terça-feira, 24 de agosto de 2010

Agora é Lelo lá!

Companheiros internautas,

durante o período eleitoral, estaremos direcionando as nossas notícias para o site:
O nosso Deputado Estadual

acessem

Agora é Lelo lá!!!

Saudações

Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadore de Botucatu
Rua Nelo Cariola, 456 - Centro
Horário de Atendimento: segunda à sexta, das 08h00 às 18h00

O PT de São Manuel apóia a candidatura de Lelo Pagani à Deputado Estadual

"O Diretório do Partido dos Trabalhadores de São Manuel, por sua diretoria executiva, tendo a frente o presidente Pedro Luís Biandan, utilizando este espaço democrático do amigo radialista nº.1 do rádio sãomanuelense, Sandro Dálio, torna público o apoio regional ao candidato a deputado estadual pelo PT de Botucatu, Lelo Pagani.

Amigo já de alguma data, Lelo é professor da Unesp e também vereador no segundo mandato pela vizinha cidade de Botucatu, tendo obtido nas últimas eleições municipais o dobro de votos da primeira legislatura.

No mandato passado foi líder do prefeito Ielo na Câmara e na atual legislatura é lider da oposição.

Em reunião recente com o candidato, com lideranças do PT e com a coordenação de campanha, o PT de São Manuel, resolveu apoiar regionalmente o amigo Lelo Pagani, pela proximidade que mantemos com o PT de Botucatu e também pelo projeto apresentado pelo candidato, o qual inclui não só a cidade de Botucatu, mas toda a região e em especial a parte do projeto dirigida à São Manuel.

As lideranças regionais do PT, vem fazendo em muitas cidades, as chamadas dobradinhas com candidatos a deputados estaduais e federais, estabelecendo coligações regionais.

Em São Manuel, colocando em prática a nova postura do PT, não vai ser diferente, estamos tornando público e também inédito nas linhas do partido aqui em São Manuel, o apoio total a candidatura à reeleição do deputado federal Miltom Monti, por entender o partido, ser a hora de fortalecer as lideranças partidárias regionais, a necessidade de aproximação permanente com o governo federal através de um representante local e pela bagagem e experiência política que traz o deputado e conterrâneo Miltom Monti.

São Manuel, 17 de agosto de 2010"

sábado, 21 de agosto de 2010

Datafolha: Após horário eleitoral, Dilma aumenta a vantagem sobre Serra

Após as indicações do Ibope e do Vox Populi, agora é a vez do Datafolha mostrar que cresceram as chances de Dilma Rousseff vencer a eleição presidencial em primeiro turno no dia 3 de outubro próximo. Segundo o instituto, a candidata já alcançou 54% das intenções de votos válidos (desconsiderados os brancos e nulos).
O Datafolha divulgou hoje (21) o levantamento, feito ontem (20), que aponta Dilma com 47% das intenções, bem à frente de José Serra do PSDB (30%) e Marina Silva do PV (9%). A vantagem da candidata dobrou em relação ao levantamento realizado entre os dias 9 e 12 de agosto, quando a petista estava com 41%, o tucano tinha 33% e a candidata verde registrava 10%.
São três motivos apontados pelo Datafolha para a ampliação da liderança: influência da TV, votos das mulheres e desempenho melhor na região Sul. "Os que viram o horário eleitoral alguma vez desde que começou, na terça-feira [dia 17 de agosto], são 34%. Entre os que assistiram a propaganda, Dilma tem 53% e Serra, 29%", diz a reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Os diretores do Datafolha, Mauro Paulino e Alesandro Janoni, são categóricos sobre o peso da TV no cenário atual: "A TV prova mais uma vez seu poder de alcance e penetração nos mais diversos estratos da população brasileira, inclusive naqueles onde o acesso à informação é raro. Oficializadas as candidaturas, a cobertura das eleições na mídia, especialmente na TV, se intensificou".

