segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Prefeitos (as) e vices petistas se comprometem com a continuidade do projeto nacional




Foi com muito entusiasmo que prefeitos (as) e vices petistas de todo o Brasil receberam a Ministra Dilma Rousseff, ontem (08) durante grande Encontro realizado pelo Diretório Nacional do PT, em Guarulhos. Entoando gritos de guerra do partido, os prefeitos e vices demonstraram grande compromisso partidário e muita vontade de trabalhar pela continuidade e avanços do projeto nacional colocado em prática com o governo Lula, por meio da pré-candidatura de Dilma à sucessão presidencial.
De acordo com a organização, mais de mil dirigentes se credenciaram no evento, sendo que todos os estados brasileiros estiveram representados. Lideranças petistas de expressão nacional também marcaram presença e destacaram a responsabilidade do conjunto dos governantes municipais nas próximas eleições. Estiveram presentes o Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o Ministro do Turismo, Luiz Barreto, os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, o presidente nacional e estadual do PT, Ricardo Berzoini e Edinho Silva, o líder do PT na Câmara, Cândido Vacarezza, o líder na Assembléia Legislativa do estado de São Paulo, Rui Falcão, a ex-ministra Marta Suplicy entre outros.
O prefeito anfitrião, Sebastião Almeida, abriu o evento ressaltando o relacionamento do governo federal com os municípios e o significado estratégico das próximas eleições. “Nossa tarefa aqui é preparar o partido para eleger Dilma. As eleições têm interferência direta na vida de cada um dos municípios brasileiros” disse. “Nunca na história desse país, o governo federal esteve tão presente na vida das cidades”, brincou, se referindo a uma frase utilizada pelo presidente Lula. Almeida deu seu testemunho sobre as várias obras e programas realizados em seu município em parceria com o governo federal, em especial na área de saneamento básico. “Conte conosco para garantir que o Brasil e os brasileiros não percam a oportunidade de continuar crescendo”, finalizou.


Prefeitos militantes - O presidente estadual do partido, Edinho Silva, que já foi prefeito por dois mandatos na cidade de Araraquara (2001 – 2008) falou sobre a mudança na relação entre governo federal e municipal durante o governo Lula. Para ele, que conviveu dois anos de sua gestão com o governo FHC, houve mudanças não só na questão dos repasses, convênios, mas na concepção do relacionamento. “Os municípios passaram a ser vistos como entes federados, parceiros importantes na construção de políticas públicas. Os prefeitos, junto com o Governo Lula estão construindo uma nova história, uma nova relação municipalista”, disse.
Para Edinho, cada governante deve ter mente que os cargos passam e o que fica realmente é a militância, a defesa de um projeto. “Ninguém aqui é prefeito ou vice-prefeito. Todos estão prefeitos, estão nos cargos. O que somos, realmente, é militantes da construção de um projeto político. Somos chamados neste momento a fazer a disputa mais importante. No ano que vem dois projetos políticos distintos estarão em disputa. Precisamos chamar nossas lideranças, irmos para dentro do PT, construirmos um campo político com aliados e irmos para as ruas”, destacou.
Ricardo Berzoini, presidente do PT nacional também ressaltou a importância do papel de militante de cada administrador. “A função do prefeito é ser um líder político. Lula é o melhor gestor que esse país já teve e o melhor líder político do planeta”, exemplificou. Ele classificou a próxima campanha como uma disputa político-ideológica e convocou todos os prefeitos e vices a trabalharem em prol da continuidade do projeto nacional em suas cidades. Berzoini ainda rebateu as críticas feitas pelo ex-presidente FHC dirigidas à Lula em artigo publicado em jornal de circulação nacional. “Confundem autoritarismo com autoridade do povo brasileiro. Nunca tivemos o Estado tão aberto à participação popular e os prefeitos são testemunhas disso”.

Marcha em defesa dos municípios - O prefeito Eduardo Tadeu, de Várzea Paulista, que na ocasião representou os prefeitos das cidades pequenas e médias, também ressaltou a diferença do relacionamento entre governo FHC e Lula com os municípios. “Os prefeitos sabem das diferenças. Sabem da importância da continuidade do governo Lula”, destacou. O prefeito falou ainda sobre os objetivos da Marcha dos Prefeitos em Defesa dos Municípios Paulistas que ocorre na próxima semana.

