaltou ainda que Serra "deveria ser mais prudente" em suas declarações, que não são compatíveis com as suas "aspirações" ao cargo de presidente.
Com informações do Uol

Em greve, funcionários da Sabesp denunciam acidentes e terceirização de serviços

Em greve há 2 dias, os funcionários da Sabesp realizaram Ato Público e foram recebidos na Comissão de Relações do Trabalho da Assembleia, nesta quarta-feira (26/05). Diversos deputados petistas e o presidente da Comissão, Alex Manente, ouviram o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), René Vicente dos Santos, que denunciou que ocorreram oito acidentes com vítimas fatais em obras da Sabesp no Estado de São Paulo, em 2010.
O acidente mais recente ocorreu ontem na Aclimação, na zona sul da capital, em uma obra de manutenção realizada por uma empreiteira contratada pela empresa. Cinco operários ficaram feridos; um deles, em estado grave, está internado em UTI, segundo o presidente do sindicato da categoria.
“A Sabesp gastou R$ 100 milhões em propaganda, mas os funcionários não têm sequer um Plano de Cargos e Salários adequado, os mais antigos estão sendo substituídos por gerentes terceirizados. Os serviços essenciais da Companhia foram repassados para empresas privadas e os acidentes não param de acontecer”, denunciou René Vicente.
O presidente do Sintaema informou ainda que os funcionários da Cetesb também estão em campanha salarial, em defesa da contratação de mão de obra e da estabilidade do quadro funcional. Amanhã, eles realizarão assembleia.
O deputado José Zico Prado, que acompanhou as recentes assembleias da categoria, disse, ainda na abertura dos trabalhos de plenário desta quarta-feira, que “os funcionários que fazem a leitura de consumo são de empresas contratadas e até os que trabalham na abertura de valetas, por exemplo, também não são mais contratados da Sabesp.”.
“Não basta ser contra a privatização. Temos que ser contra a terceirização dos serviços. Os tucanos não gostam dos trabalhadores; por isso, entregam tudo para terceiros”, protestou Zico.

“A Sabesp que ninguém vê”
O deputado Marcos Martins destacou o sucateamento e a falta de manutenção da rede de água e esgoto dos municípios atendidos pela Sabesp. “A Sabesp usa tubulação com amianto azul, que é o mais cancerígeno e mais difícil de consertar”, criticou.
Para o deputado Adriano Diogo, o sucateamento é reflexo da política de privatização do PSDB. “A Sabesp tem potencial para se tornar uma grande estatal, mas enfrenta o descaso tucano”, disse.
Um dos exemplos do descaso do Governo na gestão da Companhia foi apontado pelo deputado Enio Tatto. “A Represa de Guarapiranga está coberta por uma espuma de algas. É lixo e o maior poluente é a própria Sabesp, que é vítima da política tucana de desqualificar os trabalhadores, enxugar a máquina e terceirizar os serviços”, disse Tatto.
As más condições de trabalho e o sucateamento da Sabesp e de outros serviços públicos contrastam com o recorde de arrecadação do Governo do Estado de São Paulo. “O Estado de São Paulo arrecadou R$ 2,7 bilhões a mais nos quatro primeiros meses de 2010, mas o Governo continua pagando mal os seus trabalhadores”, disse Roberto Felício.
O deputado Hamilton Pereira denunciou o investimento em propaganda institucional. “O Governo gastou 400% a mais do que nos anos anteriores com propagandas da Sabesp e de outras estatais. Enquanto isso, o reajuste do funcionalismo, que deveria ser automático por causa da data-base em 1º de março, não vem”, disse Hamilton.
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Flávio Montesinos Godoi, participou da reunião da Comissão de Relações de Trabalho e anunciou que a categoria realiza uma assembleia amanhã, em protesto contra as más condições de trabalho, falta de funcionários e terceirização.
A Comissão vai encaminhar a pauta de reivindicações dos funcionários da Sabesp e da Cetesb às direções das duas estatais e também à Secretaria da Casa Civil. No final da reunião, a categoria realizou assembleia e optou pela continuidade da greve.

Um acordo e seis verdades

"A mediação bem sucedida de Lula com o Irã alçaria o Brasil no cenário mundial." O Globo, 16 de maio de 2010, p. 38.
Na terça feira, 18 de maio de 2010, foi assinado o Acordo Nuclear entre o Brasil, a Turquia e o Irã, que dispensa maiores apresentações. E como é sabido, quarenta e oito horas depois da assinatura do Acordo, os Estados Unidos propuseram ao Conselho de Segurança da ONU, uma nova rodada de sanções ao Irã, junto com a Inglaterra, França e Alemanha, e com o apoio discreto da China e da Rússia.

