terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Serra quer brasleiros pagando a conta do lixo dos países ricos


José Serra (PSDB/SP) é um desastre. Segue a tradição demo-tucana de transferir dinheiro brasileiro para países ricos, até na conferência do clima.

O presidenciável demo-tucano foi zambetar em Copenhague, na Conferência do Clima, largando a Zona Leste de São Paulo alagada com água de esgoto da SABESP há uma semana.
Serra não viaja como autoridade respondendo pelo Brasil e não apita nada lá.
Dilma foi em missão oficial, Lula vai em missão oficial. Marina Silva foi como participante não governamental, uma vez que tem de fato militância internacional na área ambiental.
Então Serra não queria ficar de fora da "vitrine", e foi por conta própria, ou melhor, por conta do contribuinte paulista.
Os EUA e Europa querem rachar a conta com os países em desenvolvimento das verbas para ajudar as nações pobres a reduzirem suas emissões de gases-estufa e a se adaptarem ao aquecimento global.
A posição do Brasil é igual a da China. Defendem o óbvio: os países ricos lucraram poluindo o planeta desde a revolução industrial, e por terem acumulado riquezas depredando a natureza, tem a obrigação de financiar a limpeza, agora, com o próprio dinheiro que ganharam sujando.
Os países em desenvolvimento tiveram industrialização recente, e se submetem às metas anti-poluição recentes, como o protoculo de Kyoto, por isso não podem ter as mesmas obrigações.
Além disso o padrão de consumo de de cada cidadão dos países ricos é muito mais poluente do que dos cidadãos dos países em desenvolvimento.
O representante chinês comparou os países ricos às pessoas que comem num restaurante de luxo e recebem um amigo pobre para a sobremesa, e depois querem dividir a conta inteira.
"Não estamos pedindo doações. Eles têm responsabilidade jurídica, inclusive os EUA. Quem criou esse problema é o responsável."
Perguntado pela imprensa brasileira, José Serra não vacilou em puxar o saco de Tio Sam: quer que o povo brasileiro pague a conta da sujeira que os estadunidenses e europeus produziram.
Marina Silva também está sendo ingênua. Sugere que o Brasil entre com US$ 1 bilhão no fundo, para dar exemplo simbólico.
Dilma Rousseff diz que a quantia de US$ 1 bilhão é irrisória diante da necessidade global.
Gestos ingênuos, desviam o foco da negociação política real, dando álibi para os países ricos trocarem seus deveres e obrigações (que chegam a centenas de bilhões de dólares), por gestos simbólicos de caridade (de valores irrisórios).
Serra e Marina, politicamente, enfraquecem e atrapalham nas mesas de negociações a posição brasileira, chinesa, e vão contra o interesse dos países em desenvolvimento, a favor dos ricos.

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