Em apenas três dias de exibição, o longa-metragem Lula, o Filho do Brasil, de Fábio Barreto, foi visto nos cinemas por nada menos que 193.364 espectadores, segundo o boletim Filme B.
O fato: é uma das maiores estreias de produções nacionais nos últimos cinco anos.
O jornal da família Marinho desdenha dizendo que o filme já seria um fracasso consumado.
O que o jornal não quis informar é que, com tal ou qual público, Lula foi o segundo filme mais visto no Brasil nos primeiros três dias de 2010, atrás apenas da superprodução Avatar, com apelos de efeitos especiais como óculos com efeito de terceira dimensão.
E com um porém: "Lula ..." estreou em 354 salas — número muito inferior às 614 salas que exibiram Avatar no mesmo fim de semana.
As artimanhas prosseguem. Numa comparação sem cabimento algum, O Globo afirma que a estreia de Lula esteve “longe do desempenho com fôlego de fenômeno de Avatar”. Só faltou acrescer que Avatar é o filme mais caro de todos os tempos e deve se tornar, ainda neste mês, a segunda maior bilheteria da história, depois de Titanic (1997).
Orçado em US$ 500 milhões (cerca de R$ 862 milhões), o blockbuster americano custou 53 vezes mais do que Lula, o Filho do Brasil. Na realidade, em pouco mais de 114 anos de existência de cinema, talvez cinco ou seis megaproduções hollywoodianas possam ser equiparadas comercialmente a Avatar. Mas, para avacalhar um filme sobre Lula, esses critérios pouco importam a O Globo.
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