Apesar da rapidez dos acontecimentos, já é possível decantar algumas verdades no meio da confusão:
1) A iniciativa diplomática do Brasil e da Turquia não foi uma "rebelião da periferia", nem foi um desafio aberto ao poder americano. Neste momento, os dois países são membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, e desde o início contaram com o apoio e o estímulo de todos os cinco membros permanentes. Além disso, as diplomacias brasileira e turca estiveram em contato permanente com os governos desses países durante a negociação. A Turquia pertence à OTAN, e abriga em seu território armas atômicas norte-americanas. E o presidente Lula recebeu carta de estímulo do presidente Barack Obama, duas semanas antes da assinatura da visita de Lula, e a secretária de Estado norte-americana declarou - na véspera do Acordo - que se tratava da "última esperança" de solucionar de forma diplomática a "questão nuclear iraniana".

2) O que provocou surpresa e irritação em alguns setores, portanto, não foram as negociações, nem os termos do acordo final, que já eram conhecidos. Foi o sucesso do presidente brasileiro que todos consideravam impossível ou muito improvável. Sua mediação viabilizou o acordo, e ao mesmo tempo descalçou a proposta de sanções articulada pela secretária de Estado americana depois de sucessivas concessões à Rússia e à China. E, além disso, criou uma nova realidade que já escapou ao controle dos Estados Unidos e seus aliados, e do Brasil e Turquia.

3) A reação americana contra o Acordo foi rápida e ágil, mas o preço que os Estados Unidos pagarão pela sua posição contra esta iniciativa pacifista será muito alto. Perdem autoridade moral dentro das Nações Unidas e perdem credibilidade entre seus aliados do Oriente Médio, com a exceção de Israel, por razões óbvias. E já agora, passe o que passe, o Brasil e a Turquia serão uma referência ética e pacifista, em todos os desdobramentos futuros deste contencioso.

4) Existe consenso que a estrutura de governança mundial estabelecida depois da II Guerra Mundial, e reformulada depois do fim da Guerra Fria, já não corresponde à configuração do poder mundial. Está em curso uma mudança na distribuição dos recursos do poder global, mas não se trata de um processo automático, e dependerá muito da capacidade estratégica e da ousadia dos governos envolvidos nesse processo de transformação. O Oriente Médio faz parte da zona de segurança e interesse imediato da Turquia, mas no caso do Brasil, foi a primeira vez que interveio numa negociação longe de sua zona imediata de interesse regional, envolvendo uma agenda nuclear, e todas as grandes potências do mundo. A mensagem foi clara: o Brasil quer ser uma potência global e usará sua influência para ajudar a moldar o mundo, além de suas fronteiras. E o sucesso do Acordo já consagrou uma nova posição de autonomia do Brasil, com relação aos Estados Unidos, Inglaterra e França e, também, com relação aos países do Bric.

5) O acordo seguirá sendo a melhor chance para prevenir um conflito militar em todo o Oriente Médio. As sanções em discussão são fracas, já foram diluídas, não são totalmente obrigatórias, e não atingirão a capacidade de resistência iraniana. Pelo contrário, se foram aprovadas e aplicadas, liberarão automaticamente o governo do Irã de qualquer controle ou restrição, diminuirão o controle norte-americano e da AIEA, acelerarão o programa nuclear iraniano e aumentarão a probabilidade de um ataque israelense. Porque os Estados Unidos já estão envolvidos em duas guerras, e não é provável que a OTAN assuma diretamente esta nova frente de batalha, a despeito do anti-islamismo militante, dos atuais governos de direita, da Alemanha, França e Itália.

6) Por fim, o jornal "O Globo" foi quem acertou em cheio, ao prever - com perfeita lucidez - na véspera do Acordo, que o sucesso da mediação do presidente Lula com o Irã projetaria o Brasil, definitivamente, no cenário mundial. O que de fato aconteceu, estabelecendo uma descontinuidade definitiva com relação à política externa do governo FHC, que foi, ao mesmo tempo, provinciana e deslumbrada, e submissa aos juízos e decisões estratégicas das grandes potências.

José Luís Fiori é professor titular de economia política internacional do Núcleo de Estudos Internacionais da UFRJ, e co-autor do livro "O Mito do Colapso do Poder Americano", da Editora Record, 2008.
Fonte: Valor Econômico

Pessoas com deficiência tem o direito de aposentar mais cedo

A Câmara aprovou por unanimidade o projeto de lei complementar que estabeleceu os critérios para a aposentadoria especial de pessoas com deficiência.
A sociedade aguardava esta regulamentação desde 1988 uma vez que a Constituição, em seu artigo 201, criou o direito à aposentadoria especial das pessoas com deficiência mas não definiu os critérios para a sua concessão.
O projeto mereceu amplo debate. O relator da matéria acatou o texto apresentado por Vaccarezza em sua Subemenda Global Substitutiva. Esse texto substituiu o original e teve o apoio de todos os líderes presentes, que assinaram a proposta junto com Vaccarezza.
Para Vaccarezza, o projeto aprovado faz justiça a uma parcela da sociedade que merece atenção especial do poder público.
A aposentadoria para as pessoas com deficiência, contribuintes do Regime Geral de Previdência Social, prevê tempo menor de contribuição. E cria três faixas, de acordo com o grau de deficiência da pessoa: leve, moderada, grave.
No caso de deficiência moderada, os homens poderão se aposentar com 27 anos de contribuição e as mulheres com 22 anos. São oito anos a menos que a regra atual. Se a deficiência for grave, a redução será de dez anos: 25 anos para o homem e 20 anos para a mulher.

Leia, abaixo, a íntegra do texto aprovado que foi apresentado sob a forma de Emenda Substitutiva de Plenário.
EMENDA SUBSTITUTIVA DE PLENÁRIO AO PLP 277/2005
Dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial à pessoa com deficiência filiado ao Regime Geral de Previdência Social.

O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica assegurada a concessão, pelo Regime Geral de Previdência Social, de aposentadoria especial ao segurado portador de deficiência, obedecidas as seguintes condições:
I – após cumpridos os seguintes períodos de contribuição, desde que comprovada a existência da deficiência durante todo o período contributivo:
a) trinta anos de contribuição, se homem, e vinte e cinco anos de contribuição, se mulher, no caso de deficiência leve;
b) vinte e sete anos de contribuição, se homem, e vinte e dois anos de contribuição, se mulher, no caso de deficiência moderada; ou
c) vinte e cinco anos de contribuição, se homem, e vinte anos de contribuição, se mulher, no caso de deficiência grave.
II – aos sessenta anos de idade, se homem, e aos cinqüenta e cinco anos de idade, se mulher, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de quinze anos, devendo comprovar a existência de deficiência durante igual período.
§ 1º O grau de deficiência será atestado por perícia própria do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, que terá realização qüinqüenal, para revalidação do direito à redução do tempo de contribuição.
§ 2º Em caso de agravamento da doença, o segurado poderá solicitar a realização de perícia em tempo inferior ao previsto no § 2º deste artigo e a emissão de certidão retificadora.
§ 3º Se o segurado tornar-se portador de deficiência após a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, os parâmetros mencionados nas alíneas a, b e c do inciso I serão proporcionalmente elevados, considerando-se o número de anos em que o trabalhador exerceu atividade sem deficiência.

Art. 2o A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será calculada aplicando-se sobre o salário-de-benefício os seguintes percentuais:
I – cem por cento, no caso de aposentadoria especial concedida à mulher, aos vinte e cinco anos de contribuição, ou ao homem, aos trinta anos de contribuição;
II – setenta por cento, mais um por cento do salário-de-¬benefício por grupo de doze contribuição mensais, até o máximo de trinta por cento, no caso de aposentadoria por idade.
Parágrafo único. O tempo de contribuição reduzido, conforme o inciso I do art. 1º desta Lei Complementar, não diminui o percentual estabelecido no inciso l deste artigo.

