terça-feira, 30 de março de 2010

PAC 2 é herança bendita para sucessor, diz Dilma

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira (29), durante lançamento da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, que o projeto é uma “herança bendita” que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai deixar para o sucessor. “O PAC 2 revela a posição de estadista do presidente Lula, que se preocupa com o destino de todas as gerações e o futuro do país. O PAC 2 é herança bendita que vamos deixar para quem venha suceder nosso governo”, afirmou a ministra, pré-candidata do PT à presidência.
Coube a Dilma apresentar os detalhes dos investimentos previstos no novo PAC. A ministra afirmou, durante seu discurso, que “nenhum outro governo” promoveu mais ações em conjunto com estados e municípios. “O PAC firmou a mais sólida relação entre o setor público e privado. E promoveu trabalho harmônico e integrado entre estado e municípios. Nenhum outro governo promoveu relação mais efetiva com estados do que o do presidente Lula”.
A ministra voltou a dizer que o governo não se preocupa com a filiação partidária dos prefeitos e governadores na hora de liberar recursos. “A liberação de recursos sempre esteve relacionada a apresentação de projetos consistente e não motivos partidários. Todos os governadores, todos os prefeitos foram tratados indistintamente, de forma republicana, como parceiros iguais”, disse.

Estagnação
Dilma se emocionou ao elogiar o governo. A ministra explicou que o Brasil passou pelo desenvolvimentismo, autoritarismo e pelo estado mínimo e que, segundo ela, Lula criou um novo tipo de Estado.
“No governo do presidente Lula observamos a criação de um estado indutor, que cria condições para que as coisas sejam feitas e cobra dos agentes econômicos que as coisas sejam bem feitas. É um Estado que não se omite diante do mercado. Um Estado supera o economicismo e afirma a primazia do social. Tem presença clara do desenvolvimento da nação, mas não quer concorrer com iniciativa privada porque não é concorrente dela, é parceiro”, afirmou.
Dilma voltou a criticar os governos passados ao dizer que durante a gestão de Lula “foram superadas décadas de estagnação”. “Atravessamos o deserto da estagnação. O governo lula, governo do qual nos orgulhamos de fazer parte, não aceita outro caminho senão o desenvolvimento com distribuição de renda”, afirmou a ministra, com a voz embargada.

Logística
A ministra apresentou os números do novo PAC para investimentos em transporte público. Dilma ressaltou a necessidade de investir em logística para que o Brasil esteja preparado para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
“Hoje o Brasil exerce novo papel no cenário econômico mundial e por isso é necessário investir em logística. Vamos sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo, e nossa capacidade será testada. Longe de achar que esses desafios nos atemorizam, eles são um estímulo para que o PAC 2 seja perseguido sem cessar e com ele pretendemos aplicar em torno de 109 bilhões de reais em infraestrutura e logística”, afirmou Dilma.
A ministra detalhou ainda que haverá investimentos específicos para viabilizar trens de alta velocidade. O PAC 2 prevê R$ 46 bilhões na construção de trens que ligam São Paulo a Curitiba (PR); Campinas (SP) ao Triângulo Mineiro (MG) e Campinas (SP) a Belo Horizonete (MG).

‘Energia não vai nos faltar’
A ministra afirmou ainda que os investimentos previstos no PAC 2 para a geração de energia garantem que não haverá novo apagão no país. Em novembro de 2009, um blecaute deixou São Paulo e Rio de Janeiro no escuro por mais de 4 horas, além de afetar parcialmente outras regiões do país. Quinze dias antes do ocorrido, a ministra Dilma havia dito que o Brasil estava livre de apagões. Em seu discurso nesta tarde, Dilma destacou investimentos em energia limpa.
“Energia não vai nos faltar. O PAC energia foi pensado para isso, para tornar mais rica e limpa nossa energia elétrica. O Brasil vai continuar a ser um exemplo no mundo. Investimentos em geração de energia serão impulsionados para deixar para trás o fantasma do racionamento”, afirmou. O PAC 2 prevê investimentos de R$ 465,5 bilhões na área de energia até 2014.

Minha Casa, Minha Vida
A ministra anunciou que o PAC 2 pretende construir 2 milhões de moradias populares até 2014. Segundo Dilma, se o objetivos objetivos do novo PAC e do programa Minha Casa, Minha Vida forem cumpridos, 3 milhões de casas serão construídas nos próximos quatro anos.
“Nessa nova etapa nos colocamos um objetivo mais ousado, que é investir perto de R$ 72 bilhões na construção de 2 milhões de moradias. O detalhe é que será priorizado ainda mais as famílias de baixa renda- 90% das casas serão destinados a famílias com até 6 salários mínimos. Finalizando aqui, fechando essa parte, com o PAC 1 e o PAC 2 serão construídas 3 milhões de moradias”, afirmou a ministra.
Dilma disse ainda que todas as casas previstas no novo programa terão aquecimento solar. “Estaremos reduzindo déficit de moradias pela metade se cumprimos esses dois programas. Todas essas moradias terão aquecedor solar obrigatoriamente”.

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