sexta-feira, 16 de abril de 2010

Marta, no É Notícia, analisa o que está em jogo hoje na política brasileira

Marta Suplicy participou do É Notícia, programa de entrevistas da RedeTV, conduzido pelo jornalista Kennedy Alencar. No programa, levado ao ar na madrugada desta segunda (12), Marta falou um pouco da vida pessoal, sua relação com o pai, a mãe, a vida escolar, gostos pessoais, como a preferência por caminhar e nadar. Também lembrou da trajetória na TV Mulher (programa exibido pela Rede Globo e depois na TV Manchete) e das razões que a motivaram entrar na política e as possibilidades da mulher numa carreira política, também do enfrentamento de preconceitos por ser mulher. Além disso, falou sobre as perspectivas de Dilma, pré-candidata ao PT à Presidência da República, e dela, Marta, pré-candidata ao Senado, pelo partido. Analisou aspectos e questões da disputa política que hoje é marcada pela polarização PT x PSDB.

Perguntada sobre a campanha eleitoral de 2008, pediu desculpas ao prefeito Gilberto Kassab por uma propaganda levada ao ar, no início do segundo turno, que ela não havia visto ou aprovado, previamente, mas que, na estratégia de marketing, ela avalia foi um erro. “Foi a coisa mais doída na minha vida e não tive nada a ver com isso. Isso é uma coisa que o João Santana sabe que é imperdoável o que foi feito... Cobrei muito... foi sério para a minha autoestima... Foi muito ruim, para mim... e aprendi uma coisa: você tem que acompanhar mais de perto os programas de televisão... e você não tem tempo...” “Vou pedir desculpas”, disse Marta, em seguida a essas considerações, e ela pediu: “Não foi legal, Kassab, acho muito feio o que foi feito, desculpa!”
Kennedy Alencar perguntou das vantagens e desvantagens das mulheres na política. Marta respondeu que as mulheres não são melhores nem piores, mas “diferentes” dos homens. Ponderou que as mulheres, contudo, estão de fato alijadas do poder, “9% de mulher no parlamento é ridículo”. “A mulher tem uma sensibilidade, uma capacidade de ‘costurar’, em casa, fazer trezentas coisas ao mesmo tempo... isso é o feminino... claro que tem exceções... mas isso é vantagem.”
Das desvantagens, para as mulheres, Marta apontou, talvez, a questão física. Fazer política é muito puxado, exige muito: acordar cedo, horários estendidos, muitos vôos... Ela assinalou que o Presidente Lula tem um pique muito grande: “Quanto eu vejo o Lula se mandando por esse Brasil do jeito que ele se manda, tendo esses horários que ele tem, fazendo esse número de vôos... eu acho muito puxado... agora, o Fernando Henrique não tinha essa mobilidade ou essa vontade de fazer tanta coisa...”
Marta falou das estratégias em discussão na campanha eleitoral que tem apontado para a polarização PT x PSDB, observando que cabem comparações, por exemplo, entre o modo de o Presidente Lula governar e o modo como o ex-governador José Serra governou até pouco tempo. Ela apontou que, em São Paulo, o programa Bolsa Família poderia ter bem mais famílias cadastradas e não tem porque na visão do PSDB o programa é visto como “esmola”.
Para Marta, Lula e o PT cresceram muito na política. Em pesquisa, Datafolha constatou-se que, no Estado de São Paulo, o PT é preferido por 24% e o PSDB por 9%. “Achei muito interessante porque eles (os tucanos) estão no poder há muito tempo”.
Sobre o Senado, Marta é indicada pelo PT como pré-candidata. Ela destacou que há questões importantes para se pensar nessa campanha. “Tenho uma visão de pensar o novo... Tem gente muito boa em outros estados” que estão para disputar, também, observou.
Marta destaca que a missão (no Senado) é brigar pelo seu Estado e pelo país. No país, a questão mais urgente é a do pré-sal. Em São Paulo, tem questões que considera fundamentais, por exemplo, a da ampliação do aeroporto de Viracopos, e do trem bala (Campinas, SP e Rio) -mais que transporte, assinala que é desenvolvimento econômico.

Teve isso e mais assuntos: assista a íntegra da entrevista, publicada em blocos na página da Rede TV




Do SigaMPost, com vídeos da Rede TV

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