Cerca de 30 mil professores já ocupam, na tarde desta sexta-feira (19), todas as faixas nos dois sentidos da avenida Paulista, em São Paulo (SP). O cálculo de participantes é do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A Paulista encontra-se interditada para a passagem de carros e ônibus.
Inicialmente, 300 homens e 100 viaturas da Polícia Militar fizeram um cordão de isolamento tentando restringir a manifestação à calçada de um dos lados da via, mas os professores passaram a ocupar as faixas. Não houve conflito entre manifestantes e policiais. A PM trabalhava com a expectativa de 8 mil participantes.
Segundo a Apeoesp, algumas diretoras de escolas teriam ameaçado os docentes participantes com retaliações e outras formas de pressão. Na quinta-feira (18), o governador José Serra (PSDB) desqualificou a paralisação, chamando-a de "trololó".
"Serra cobra tanto em cima do professor, mas o professor não pode exigir um bom desempenho dos alunos, que têm progressão automática", critica uma professora contratada como temporária (ACT), em uma escola na zona Sul da capital. "Por isso, a educação se transformou no caos que está hoje", prossegue a docente que não quis ser identificada, alegando sentir-se perseguida pela direção.
Sem proibição
Desde a manhã desta sexta, há rumores a respeito de uma liminar judicial que proibiria a manifestação dos professores na avenida Paulista. Segundo os advogados da Apeoesp, a entidade não tem conhecimento de qualquer ação legal nesse sentido e sustenta que o protesto é um direito dos trabalhadores.
fonte: Rede Brasil Atual
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