terça-feira, 2 de março de 2010

Compra de Votos: TJ afasta Prefeito (PSDB) e Presidente da Câmara (PSDB) de cidade paulista

O prefeito de Bariri, Benedito Senafonde Mazotti (PSDB), o presidente da Câmara de Vereadores, Clóvis Bueno (PSDB), e o diretor de Saúde do município, Claudocir Maccorin (PR), foram afastados das funções pelo Tribunal de Justiça (TJ), que na noite de segunda-feira cassou a liminar que os mantinha em seus cargos.
Os três são acusados em ação civil pública de desviar medicamentos do posto de saúde para compra de votos na eleição de 2008. Eles já tinham sido afastados em maio de 2009, em primeira instância, mas conseguiram liminar do TJ. Na noite de segunda-feira, o próprio TJ cassou a liminar, alegando que, nos cargos, eles poderiam atrapalhar as investigações que apuram as denúncias.
Mazoti será substituído pelo vice-prefeito, Rubens Pereira do Santos (PTB), enquanto a presidência da Câmara será ocupada provisoriamente pelo vereador Sidnei Dourival Fanti (PTB). Já Maccorin estava afastado do cargo por problemas de saúde. Assim que forem notificados, eles deverão deixar as funções. Segundo a defesa, o afastamento está condicionado ao fim da instrução processual, o que deve demorar mais 90 dias.
O afastamento ocorreu depois que o Ministério Público (MP) denunciou a demissão de uma funcionária que trabalhava havia 10 anos em cargo comissionado como chefe do posto de saúde. A funcionária, que é uma das testemunhas na ação que apura os desvios de medicamentos, era responsável pela compra emergencial de medicamentos disponibilizados na rede municipal. A entrega de receitas e a retirada de medicamentos pelos eleitores teriam sido denunciadas por ela.
Conforme as denúncias feitas por promotores do Grupo Especial de Atuação e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), durante a campanha eleitoral, Bueno ofereceu aos eleitores remédios de graça e com mais rapidez que os conseguidos no posto de saúde, sem que os eleitores precisassem esperar o tempo normalmente necessário para isso. Em fevereiro de 2009, a Polícia Civil apreendeu medicamentos na oficina do presidente da Câmara. Nos remédios estavam fixados receituários da rede pública em nome de eleitores. Nas investigações apurou-se que o diretor de Saúde e o prefeito também estariam envolvidos.
Fonte: Terra Notícias

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