segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Precatório Paulista

Leio pela imprensa que a Prefeitura de Jaú quer quitar dívidas de precatórios trabalhistas. Esse assunto chama minha atenção, pois minha mãe move ação de muitos anos, contra o Governo do Estado de SP e esse, insensível com seus velhinhos, lhe dá as costas. Tudo para tentar receber o que lhe é devido. Uma vergonha e ainda querem que ajustemos nossas contas com eles, paguemos impostos, pedágios, Nota Fiscal Paulista e tudo o mais. Como, se não o fazem com seus devedores? São péssimos nos exemplos e ainda por cima, Serra quer ser presidente da República.
Serra e a conivência intencional dos deputados estaduais paulistas, todos fingindo não verem o orçamento estadual ser descumprido de forma vergonhosa. A decisão pelo pagamento está sacramentada, mas não ocorre, não existe santo (acho que nem rezando, viu!) a fazer com que os insensíveis governantes paulistas, todos tucanos (governando São Paulo há mais de 15 anos) olhem para seus antigos servidores. A verba destinada aos pagamentos é usada em outras atividades e nada é feito. Onze anos de atraso, total de R$ 11 bilhões de reais e mais de 900.000 credores-servidores. Estamos às vésperas de um ano eleitoral e como sempre, obras e mais obras, dívidas postergadas.
O calote está institucionalizado em São Paulo, num total desrespeito à Constituição Federal. Vergonha maior é o Tribunal de Justiça do Estado e o STF, da União nada fazerem, ou seja, tudo aceito pacificamente pelas ditas autoridades constituídas.
Recorrer a quem? Digam-me, pois nossas instâncias máximas não gostam de se pronunciarem sobre tão delicado assunto, contrariando os interesses do governador. Mais vergonhoso ainda é constatar que velhinhos estão vendendo uma cessão de crédito para empresas devedoras fiscais, que compram seus créditos para abaterem suas dívidas. Pagam de 25% a 30% do valor e na necessidade, concretizam um péssimo negócio. Tudo com a conivência do Governo do Estado de São Paulo.

Henrique Perazzi de Aquino, 49 anos e confirmando a máxima, "Já se disse que o Brasil carece apenas de uma lei, com um único parágrafo: Cumpra-se a lei".

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