Art. 3o Fica assegurada à pessoa com deficiência:
I – a aplicação de qualquer outra regra de aposentadoria estabelecida na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que lhe seja mais vantajosa que as opções apresentadas nesta Lei Complementar;
II – a aplicação do fator previdenciário sobre o salário-de¬-benefício das aposentadorias previstas no art. 1º desta Lei Complementar, mediante expressa opção, se resultar em renda mensal de valor mais elevado;
III – a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência relativo à filiação a regime próprio de previdência do servidor público ou a regime de previdência militar ou ao Regime Geral de Previdência Social, devendo os regimes se compensem financeiramente;
IV – a aplicação das demais normas relativas aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, contidas na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
V – a aplicação das regras de pagamento e recolhimento das contribuições previdenciárias contidas na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se pessoa com deficiência o segurado que apresentar restrição física, mental, intelectual, sensorial, auditiva, visual ou múltipla, de natureza permanente, que restrinja sua capacidade funcional para exercer diariamente a atividade laboral.
Parágrafo único. Regulamento especificará o grau de limitação física, mental, intelectual, sensorial, auditiva, visual ou múltipla que levará à classificação do segurado como deficiente para os fins desta Lei Complementar e em que grau de deficiência o segurado deverá ser classificado.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação.

CANDIDO VACCAREZZA
Deputado Federal

Governo Lula não jogou cães contra os Prefeitos

Encontro Estadual de Mulheres debaterá programa de governo feminista para Mercadante e Marta

No dia 30 de maio, as mulheres do PT discutirão em Encontro Estadual a construção de um programa de governo que priorize as demandas feministas. A atividade será no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, das 9 às 18 horas.
A expectativa é de que o programa considere o acúmulo do partido e dos movimentos sociais sobre o tema. O objetivo é avançar na pauta de igualdade de gênero, além de eleger delegadas ao encontro nacional que acontecerá em Brasília nos dias 11 e 12 de junho.
Na pauta o balanço de políticas públicas do governo Federal e Estadual com participação da Secretaria Especial de Política para Mulheres; apresentação das diretrizes gerais de plano de governo estadual 2010; indicação de 13 ações importantes e definição de 4 eixos para o programa de governo de Mercadante e Marta.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dilma no SBT

Dilma Rousseff concedeu entrevista ao telejornal SBT Brasil, nesta quarta-feira, 26.
Se saiu muito bem. Deu um show.

Questionada sobre carga tributária, disse que defende a desoneração de impostos sobre os investimentos, exportações e o emprego.

Sobre estatização ou privatização, ela disse que "É uma maluquice privatizar a Petrobras", que não vai vender nenhum patrimônio público, e vai estatizar áreas preenchidas por empresas privadas, como a acusam.

Sobre criminalidade, ela defendeu a combinação de uma ação forte da polícia, combinada com a presença do estado, e investimentos sociais que dêem oportunidade e esperança aos jovens, e evitem a desagregação familiar, citando o exemplo bem sucedido das Unidades de Polícia Pacificadoras no Rio de Janeiro, que devem ser levadas para o Brasil inteiro.

Dilma, quando questionada, também criticou algumas liberalidades do sistema jurídico quando liberta presos perigosos antes de cumprir a pena integralmente.

Perguntada sobre os que a chamam de "terrorista", Dilma tirou de letra, explicando que na época, a ditadura empurrava os jovens como ela para falta de opções que levavam a grupos rebeldes. Após ser presa, torturada e sair da prisão, retomou a luta política democrática, até a conquista da redemocratização.

Sobre críticas a "loteamento de cargos", Dilma defendeu indicações que respeitem critérios técnicos, de competência, e lembrou que o oponente a critica, mas indicou um deputado para a agência de transportes de São Paulo.

Sobre o Banco Central, ela defendeu a autonomia operacional, com o Presidente da República tendo a prerrogativa de nomear e demitir aqueles que não cumprem metas.

Perguntada se prefere mais inflação com mais crescimento ou o contrário, ela disse que prefere "matar a inflação no porrete" (expressão usada por Carlos Nascimento), mas que não precisa haver esse conflito, pois o governo Lula quebrou dogmas, que antes diziam não ser possível: provou que consegue crescer com inflação controlada e distribuição de renda, ao mesmo tempo.