Revolução Silenciosa - Para Cândido Vacarezza, líder do PT na Câmara dos Deputados, a pré-candidata Dilma será a responsável pelo aprofundamento da revolução feita pelo governo do presidente Lula que ele classifica de ‘silenciosa’. “O Brasil do PT, do Lula e da Dilma é o Brasil do desenvolvimento econômico, da distribuição de renda e geração de emprego. Dilma representa a continuidade da construção do país da igualdade e inclusão social. Ela é o nosso projeto. É o projeto do Brasil”, disse.

 Defensores em cada canto do país – O Ministro Alexandre Padilha chamou todos os prefeitos presentes para serem defensores do governo Lula, e da candidatura de Dilma, em cada parte do país. Para ele, a vitória do PT em 2010 não significa apenas continuidade, mas, principalmente, avanços. Padilha, em seu discurso, ainda ressaltou a importância das parcerias entre governo federal e municípios para a construção de políticas públicas, principalmente na época da crise internacional, quando Lula e todos os prefeitos se mostraram otimistas e fizeram as obras ‘andarem’ nas cidades brasileiras.
Dilma é o 3º mandato de Lula - Já o senador Aloizio Mercadante ressaltou que a candidatura de Dilma representa o 3º mandato do presidente Lula. Durante seu discurso, o senador fez um balanço sobre os 8 anos de FHC e os dois governos de Lula, comparando principalmente os momentos de crises internacionais, quando, segundo ele, em épocas anteriores uma marolinha “lá fora” significava um tsunami no Brasil. “Vamos comparar e é por isso que eles estão nervosos”, disse se referindo à oposição. Mercadante ainda falou sobre o vazio que o presidente Lula deixará quando estiver se despedindo do governo brasileiro. “Só tem um caminho para isso. É irmos para as ruas e elegermos o 3º mandato, com Dilma”, disse.

“O que estará em jogo no ano que vem é o confronto entre 2 Brasis”, diz Dilma

O discurso da Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, era o mais aguardado entre os gestores municipais de todo o Brasil presentes no Encontro. Ovacionada pelo público, Dilma fez um balanço com muito conteúdo sobre o governo Lula, em especial na área econômica e social. A ministra apresentou números e indicadores que demonstram a transformação do país nos últimos anos e a prioridade do governo brasileiro com as pessoas mais necessitadas.
Dilma abriu seu discurso fazendo um elogio ao Diretório Estadual do PT de São Paulo, na figura do seu presidente Edinho Silva, que segundo ela, é um personagem fundamental na construção política no estado. “Sua tranqüilidade política e amabilidade, muitas vezes, não deixa transparecer como é uma pessoa forte. Uma força que vem da natureza”, disse.
Em seu discurso, Dilma deixou claro que as próximas eleições serão marcadas pela disputa de projetos antagônicos e que a comparação entre as políticas e os resultados deverá ser o foco. “O que se jogará no ano que vem é o confronto entre dois Brasis: o que terminou em 2002 e o de 2009 e 2010. O país do presente que conseguiu demonstrar que os 190 milhões de brasileiros são os centros das atenções do governo”, disse.
Segundo ela, o governo do PT conseguiu destruir antigos dogmas da direita como o da incompatibilidade do crescimento econômico com distribuição de renda, da inflação versus crescimento do país, do não crescimento do salário mínimo, da submissão do país perante o FMI, do estado mínimo entre outros. “A realidade tratou de destruir todos os dogmas da oposição”, disse.
Para ela, a oposição tenta confundir as pessoas de que o modelo de desenvolvimento econômico aplicado hoje é o mesmo que os de FHC e que os resultados do governo Lula são frutos de beneficies e da boa conjuntura internacional. “A própria crise internacional se encarregou de demonstrar que isso não era verdade, Temos sorte sim. Não somos pés frios. Mas, nós temos competência de gestão”, ressaltou.
“O Brasil é um vencedor e não podemos aceitar voltar para trás. Temos a responsabilidade de fazer avançar todas as políticas e para isso contamos com as pessoas comprometidas com a transformação do país. Vamos ter que avanças na distribuição de renda, na educação para todo o povo, pois essa é a condição essencial para o desenvolvimento do país”.

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