quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vaccarezza rebate oposição e relembra que apagão de FHC provocou prejuízos de R$ 45 bi


O líder do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza, criticou a oposição por estar fazendo luta política em cima do blecaute ocorrido na noite de terça-feira, 10 de novembro. Ele lembrou que não há comparação entre a crise energética provocada pelo governo FHC e o problema ocorrido agora na rede. “O apagão deles foi um problema de falta de planejamento que prejudicou o Brasil por um ano”, explicou. “A oposição, mais uma vez, demonstra que não tem discurso”.

Ele lembrou que o governo do PSDB e do DEM, liderado por Fernando Henrique Cardoso, por falta de investimentos e de uma política para o setor energético, promoveu um apagão ao longo de 2001 que prejudicou milhões de famílias brasileiras: “Foi preciso controlar a economia por falta de produção de energia. Hoje o Brasil produz mais energia do que precisa. E o governo Lula investe ainda mais para acelerar o crescimento econômico”. Segundo o líder petista, o governo federal tomou imediatamente todas as providências para contornar o problema assim que foi avisado sobre a ocorrência do blecaute.
Vaccarezza lembrou que as três horas sem energia em alguns estados não trouxe consequências graves para a economia, ao contrário do ocorrido à época de FHC. O verdadeiro apagão de 2001 provocou um prejuízo ao País de R$ 45,2 bilhões, valor atualizado pelo IGP-M.
Esse cálculo foi feito pelo Tribunal de Contas da União em auditoria na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O valor foi repassado às distribuidoras de energia elétrica, sendo que os usuários pagaram 60% do total por meio de repasses tarifários feitos pelas distribuidoras. O restante foi pago pelo Tesouro Nacional, onerando os contribuintes.
Entretanto, se forem considerados os custos indiretos, como redução de atividade econômica, registrada pela diminuição do PIB, aumento de desemprego, perda de competitividade em razão do aumento de custo de energia elétrica, diminuição do ritmo de arrecadação de tributos, desestímulo ao investimento, imagem do Brasil no exterior, entre outras conseqüências negativas, chega-se a um prejuízo superior aos R$ 45,2 bilhões, segundo afirmou o ministro relator do processo no TCU, Walton Alencar Rodrigues.
 
INVESTIMENTOS – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o blecaute que atingiu 18 estados não foi consequência de falta de investimentos no setor de energia elétrica. “Fizemos fortes investimentos no setor de transmissão e modernização do sistemas energético brasileiro”, afirmou ele. Tampouco foi em consequência da falta de produção de energia elétrica, como correu no governo FHC”.
“O que aconteceu em 2001 é que a gente não produzia energia suficiente e não tinha linha de transmissão para interligar todo o sistema elétrico brasileiro. Hoje, estamos com todo o sistema interligado”, disse Lula. Ele afirmou que desde 2003, quando assumiu o primeiro mandato, foi construído 30% das linhas de transmissão do país. Essas linhas começaram a ser construídas há 123 anos.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, convocou reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE para hoje, às 17h00, no Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico – CNOS, em Brasília, para que seja apresentada e avaliada a ocorrência no Sistema Interligado Nacional.
Análises preliminares do Ministério de Minas e Energia indicam uma contingência tripla localizada entre os estados do Paraná e São Paulo como causa do blecaute da noite de 10 de novembro. A hipótese havia sido indicada pela Itaipu Binacional. Dados definitivos devem ser divulgados ainda nesta quarta-feira, 11 de novembro, após reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.
Criado em 2004, o comitê é composto por representantes do Ministério, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Equipe Informes, com agências

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