sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Tese: Chapa Democracia para Todos - apoia para Presidente: Ana Maria

“O Partido dos trabalhadores fixou raízes no coração do nosso povo. Deu a palavra aos construtores cotidianos da riqueza, ao povo da margem, pela voz de um dos seus filhos: Luis Inácio Lula da Silva. E, em 2002, afirmou-se com a expressão política de vastos setores populares para afirmar: que este pais não tem mais donos, que este será um país de todos.” Fonte: Manifesto (Mensagem ao partido).

Como era esperado, nossa chegada aos governos (municipais, estaduais e federal) , teve efeito ambíguo sobre o partido. De um lado significou o alcance de um objetivo central que orgulha todas e todos nós. De outro provocou deslocamento do eixo de debates e decisões, tornando a vida partidária menos para as discussões substanciais e mais para as da agenda política. Chegado é o momento, com senso de responsabilidade que nos cabe, voltar a falar dos problemas municipais, regionais, estaduais e nacionais ,na busca dos caminhos para solucioná-los na perspectiva do socialismo democrático que passa pela superação do esgotamento do atual sistema político brasileiro. “O partido dos trabalhadores construiu arduamente sua democracia interna. Ao crescer enfrentou leis eleitorais restritivas impostas pela ditadura militar. Ao longo destas três décadas, estabeleceu o direito de livre organização de tendências; a proporcionalidade de representação nas direções; a cota de 30% de representação das mulheres; as eleições diretas em todos os níveis de direção. Só um partido de arraigadas convicções libertárias poderia fazê-lo. Não foram poucos os percalços na caminhada.
Vários erros foram cometidos, mas apesar deles o partido dos trabalhadores se afirma como partido socialista democrático, capaz de encarar os seus erros e deles extrair as lições necessárias para consolidar-se como expressão política a serviço dos interesses populares e enfrentar os desafios de continuar dirigindo o pais”. Fonte: Manifesto (Mensagem ao partido).