Lula é inspiração para esquerda democrática, diz premiê português

O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, vê o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, como “um dos grandes nomes da esquerda mundial”. Em entrevista exclusiva à BBC Brasil antes de embarcar para uma visita de três dias ao Brasil, Sócrates afirmou que o presidente tem um capital político que não deve ser desperdiçado e que Lula poderia ocupar qualquer posição de relevo na cena internacional.
O primeiro-ministro afirmou ainda que o crescimento econômico e político brasileiro pode ajudar Portugal e disse acreditar que seu país está se tornando uma plataforma para empresários brasileiros atuarem no mercado europeu.
A respeito da economia europeia, ele afirmou que o euro não está em risco e que a moeda só sofreu os problemas que teve por ser "jovem". Diz que a economia da zona euro não tem motivos para ser pior avaliada do que a norte-americana ou a japonesa, por ter um déficit inferior.
No Brasil, Sócrates irá para participar no 3º Fórum para a Aliança das Civilizações, que ocorre esta semana no Rio de Janeiro com a presença de Lula. Na quinta-feira, ele estará na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista, para um encontro com empresários brasileiros que investem em Portugal na Fiesp. Na sexta, terá um encontro no Rio de Janeiro com empresários portugueses interessados em fechar negócios no Brasil. No sábado, o primeiro-ministro português vai à Venezuela, para uma visita de um dia.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista:
BBC Brasil – O presidente Lula termina seu segundo mandato depois de conseguir uma considerável projeção no cenário internacional. O sr. vê algum futuro político para Lula neste cenário?
José Sócrates – Eu já tenho dito isso, (a retirada de Lula do cenário internacional) seria um desperdício, mas a verdade é um pouco mais profunda. A esquerda mundial tem que ter referências e o presidente Lula teve os maiores sucessos a nível da governança nas últimas décadas.
O presidente Lula deixa um legado de uma governança econômica muito responsável e muito equilibrada, ao mesmo tempo que desenvolveu políticas sociais.
E esse legado é importantíssimo para a esquerda mundial e hoje serve de inspiração e de referência para todos os governantes da esquerda democrática.

BBC Brasil – O que o senhor acredita que o presidente Lula deveria fazer depois do mandato?
Sócrates – O presidente Lula tem muitas oportunidades e muitas possibilidades. O mais importante é que ele continue ativo na política ativa mundial.

BBC Brasil – Mas fala-se do Banco Mundial, do cargo de secretário-geral da ONU, com uma estrutura reformada.
Sócrates – Acho que o presidente Lula tem hoje um capital político que lhe permite ocupar qualquer lugar internacional de referência e julgo que é uma honra para a esquerda mundial ter um de seus grandes valores de referência e ser de língua portuguesa. Isso é um orgulho muito grande para quem fala português, verificar que o presidente Lula é um dos grandes nomes da esquerda mundial.

BBC Brasil – Como o senhor avalia a importância econômica que o Brasil atingiu neste momento?
Sócrates – O Brasil é a grande revelação do mundo nos últimos anos. Não apenas uma revelação ao nível econômico, mas também ao nível político. O país tem uma subida no contexto geoestratégico. O mundo mudou muito, e esse é um dos fatores de mudança, a ascensão do Brasil, que é criticamente estratégica para Portugal. À medida em que o país sobe no conceito das nações, Portugal vai atrás. Tem sido muito agradável verificar que o Brasil deixou de ser um país de potencial para se afirmar como uma potência política e econômica.

BBC Brasil – O Brasil vai ter a Copa do Mundo e a Olimpíada. O que isso traz de oportunidade para os empresários portugueses?
Sócrates – Traz uma grande oportunidade para a cooperação econômica entre as empresas portuguesas e as brasileiras. Julgo que a relação econômica entre as duas economias está cada vez mais forte, mais ligada. É muito agradável poder reconhecer que o Brasil finalmente descobriu Portugal como o país em que se pode investir para se lançar no mercado europeu.

BBC Brasil – Tendo em conta a situação de crise, o senhor acha que Portugal poderia pegar uma carona no crescimento brasileiro?
Sócrates – Sim. O crescimento brasileiro é absolutamente essencial para as empresas portuguesas. Nós temos muito investimento no Brasil, muitas empresas, e hoje tive uma conversa com empresas portuguesas que estão a investir no Brasil e o desenvolvimento é muito interessante para as empresas portuguesas, que estão há muito tempo a investir no Brasil, desde meados da década de 90.
Pretendemos diversificar esse investimento e na terça-feira passei toda a manhã a falar com as empresas portuguesas sobre a importância que tem para nós o mercado brasileiro. O mercado brasileiro ainda é um mercado muito protegido, porque o Brasil tem uma política muito concentrada no seu mercado interno – é um mercado grande e pode fazê-lo –, mas julgo que à medida que o país se internacionaliza, que as empresas brasileiras se lançam na aventura da internacionalização, isso abre um espaço de oportunidade imenso para o nosso país.

