A revista Época de 23 de novembro, em reportagem assinada por Ana Aranha, traz duas denúncias de fraude no Saresp, avaliação de matemática, língua portuguesa, história e geografia aplicada pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. De acordo com a repórter, houve possível vazamento de caderno de questões em uma escola de São José dos Campos. Já numa escola de Franco da Rocha, professores são acusados de ter “passado cola” a alunos.O secretário de educação do José Serra, o tucano Paulo Renato, não se manifestou.
A nota do Saresp é utilizada para avaliação dos profissionais da educação e pagamento de um bônus salarial no fim do ano. “Há mecanismos para impedir a cola e, pelo jeito, a secretaria não teve esses cuidados. E ainda querem pagar bônus. Não é possível ser justo no vínculo do pagamento de bônus a esse tipo de avaliação. O problema é anterior à cola, medir desempenho de professor é algo muito mais complexo”, afirma Ocimar Munhoz Alavarse, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Para ele, os dados obtidos pelas avaliações deveriam ser utilizados pelas secretarias e escolas no cotidiano escolar. “Sou radicalmente contra o pagamento de bônus. Mas alguém que queira utilizar essas provas para isso deveria, ao menos, tomar cuidados como controlar cola e a inviolabilidade dos malotes e caixas. Parece que isso não foi feito e é preciso investigar em que extensão se deu. Suspeito que seja mais generalizado. É preciso exigir essa informação do secretário”, complementa.
Folha denuncia falhas
Também em novembro, a Folha de S. Paulo publicou reportagem apontando falhas na aplicação do Saresp, como o recebimento, pelos alunos, de folha de resposta incompatível com o caderno de questões.
Quase um mês depois, governador diz que vai investigar
Quase um mês depois, governador diz que vai investigar
A Secretaria de Estado da Educação anunciou nesta quarta-feira (02),que vai apurar denúncias de fraudes no Saresp, prova que avalia os alunos da rede e serve de base para pagamento de bônus a professores e aos demais funcionários das escolas. Está sob suspeita a aplicação do exame em 15 unidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário