Pesquisa do Instituto Sensus divulgada nesta terça-feira (13) indica empate técnico entre os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na sucessão presidencial de outubro. A sondagem, encomendada e divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav), mostra Serra com 32,7 % das intenções de voto e Dilma, com 32,4 %. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 %.
O deputado Ciro Gomes (PSB) aparece com 10,1 % e a senadora Marina Silva (PV), com 8,1 %. No cenário sem Ciro Gomes, Serra fica com 36,8 %, Dilma com 34,0 % e Marina, com 10,6 %. Foram entrevistadas 2 mil pessoas entre 5 e 9 de abril em 136 municípios de 24 Estados.
Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra também mostra um empate técnico. O candidato tucano tem 41,7% dos votos válidos, enquanto a candidata petista atrai 39,7% dos eleitores consultados, dentro da margem de erro. Os votos brancos e nulos chegam a 10,1% e 8,5% das pessoas ouvidas não responderam.
Dilma lidera pesquisa espontânea
O Sensus também realizou a pesquisa espontânea, na qual não são apresentados os nomes dos candidatos ao entrevistado. Dilma, então, aparece em primeiro lugar, com 16%. O presidente Lula, que não será candidato nas próximas eleições, tem 15,3%. Serra aparece em terceiro com 13,6%. Marina tem 2,5% e Ciro, 1,6%.
O levantamento analisou ainda a rejeição dos candidatos e a capacidade de transferência de votos de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Marina Silva é a que tem maior taxa de rejeição: 30,7% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum dela. A taxa de rejeição de Serra é de 28,1%, a de Ciro, de 27,9% e a de Dilma, de 26,3%.
Já Lula é o que tem maior capacidade de transferir votos: 24,7% dos eleitores afirmaram que o candidato do Lula é o único no qual votaria, enquanto 36,9% dizem que poderiam votar nele. Já para Fernando Henrique, esses percentuais são, respectivamente, de 5,1% e 23,3%. Outros 19,3% disseram que não votariam no candidato de Lula, enquanto 49,9% não votariam no candidato de FHC.
Cresce avaliação positiva do governo
Ainda segundo o levantamento realizado pelo Instituto Sensus, a avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de 72,8%. O governo Lula é ótimo para 27,2% e bom para 45,6% dos eleitores. Outros 20,2% consideram o governo regular, enquanto 2,6% o avaliam como ruim e 3,3% como péssimo. Não souberam ou não quiseram responder 1,2% dos eleitores. Na última pesquisa Sensus que avaliou o governo Lula, ele aparecia com aprovação de 71,4%.
Oposição sem projeto
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que não é hora de subir no salto alto e que só comemora o resultado de eleição. “Eu não comemoro pesquisa. Eu acho que eles vão ficar empatados até o começo da campanha, no meio do ano”, afirmou.
Para Dutra, as críticas da oposição sobre o desempenho da ministra na pré-campanha se revelaram factóides. Na semana passada, durante viagem de Dilma a Minas Gerais , lideranças do PSDB, DEM e PPS disseram que ela “escorregou” ao sugerir uma parceria com o governador do Estado, Antonio Anastasia. “Só mostra como eles criam factóides. Eles estão sem discurso, sem projeto”, reagiu.
Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a ministra Dilma vem crescendo de forma consistente nas pesquisas porque, dos candidatos colocados, "é a única que pode consolidar e aprofundar as conquistas sociais, políticas e econômicas do governo Lula".
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), avaliou que o resultado da pesquisa confirma o crescente conhecimento pela população de quem é a ex-ministra Dilma Rousseff. "A nossa expectativa é do crescente reconhecimento de que ela é a continuidade do governo do presidente Lula. É a figura que, de fato, tem condições de dar prosseguimento à obra de desenvolvimento, crescimento, geração de renda e progresso para o nosso país", disse.
Com agências
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