domingo, 9 de agosto de 2009

Caravanas mostraram a força da militância do PT paulista

A plenária da Capital encerrou com mais de cinco mil pessoas o processo das Caravanas Estaduais do PT paulista. A dimensão do evento refletiu a mobilização intensa ocorrida em todo o Estado, nas 19 macrorregiões.
Na caravana deste sábado (8), ministros, prefeitos, deputados, senadores, dirigentes do partido e lideranças de movimentos sociais ressaltaram a importância dessas plenárias de análise conjuntural e organização. As visitas da direção partidária e suas lideranças políticas às cidades do interior e do litoral mobilizaram milhares de militantes para ouvir a alternativa petista ao projeto conservador e neoliberal dos tucanos para o Estado. A cobertura da imprensa local expandiu o debate para toda a sociedade.
O presidente do PT-SP, Edinho Silva, afirmou que as caravanas mostraram a força da militância. "Mostraram a força daqueles que todos os dias, sem tréguas, construíram esse partido", declarou. "As caravanas criaram o clima para essa atividade na Capital com a ministra Dilma, nossas lideranças políticas e sociais e toda a militância", ponderou ele.O dirigente petista destacou que a iniciativa das caravanas visou ao debate de propostas para o Estado, ouvindo as propostas e problemas de cada região do Estado, ter um diagnóstico e construir um projeto. "Esse foi o desafio das nossas caravanas", disse Edinho.
Edinho afirmou a disposição do Partido em construir uma ampla aliança, não só para eleger Dilma, mas para apresentar um outro projeto e enfrentar os problemas de São Paulo. "Uma das maiores alegrias da minha militância é ver a união do partido nesse pacto de luta. O que nos unifica é o governo do presidente Lula e sabermos que temos uma disputa pelo projeto representado por você, Dilma, em 2010." Edinho ainda ressaltou que a tática do partido no Estado não será construída pela imprensa e por aqueles que quiserem provocar cisão no partido.
Ousadia petista
A ex-ministra Marta Suplicy ressaltou a importância de São Paulo para o Partido em todo o país. Ela lembrou que São Paulo é o berço do PT e onde se criaram grandes lideranças nacionais. "Ninguém ousa falar contra o Lula, nem nos clubes grã-finos de São Paulo. Ele mudou a auto-estima de uma nação", enfatizou. Para Marta, o PT é protagonista de grandes ousadias, como eleger Lula. "Temos a chance de continuar essa ousadia ao eleger a primeira mulher presidente do Brasil". Ela ressaltou que eleger Dilma não é eleger qualquer mulher. "Mas uma mulher com uma história e uma contribuição a esse governo, que conquista a confiança de todos nós".
Rumo certo
O presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), afirmou que o PT-SP deu uma demonstração de que o Brasil precisa de muito debate. "O Brasil precisa de mais PT no governo com a companheira Dilma", resumiu. Berzoini destacou que verifica em suas viagens, do Amapá ao Rio Grande do Sul, o sentimento "extraordinário" na militância de que "estamos no rumo certo". "Seguimos sem medo de setores que criam falsas crises e transformama política uma grande confusão", declarou, esclarecendo que se refere aos conflitos no Senado. "O PSDB e o DEM nunca tiveram compromisso com a ética. Tudo que querem é tentar colar a crise no Senado ao presidente Lula, mas não conseguirão", explicou o dirigente.
Quebrar o cara
O senador Aloizio Mercadante destacou a luta e a força da militância do PT que sempre esteve presente mesmo nos momentos de dificuldade e derrota. “Nós sonhamos com a construção de uma sociedade mais justa, de retomarmos o crescimento e só conseguimos isso porque a militância do PT nunca deixou de lutar por esses sonhos”.O senador analisou a política econômica do governo Lula e os seus resultados na sociedade. “É por isso que Lula é o presidente mais popular da história do Brasil. Um presidente que representa o Brasil com dignidade, falando o português e defendendo o nosso país. Quando acharam que o Lula ia quebrar a cara com a crise, ele virou 'o cara' respeitado em todo mundo”.Mercadante ainda destacou a importância da política de alianças, dos movimentos sociais, mas, sobretudo, a garra, a luta e o compromisso da militância "que fez tudo isso acontecer". “Agora temos o sonho de virarmos a página do machismo e colocar uma mulher para governar o país”. Terceiro mandato
O prefeito de Osasco, Emídio de Souza, reiterou o sentimento geral de que a plenária serve para mostrar a força do PT de São Paulo. "Somos um partido unido e com energia acumulada para enfrentar os desafios. Por todo canto que fomos com as caravanas, vimos a mesma emoção e determinação de te fazer presidente e substituir o presidente Lula", afirmou. Emídio lamentou a diferença entre a política do governo do Estado e a do governo Lula. "A educação em São Paulo é o que aconteceu na USP. Estudante que pede educação melhor, eles botam a polícia em cima. No tempo de FHC, prefeito que ia à Brasília, só tirava foto na Esplanada e voltava com as mãos abanando", comparou. Emídio entusiasmou a militância ao afirmar que quer o terceiro mandato para o govenro Lula e que "o nome do terceiro mandato é Dilma".

