segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Como Serra promoveu o desmanche da saúde pública de São Paulo

Saiu na revista “Brasil”, número 42, de dezembro de 2009, pág. 18, reportagem de Evelyn Pedrozo

Veja um resumo (comentado):
. O SUS, o sistema único de saúde, universal e democrático, previsto na Constituição de 88, deveria ser orgulho do Brasil.

. O Presidente Obama tenta, agora, criar um SUS atenuado sob os protestos mais violentos do PiG (*) e da oposição do Partido Republicano.

. Para minar e privatizar o SUS, Fernando Henrique criou as Organizações Sociais, as OSs.

. As OSs administram hospitais públicos sob remuneração – 10% de taxa de administração, além de se responsabilizarem pelo pagamento de toda a manutenção, o que inclui funcionários e estrutura (o que permite, por sua vez, uma terceirização da terceirização).

. 60% dos recursos do SUS são para pagar a iniciativa privada !!!

. Entregar um hospital público a uma OS não precisa de licitação (epa !).

. Em setembro, José Serra aprovou uma Lei Complementar nº 1.095 que permite contrato de gestão por OS em hospitais já existentes e estende o modelo à cultura e ao esporte.

. Quer dizer: Se fosse Presidente – porque não será – Zé Alagão venderia o Bolsa Família à Wal Mart.

. São Paulo é onde há mais OSs.

. O orçamento da Saúde do Zé Alagão cresceu 94% de 2004 a 2009.

. Os repasses da Secretaria da Saúde para as OSs subiram 200%.

. As OSs fazem um atendimento seletivo.

. Não cuidam de doentes que exijam tratamentos complexos.

. Por exemplo, as OSs não fazem hemodiálise.

. As OSs atendem pacientes encaminhados por outros serviços; os próprios hospitais do Estado é que atendem a todos, indiscriminadamente.

. Ou seja, o melhor ministro da Saúde do Brasil, na opinião do Ministro serrista Nelson Jobim, privatizou a saúde publica de São Paulo.

. Piorou os serviços.

. E soltou a grana para instituições privadas.

. Felizmente, corre no Supremo ação que discute a constitucionalidade das OSs.

Paulo Henrique Amorim

(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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