A disputa em 2010 é entre projetos para o Brasil. Botucatu precisa ser parte desta disputa com muita altivez, competência, organização,participação. Como sabemos, o principal adversário do projeto de distribuição de renda é o grande capital financeiro, politicamente organizado pelo PSDB.
Estamos assistindo em Botucatu a emblemática privatização da saúde, assim como ocorreu recentemente no Estado de São Paulo, onde os hospitais públicos foram entregues a organizações sociais(OS) . Assistimos a um “apartheid” social na saúde em muitos lugares no Estado de São Paulo, onde os que tem planos de saúde tem uma assistência de primeiro mundo com os recursos do SUS. Quem não tem, recebe do mesmo governo no estado , uma assistência precária. Como percebemos, os governos tucanos dão às costas as necessidades sociais mais intensas ,como saúde, educação, segurança , que são outros exemplos de fracassos no Estado de São Paulo. Para estes governos, o social é subproduto dos ganhos das grandes corporações capitalistas. Evidentemente que isso se torna possível graças ao forte apoio de amplos setores da mídia e no nosso caso, com apoio da maioria dos vereadores na câmara . Os casos que merecem investigações, até agora vão sendo neutralizados. E assim, vão os tucanos cultivando uma falsa imagem de moralidade.
O PT de Botucatu possui condições objetivas para dar contribuições significativas nas disputas de 2010, construindo com as outras direções municipais, estadual e nacional ,um perfil programático da candidatura do PT ao governo do Estado de São Paulo e ao legislativo, clara e concretamente antineoliberal. Estes perfis devem expressar as melhores qualidades do PT demonstrados no governo Ielo, no governo Lula e governos estaduais em confronto com o caráter autoritário elitista dos governos Tucanos, em especial do governo Serra. Para isso ,é necessário contribuirmos neste PED para que nossa identidade partidária local seja recomposta,através de esforços( coletivos,individuais) ,aproveitando este momento que o PED nos proporciona para superarmos os impactos negativos que as crises do PT em todos os níveis (nacional,estadual,local)sejam superados . Recuperarmos nossa capacidade de intervenção nas disputas legislativas e a Presidência da República no ano que vem. Apesar de grandes as dificuldades estas podem e devem ser vencidas pelo partido (local,estadual,nacional).Os mais de 36% dos votos válidos nas últimas eleições em Botucatu são relevantes,significativos para que organizemos bases(internas,externas) para os desafios do ano que vem, assim como as tarefas outras do partido. Para isso precisamos construir juntos, coletivamente, pactos,acordos internos no PT local, para que possamos ter uma convivência fraterna,respeituosa,promotora de autonomias harmônicas(coletivas,individuais), a partir dos mais variados interesses existentes. .São difíceis de serem estabelecidos, mas não impossível .São necessários para que possamos aliar:a continuidade de nosso projeto estratégico nacional com a eleição da companheira Dilma Rousseff a nossa vitória em São Paulo, que é o maior colégio eleitoral onde a disputa nas eleições , não é uma simples repetição da disputa nacional. Em Botucatu, devemos contribuir de forma efetiva com o processo de combinar programa e candidaturas (executivas e legislativas) para São Paulo. Esse processo deve recompor nossa identidade Partidária .Nosso projeto de mudanças para São Paulo deve mirar as necessidades municipais, que se organizam por regiões temáticas,administrativas. Para que isso seja possível é necessário que superemos projetos de carreiras particulares, de grupos ou tendências, legítimos, mas que nos enfraquecem nas lutas maiores. Isto é possível ,pois há forte unidade no PT de Botucatu em relação a compreensão de que nossos adversários de classes e de projetos para o município,para estado de São Paulo,para o Brasil, é o projeto do PSDB.
Defendemos também tratamento respeitoso com as candidaturas de forças aliadas nacionalmente. Propomos, portanto, aos partidos que se colocam no campo da defesa do governo Lula e defesa da candidatura Dilma o compromisso de, em São Paulo, e no município construirmos uma alternativa comum para derrotar os tucanos. Nós petistas de Botucatu temos no processo da eleição direta de nossas direções um momento fundamental importante para que amadureçarmos, construamos o nosso fortalecimento através de nossa coesão e pactos internos visando os embates futuros na luta pelo socialismo democrático ,sustentável, que em parte se expressa através da revolução democrática em curso no país. Daí, a necessidade de organizar coletivamente e com muita participação direta das,dos filiados,filiadas o planejamento de nossas ações sobre o como vamos obter a nossa vitória local de nossas candidaturas no Estado de São Paulo e no País. Nossa organização pressupõe a criação de núcleos , fortalecimento dos setoriais existentes,melhor articulação entre si das instâncias partidárias: local , regional,estadual, nacional ,com os movimentos sociais, com as eleitoras,os eleitores, cidadãs(ãos) ,de uma maneira geral.
Pressupõe tambem :superarmos o forte poder interno dos mandatos através de apoio maior, força e conteúdo as direções. Descomprimirmos as amarras para que ocorram os debates internos , a livre expressão de divergência para que: Mulheres, juventude, pessoas com deficiência, segmentos populares... se integrem de fato nas lutas partidárias. Para que haja o reencontro do partido com os movimentos sindicais, populares é necessário entendermos as profundas mudanças que ocorreram com lideranças de trabalhadores no poder estatal; com os canais abertos de participação popular nas instituições do estado que definiram caminhos de mobilização popular independentes. Entendermos o código ética é de extrema importância para a vida interna no partido ,para a nossa imagem interna e externa ,para a prática do dia a dia partidária. Para defender estas idéias na direção partidária e nos outros organismos de deliberação local ,apresentamos a chapa “Democracia ParaTodos” para que o PT de Botucatu avance ainda mais ,de tal forma que corresponda ao seu papel histórico de luta.

Botucatu, 23 de setembro de 2009

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