Nosso lado
O presidente reeleito da CUT, Artur Henrique, aproveitou para anunciar um Ato Nacional em Defesa do Emprego, da Renda e da Classe Trabalhadora, no dia 14. Ele afirmou que o conjunto das centrais sindicais e dos movimentos populares preservam sua autonomia frente a partidos e governos, mas têm lado. "Não queremos a volta à esse país daqueles que diziam que o mercado ia resolver todos os problemas e desregulamentaram tudo", disse. Segundo ele, a plataforma da classe trabalhadora para 2010 é o desenvolvimento com distribuição de renda que já vem sendo implementada no governo Lula. O senador Eduardo Suplicy enfatizou a posição da bancada pela recomendação de que o presidente da Casa, José Sarney, se licencie e enfrente o Conselho de Ética. O senador aproveitou para defender sua principal bandeira, ao afirmar que vai ajudar a ministra Dilma a levar adiante a proposta de Renda Básica de Cidadania. O ministro do Turismo, Luís Barreto, afirmou que a candidatura de Dilma não representa apenas a continuidade, mas aponta para um projeto. "São Paulo é muito importante para melhorar os índices do país", disse. Para ele, as caravanas mostraram que o PT tem uma cara e uma oposição firme no Estado. "Temos sim uma história e nomes no Estado para discutir e enfrentar 20 anos de tucanato", ressaltou Barreto.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou as condições que o governo Lula tem oferecido para que o país faça a diferença na Educação, sobretudo no Estado de São Paulo, com os piores índices do país. Ele mostrou a diferença da presença federal antes e depois de Lula em SP, com a construção e expansão de escolas federais e as 150 mil vagas do ProUni. "Este governo tem a marca da inclusão social ao democratizar os direitos sociais para todas as classes sociais", disse.
O líder da bancada na Câmara, deputado Cândido Vacarezza, afirmou que Dilma é a expressão desse governo e a vontade do presidente Lula. "Quem sabe onde quer chegar, procura certo o caminho e o caminho certo é eleger Dilma", disse. Ele também criticou a postura da oposição no Senado. "Não podemos perder o foco. O que querem não é ética, ou tirar o Sarney, mas impedir o governo Lula e Dilma de governar".O líder da bancada na Assembleia, deputado Rui Falcão, criticou o modo como o governo tucano do Estado se apropria das obras do Governo Federal. Ele enfatizou a necessidade do PT chamar os partidos para um programa de governo de oposição alternativo e apresentar o candidato petista. "Não somos exclusivistas, mas não aceitamos que a condição para aliança seja que o candidato não seja do PT e não venham nos dizer que não temos nomes", afirmou.O presidente do PT paulistano, o vereador José Américo, disse que as caravanas foram um passo muito importante, ao mostrarem que o partido tem energia e organização. "Precisamos fazer São Paulo andar no ritmo do Brasil, pois este Estado nunca esteve pior", disse, citando o problema da educação e da segurança pública. O líder da bancada na Câmara, vereador João Antônio, destacou o papel de cada vereador petista "na trincheira para sustentar aquilo que a cidade conquistou a duras penas na administração de Marta Suplicy". "E vamos trabalhar para garantir o terceiro mandato que conseguiu colocar o Brasil no lugar onde deveria sempre estar e que as elites não conseguiram", disse o parlamentar.

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