Líderes de nove partidos da base aliada ao governo Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram na tarde de segunda-feira em São Paulo e decidiram dar um ultimato ao deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Os aliados querem que Ciro decida até a semana que vem se vai manter a candidatura à Presidência da República ou se vai disputar o governo de São Paulo, como deseja o presidente Lula.
"Decidimos que vamos procurar o Ciro na semana que vem. A definição dele é importante para os partidos se nortearem e planejarem suas ações", disse o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva.
Participaram da reunião líderes estaduais do PT, PC do B, PSB, PDT, PPL, PTC, PSC, PTN e PRB. Eles esperam que Ciro aceite disputar o governo paulista mas, caso o deputado decline, vão começar a trabalhar uma candidatura conjunta. "Precisamos que o Ciro nos dê pelo menos um indicador, uma sinalização. O que não dá é para manter o nosso campo sem planejamento, disse Edinho.
Segundo ele, o ultimato não contraria a orientação do Planalto, que pretende esperar até março por uma definição de Ciro. "É consenso que não podemos mais protelar esa situação. Dessse jeito daqui a pouco vai começar a prejudicar a campanha da Dilma (Rousseff) em São Paulo. Gostaríamos de já estar fazendo a pré-campanha dela eno estado mas hoje isso só acontece quando ela tem alguma agenda aqui. Com uma candidatura definida poderíamos compor a chapa de senadores, as alianças etc.", disse o presidente do PT-SP.
Na manhã desta segunda-feira o deputado Antonio Palocci comunicou formalmente à direção do PT que não vai concorrer ao governo paulista. Palocci deve ocupar um posto de destaque na coordenação da campanha de Dilma. Ao ser sabatinado pela Executiva Estadual do PT ele se mostrou pessimista quanto às chances de Ciro ser candidato em São Paulo e disse que a melhor solução seria um candidato que já tenha concorrido ao governo. Assim, restringiu o leque de opções a dois nomes: Marta Suplicy e Aloizio Mercadante.
A direção do PT-SP, no entanto, ainda trabalha com outros nomes, como o do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, e o ministro da Educação, Fernando Hadad. "É claro que se um nome que já disputou o governo disser que quer ser candidato o PT está aberto. Mas creio que se definirmos um nome dentro de 30 ou 40 dias é posíel construir uma candidatura", disse Edinho.
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