BBC Brasil – A imagem de Portugal para muitos brasileiros é de um país atrasado. O que Portugal tem a oferecer para o Brasil?
Sócrates – O mais importante para nós é que os brasileiros percebam o que é Portugal. É um país moderno e europeu, que não tem nada a ver com o país de 20 ou 30 anos atrás. É um país que tem indicadores econômicos e sociais e indicadores de conforto de um país europeu.
Julgo que a capacidade da economia portuguesa para cooperar com as empresas brasileiras no desenvolvimento da economia brasileira é uma amostra do seu potencial e nós temos uma cooperação excelente e vantajosa para ambos os países em todos os domínios, nos mais avançados tecnologicamente, nos domínios da cooperação científica e nos domínios energéticos. Nós somos o país que mais cresceu em termos de energias renováveis, nós somos o país que mais cresceu em termos de tecnologias de informação e comunicação.
Qual é o país que lidera o ranking de governo eletrônico na Europa? É Portugal.
Aqui você constitui uma empresa em menos de uma hora. Eu faço um desafio, tente constituir uma empresa aqui. No ano passado, 52% das empresas constituíram-se em 32 minutos. Você pode constituir aqui uma empresa em menos de uma hora. Em fevereiro deste ano, 32 empresas por dia foram constituídas online, apenas com base no computador, sem necessidade de ir a nenhuma repartição pública. Portugal é um país muito moderno desse ponto de vista.

BBC Brasil – Portugal foi uma das vítimas do ataque ao euro. O senhor acredita que o euro possa estar em risco?
Sócrates – Não. Isso só acredita quem não conhece a Europa e não conhece o euro. O euro foi uma das grandes conquistas do projeto europeu. Há 30 anos, ainda tínhamos fronteiras na Europa, tínhamos moedas nacionais e acabamos com tudo isso e formamos uma comunidade em que partilhamos a nossa soberania.
Isso só pode andar para frente. O euro é uma das grandes conquistas políticas dos últimos anos. Os alemães abdicaram do marco, os franceses abdicaram do franco, nós abdicamos do nosso escudo. Temos uma única moeda para todos. Isso é uma conquista política que traz cooperação, partilha de soberania, paz, liberdade. A Europa é o continente do mundo onde mais se compatibiliza a liberdade, a proteção social e o crescimento econômico.

BBC Brasil – Mas nessa crise, parece que houve falta de coordenação.
Sócrates – Sabe, o euro é um projeto ainda jovem, tem apenas dez anos. Nós temos que reconhecer que não estávamos preparados para esse ataque (especulativo), porque nunca tinha acontecido. Esta desconfiança dos mercados relativamente à capacidade de a Europa pagar as suas dívidas foi algo que nunca aconteceu e espero que nunca mais venha a acontecer porque não tem justificação econômica. Qual é o déficit médio da Europa? Pouco acima de 6%. Quanto é nos Estados Unidos? É 11%. Quanto é no Japão? É 11%. Isso não tem a mínima justificação, nem racionalidade, nem fundamento econômico.

BBC Brasil – E como vai se organizar esse mecanismo de salvaguarda do euro?
Sócrates – Nós já estamos a organizar. Não só definimos um mecanismo para dar garantias internacionais que todos os países da zona euro terão de cumprir suas obrigações e esse mecanismo foi importante ter sido formado. O Banco Central Europeu também está a agir, e cada um dos Estados está a fazer um esforço para reduzir já este ano e no próximo ano ainda mais os seus déficits orçamentais de forma a oferecer mais confiança. Isso acontece em Portugal, acontece na Espanha, acontece na Alemanha, onde há notícias de que os alemães também vão aumentar seus impostos, acontece na Itália, na Irlanda. Todos os países estão a tomar medidas de forma a corrigir seus déficits orçamentais para reforçar a confiança dos mercados internacionais.
Fonte: BBC Brasil

Serra comete gafes diplomáticas contra dois países em uma única tarde

Ainda bem que José Serra (PSDB/SP) não é presidente. Se fosse, em uma única tarde, arranjaria duas crises diplomáticas para o Brasil, por declarações ofensivas.
Nesta terça-feira, em encontro na CNI, ao fazer uma piada de mau gosto, para os chineses, sobre camisinha, ofendeu todo o povo da China.
Depois comparou o presidente do Irã, Ahmadinejad, a Hitler e Mussolini. Independente do que pensa o demo-tucano, um chefe de estado jamais pode tratar outro nestes termos.
Depois disso, quem ainda acredita que Serra é o "mais preparado"?

