terça-feira, 2 de março de 2010

O discurso errante do "eu também" de Serra, ao lado de Lula e Dilma

Na cerimônia de inauguração da fábrica da New Holland (de máquinas agrícolas) em Sorocaba (SP), dividiram o palco do evento o presidente Lula, a ministra Dilma e José Serra, na condição de governador.
Lula e Dilma, lembraram de programas como "Minha Casa, Minha Vida" que, além de proporcionar moradias, gera empregos na construção civil, e aquece o mercado de materiais de construção. Lembraram das medidas anti-cíclicas que evitaram que a "marolinha" virasse uma "tsunami".
Lula destacou o programa de financiamento de máquinas agrícolas para pequenos e médios produtores rurais que elevou a venda de tratores.
Dilma e Lula, em seus discursos, enfatizaram o enfrentamento da crise, com o governo intervindo, através do Banco do Brasil, da CEF, e do BNDES para o crédito não secar, e para manter o mercado interno aquecido.
Na hora de Serra discursar, tentou pegar carona na "marolinha", fazendo o discurso do "eu também"... dizendo que ele também tomou medidas contra a crise, que ajudou na oferta de crédito com a "Nossa Caixa até o momento em que foi vendida" (para o Banco do Brasil), mas...
Os fatos são bem outros: a Nossa Caixa operava como um banco privado preparando-se para ser privatizado, e se não fosse o Banco do Brasil ter comprado, salvando da privatização para um banco privado, a falta de crédito iria ficar feia para os paulistas.
Os juros oferecidos pela Nossa Caixa, só caíram na gestão do Banco do Brasil. Antes disso, os juros eram tão altos quanto dos bancos privados.
Enquanto o governo federal reduziu o IPI (imposto federal), Serra se recusou reduzir o ICMS (imposto estadual), nem sequer para a materiais de construção civil, como fizeram outros estados, visando facilitar o programa "Minha Casa, Minha Vida".
E além disso, Serra implantou a substituição tributária para diversas empresas em plena crise, asfixiando o capital de giro delas.
Se dependesse apenas de Serra, a "marolinha" tinha virado um "tsunami".

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