“Isso é esgoto (cocô). Não é água da chuva. Faz 32 dias.” O papel com essas frases colado na placa de sinalização, o mau cheiro e as poças em um trecho de 600 metros não deixam dúvidas: o incômodo é provocado pela rede de esgoto da Sabesp rompida. Alguém pode até imaginar essa cena no Jardim Romano, bairro do extremo da zona leste da capital, inundado desde o dia 8 de dezembro, mas a situação se passa na Rua Maestro Chiafarelli, em pleno Jardim América, na zona oeste, um dos bairros mais valorizados da capital.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reconhece o problema, os moradores da rua fizeram ao menos oito reclamações à Sabesp.
O advogado Elias Haddad, de 35 anos, foi um dos primeiros a acionar não só a companhia como também a Subprefeitura de Pinheiros quando a rede de esgoto quebrou, em dezembro. “Eles (Sabesp) vieram, fizeram dois buracos na rua e só ampliaram o problema”, relata. Segundo ele, antes da visita da empresa, o esgoto ‘brotava’ de apenas um ponto do asfalto. “Agora temos três lugares com esgoto vazando 24 horas por dia.”
Chuva
Quando chove, o problema se agrava: o esgoto se mistura com a água pluvial que desce de vias próximas e o alagamento é inevitável. “Além de deixar a rua intransitável, a água às vezes entra nas casas. A gente fica com medo porque forma um laguinho no jardim e o mau cheio empesteia tudo”, diz a advogada Emy Hase Quinto Di Camelli, de 46 anos.
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