Lula sanciona lei que obriga a instalação de bibliotecas em todas as escolas do país

O Presidente Lula sancionou a lei que obriga a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país. A decisão foi publicada nesta terça-feira (25) no Diário Oficial da União.
O texto diz que será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, “cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas escolares”.
Ainda segundo a medida, a biblioteca terá que contar com coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura.
A lei, que começa a valer nesta terça-feira, prevê esforços progressivos para a universalização das bibliotecas num prazo de até dez anos.
O Senado aprovou em abril a lei, que é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
De acordo com dados do Censo Escolar 2009, elaborado pelo MEC (Ministério da Educação), apenas 57% dos alunos matriculados no ensino fundamental tem acesso a bibliotecas.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dilma na sabatina da CNI (Confederação Nacional das Indústrias)







Notícias que a imprensa brasileira esconde

O jornal francês chegou às bancas com o editorial "Brasil de Lula em todas as frentes". Abrindo, "Lula cá, Lula lá! O mundo se maravilha com as declarações do presidente brasileiro e com os grandes feitos, não só nos campos de futebol, de seus concidadãos". Diz que ele "encarna o Brasil em plena forma" e cita o acordo em Teerã, "o crescimento que rivaliza com a China e a Índia", "o celeiro do mundo", Petrobras, Embraer. Diz que o país é "brilhantemente representado por seu ministro Celso Amorim" e virou "o verdadeiro porta-voz dos emergentes".
O "FT" publica especial sobre a indústria automobilística do Brasil, destacando que o país "deve passar a Alemanha na liga global de vendas", tornando-se "o quarto maior mercado".
Brasil está em todas as frentes, diz Le Monde


O vespertino francês Le Monde traz em sua edição desta segudna-feira, um grande editorial na capa sobre o papel de destaque alcançado pela diplomacia brasileira durante o governo Lula. Em tom elogioso, o jornal diz que a atuação do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, é brilhante. E, nas páginas internas, o crescimento excepional do PIB brasileiro atrai a curiosidade do jornal. Segundo previsão divulgada hoje pelo Banco Central do Brasil, a economia deve crescer 6,46% neste ano.
O editoral do jornal Le Monde não poupa elogios à economia brasileira e ao papel do Brasil na cena internacional. O vespertino lembra os pronunciamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da crise grega e suas iniciativas de mediação no conflito israelo-palestino, além do recente acordo conseguido junto com a Turquia no complicado dossiê nuclear iraniano. Fatos importantes que vão bem além do talento dos brasileiros no futebol, ironiza Le Monde.
Um dinamismo no cenário internacional encabeçado de forma brilhante pelo ministro brasileiro da Relações Exteriores, Celso Amorin, relata o jornal. O vespertino lembra que durante muito tempo o Brasil negociou timidamente suas questões econômicas com a OMC, mas que a situação mudou. Agora Amorim é um dos principais atores na busca de uma conclusão do empacado Ciclo de Doha sobre a liberalização do comércio mundial.
Já em suas páginas internas, Le Monde elogia a economia brasileira. O vespertino relata que apenas no primeiro trimestre desse ano o Produto Interno Bruto do país cresceu 9.84% e que quase um milhão de empregos foram criados no Brasil nesse período. Resultados de uma economia aquecida pelo consumo interno, impulsionado pelos 25 milhões de brasileiros que integraram a classe média na ultima década.
Le Monde alerta, no entanto, para um risco superaquecimento da economia brasileira. O jornal explica que o grande desafio para o país agora é controlar a sua inflação, a pior inimiga dos pobres, escreve o jornal francês, citando Lula.
O jornal francês lembra, ainda citando o presidente brasileiro, que o século 21 será o século dos países que não tiveram suas oportunidades. E diz ainda que já Lula, que se considera ainda na metade de sua carreira politica, ele poderá muito bem apresentar sua candidatura para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas, em 2012.

Quem compara, prefere Dilma

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vaccarezza: Serra cai nas pesquisas porque “soa falso”

Por Claudio Leal – Terra Magazine
Em linha diversa dos analistas de pesquisas, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), avalia que a exposição da pré-candidata Dilma Rousseff nos programas televisivos do PT não justifica o crescimento de sete pontos na sondagem do Datafolha, na qual está empatada com José Serra (PSDB) em 37%.
“Acho que não teve grande impacto, porque, nesse mesmo período, Serra teve uma exposição grande na televisão, maior do que a da Dilma, com muitos fatos positivos, muitas matérias elogiosas. Ainda ocorreram as declarações do Ciro, favoráveis a ele”, analisa Vaccarezza.
Para o congressista, as intenções de voto em Dilma crescem “à medida que a população toma conhecimento de que ela é a única entre os candidatos que será capaz de dar continuidade às políticas sociais e econômicas do governo Lula”.
Na pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (22), no jornal Folha de S. Paulo, Serra caiu cinco pontos e Dilma subiu sete. No voto espontâneo, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista de candidatos, a pré-candidata do PT conta com 19%; Serra, 14%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo Vaccarezza, a estratégia de Serra de preservar Lula dos ataques “soa falso” aos ouvidos do povo, já que o ex-governador paulista assumiu ministérios nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e fez oposição durante oito anos. “A população não é boba. Até a rejeição a ele aumentou. A verdade é que eles não têm eixo”, opina.
O líder do governo ironiza o alcance das críticas de Serra ao “patrimonialismo do PT”: “Aí é o tucanês. Em 2006, Alckmin inventou o ‘choque de gestão’. Vestiu o jaleco do Banco do Brasil e um chapéu de couro. Ficou engraçado!”.

PC do B oficializa apoio à pré-candidatura de Mercadante ao governo de São Paulo

O Partido Comunista do Brasil (PC do B) oficializou na tarde de sexta-feira (21) o apoio à pré-candidatura do senador Aloizio Mercadante ao governo do estado de São Paulo. Em ato político que reuniu cerca de 450 pessoas, Mercadante relembrou de momentos históricos do partido pela democracia no Brasil, como na campanha pela Constituinte, em 1988, e da aliança e parceria que o PC do B vem mantendo com o PT ao longo dos anos. “Quando fizemos a campanha pela Constituinte, pela anistia ampla geral e irrestrita o PC do B estava junto. Quando construímos a candidatura do Lula para presidente da República, quem acreditou que aquilo era possível? Só quem tinha história de décadas de luta, combatividade e coerência como o PC do B”, afirmou o senador.
Com a participação de lideranças políticas do PT, PC do B, de representantes de partidos que já declararam apoio à candidatura petista, o ato confirmou também a pré-candidatura do vereador Netinho de Paula (PC do B-SP) ao Senado. Durante discurso, Mercadante disse que o vereador tem papel histórico extraordinário e pode ajudar na continuação das transformações do País. Olhando para Netinho, Mercadante destacou que “o maior significado da sua campanha é que você vai dar um sentido político, uma esperança, um recado à periferia”. O senador disse ainda que, assim “como Lula foi o primeiro presidente operário, a Dilma vai ser a primeira mulher presidente e o Netinho vai fazer a diferença no Senado, junto com o Suplicy, com a Marta Suplicy e junto com aqueles que querem construir uma nova história”, destacou.
O vereador Netinho falou sobre as conquistas que o Brasil alcançou a partir do governo Lula e da responsabilidade de possibilitar a continuação dos avanços. “O Brasil, de oito anos pra cá, é um país muito diferente. Nós estamos no caminho certo, mas temos muito a fazer”, ressaltou o vereador. Netinho destacou ainda o papel de Mercadante na defesa do governo Lula e a atuação do senador para viabilizar programas federais no Estado de São Paulo. “Tenho orgulho de ter andado nos últimos meses ao lado da pessoa que foi fiel ao presidente Lula em todos os momentos e que trouxe para o estado de São Paulo benefícios tecnológicos e sociais que o governo federal disponibilizou”, destacou Netinho.

Ampla frente de apoio – A aliança que apóia a pré-candidatura de Mercadante chega a agora a 10 partidos: além do PC do B e do PT, completam o grupo o PSDC, PDT, PR, PRB, PRP, PSL, PT do B e o PPL. Ao abrir o evento, a presidente do PC do B de São Paulo, Nádia Campeão, disse que o partido se sente muito satisfeito de ter chegado ao apoio à candidatura petista. “Mercadante é um homem preparado, é uma das lideranças mais importantes da política de São Paulo. É um paulista que conhece profundamente nossos problemas”, disse Nádia, ressaltando que “Mercadante é a pessoa certa, na hora certa, para o lugar certo”. A presidente do PC do B disse também que a relação do PC do B com Mercadante é de longa data e que “vai ser uma satisfação nós caminharmos novamente juntos”, destacou.