Mulheres e Sul
No entanto, o movimento mais forte ocorreu entre as mulheres. Na pesquisa anterior do Datafolha, havia empate técnico de 35% entre Dilma e Serra. Agora, a candidata abriu simplesmente 12 pontos percentuais de frete: 43% contra 31% de Serra. No segmento dos homens, ela tem uma vantagem ampla de 52% contra 30% do tucano.
Nos três estados do Sul, o Datafolha mostra agora um empate técnico de 38% para Dilma e 40% para Serra. Há um mês, o tucano tinha uma liderança de 45% a 32%.
A pesquisa de ontem do Datafolha ouviu 2.727 eleitores. As intençõe de voto em branco, nulo ou nenhum são de 4%, e os indecisos, 8%. A margem de erro é de dois pontos percentuias para mais ou para menos.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dilma visita CNBB e afirma que acesso à água será prioridade em seu governo

A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, fez uma visita à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) onde garantiu que dará atenção à universalização da água, assim como fez com a energia elétrica por meio do programa Luz para Todos.
Diante da preocupação do presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, a candidata afirmou que pretende estabelecer metas de ampliação do acesso à água e lembrou que a instalação de cisternas e a interligação das bacias do São Francisco vão beneficiar as comunidades do semiárido nordestino.
“É uma questão de grande sensibilidade de Dom Geraldo. Vamos colocar e perseguir metas. A meta é, sobretudo, um desafio”, disse a candidata.

Casa própria
Dilma acredita que será cumprida a meta de 1 milhão de casas até 2010, prevista no programa Minha Casa, Minha Vida. Ao pedir uma “avaliação isenta” dos números, ela alertou que a construção de 590 mil moradias já foi contratada. Para a segunda edição do programa, estão previstas 2 milhões de casas até 2014.
“É até possível fazer mais, porque aprendemos como fazer. Mas a Caixa já deu um show ao contratar 590 mil casas. É uma vitória desse país voltar a ter programa habitacional”, disse a candidata, atribuindo ao aquecimento da indústria da construção civil parte dos 14 milhões de empregos criados no governo Lula.
“Os 14 milhões de empregos não caíram do céu. Além das indústrias naval e da construção civil, que voltaram a funcionar, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é um grande gerador de mão de obra.”

Igreja
Dilma ressaltou o papel da Igreja no reforço dos valores, mesmo em um Estado laico como o Brasil, e lembrou a reação dos bispos à ditadura militar. “Eu me considero grande devedora da CNBB. Os bispos do Brasil tiveram a ousadia de se levantar contra o processo de fechamento que o país vivia. E muitos foram responsáveis pela sobrevivência de muita gente.”

O sentido histórico de uma candidatura (e de um programa)

O primeiro programa de Dilma na TV cala tão mais fundo quanto mais percebemos os elos de ligação da jornada que ele apresenta e a oportunidade histórica que essa eleição oferece de religar fios dessa trama que, em função de algumas doloridas derrotas, acabaram ficando soltos pelo caminho.

por Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior

O primeiro programa de TV da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República calou fundo. E a emoção que despertou não foi resultado de um truque de marketing. A excelência técnica, neste caso, foi submissa ao sentido histórico da candidatura. Entregou-se por inteiro, de joelhos – a qualidade de imagem, de edição, de som, de roteiro –, para narrar um pedaço da história recente do Brasil e para apresentar uma importante personagem dessa história. A imagem de abertura é simples e poderosa: uma estrada, um veículo e somos convidados a seguir em frente com as nossas crenças, paixões e compromissos. Essa jornada, no programa, não é uma invenção aleatória, mas sim um trajeto muito bem situado historicamente. Tem passado, presente e futuro. E estabelece nexos entre eles.
Há vários detalhes que devem ser destacados. Nos programas vitoriosos de Lula, em 2002 e 2006, a ditadura militar não foi tema no debate eleitoral. Agora, aparece já no primeiro programa de Dilma. Por duas razões. Os adversários de Dilma querem usar contra ela seu passado na luta armada contra a ditadura militar, apresentando-a como uma “terrorista”. O expediente, explicitado didaticamente na capa da revista Época, já depõe contra o candidato José Serra que, supostamente, também foi perseguido pela ditadura militar. Se não foi supostamente, ou seja, se foi de fato, não deveria jamais autorizar esse tipo de argumento autoritário e aliado do fascismo que governou o país por aproximadamente duas décadas. Mas o tiro da Época saiu pela culatra e ajudou a consolidar, na figura pública de Dilma, uma dimensão histórica que não era desejada por seus adversários (não deveria ser ao menos). A capa da revista vai, entre outras coisas, inundar o país com milhares de camisetas como a fotografia de uma mulher que entregou-se de corpo e alma na luta em defesa da democracia. Então, ela não é apenas uma “gerentona linha dura”, sombra de Lula, sem história nem passado. A candidata não só tem passado, como o resgate desse passado parece incomodar o candidato Serra, ele também, supostamente, um resistente da ditadura.
Isso não é pouca coisa. Como tantos outros brasileiros e brasileiras valorosos, Dilma participou da resistência armada contra um regime criminoso que pisoteou a Constituição brasileira e depôs um presidente legitimamente eleito. E a palavra legitimidade adquire um sentido muito especial neste caso. A transição da ditadura para a democracia, como se sabe, ocorreu com muitos panos quentes e mediações. Muita coisa foi varrida para debaixo do tapete por exigência dos militares e seus aliados civis conservadores. E agora, uma filha da geração dos que lutaram contra a ditadura apresenta-se como candidata a disputar o posto mais alto da República. Mais ainda, como candidata a dar prosseguimento ao governo do presidente com a maior aprovação da história do país. Um presidente saído das fileiras do povo pobre, sindicalista, que também participou da luta contra o regime militar e ajudou a acelerar a transição para a democracia.
Dilma representa, portanto, a linha de continuidade de uma luta interrompida pelo golpe de 1964, retomada no processo de redemocratização e que hoje materializa-se em um governo com aproximadamente 75% de aprovação popular. Ela representa também a possibilidade de outras retomadas para fazer avançar a democracia brasileira. Em outras palavras, é uma candidatura com sentido histórico bem definido, um sentido que remonta a um período anterior inclusive ao golpe militar de 1964. Quando Dilma diz que olha o mundo com um olhar mineiro e que pensa o mundo com um pensamento gaúcho, não está fazendo um gracejo regionalista, mas sim retomando uma referência histórica que remonta à primeira metade do século XX e que, ainda hoje, causa calafrios nas elites econômicas e políticas de São Paulo. Essas são algumas das razões pelas quais o programa de Dilma calou fundo. Ele fala da história do Brasil, de algumas das lutas mais caras (na dupla acepção da palavra, querida e custosa) do povo brasileiro, de vitórias e derrotas. Isso transparece em suas palavras e em seu olhar. Há verdade aí, não invenção de propaganda eleitoral. Ela viveu aquilo tudo e tem hoje a oportunidade de conduzir o Brasil nesta jornada, na estrada que nos leva todos para o futuro.
Passado, presente e futuro não são categorias isoladas e aleatórias. Um não existe sem outro. São diferentes posições que assumimos nesta estrada que aparece no programa. É um programa que cala tão mais fundo quanto mais percebemos os elos de ligação nesta jornada e a oportunidade histórica que essa eleição oferece de religar alguns fios dessa trama que, em função de algumas doloridas derrotas, acabaram ficando soltos pelo caminho.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Saiba o que a Dilma falou no Debate Folha/UOL

"O PFL [atual DEM], quis acabar com o ProUni na Justiça . O que teria acontecido e o que você [Serra] diria aos 704 mil alunos beneficiados? A questão ainda tramita e os estudantes, em maioria afro-descendentes, podem ficar sem oportunidade"

“Entendo que vocês [a imprensa] procurem sempre um acontecimento súbito. Agora, acredito que não são as pesquisas que decidem a eleição. Até lá, quanto mais a gente debater, é melhor para o eleitor. Contribui mais para o processo de decisão do eleitor do que altos e baixos em pesquisa.”

"A diferença é que nós reconhecemos que votamos errado. Nós, hoje, aprovamos a lei de responsabilidade fiscal, aprovamos perfeitamente o Plano Real."

"Acho um verdadeiro absurdo um candidato a presidente da República [Serra] dizer que o Enem está desmoralizado porque uma gráfica, que está sendo investigada, vazou as provas. Sabemos que qualquer sistema no mundo é passível de ser vazado."

“Acredito que esse seu número [de Serra, sobre impostos e investimentos] seja bastante antigo. A última vez que mencionou era de 2008. Então, era bom atualizar e ver se essa sua informação tem consistência.”

“Diante da crise, tivemos uma reação muito clara. Reduzimos IPI de automóvel, da linha branca, da construção civil. Fizemos todo um esforço de redução tributária para manter a economia funcionando.”

“Acho que você, Serra, teve uma avaliação errada da crise. Você supôs que ela ia ser mais profunda do que foi. Até seria se a gente utilizasse os padrões vigentes no Brasil do governo anterior, do Fernando Henrique Cardoso.”

"Havia no governo federal uma coisa chamada fila burra, na época do governo Fernando Henrique, que não deixava investir em saneamento. Se o primeiro da fila não apresentava os documentos necessários, então o segundo não podia fazer nada."

"No Rio, estamos botando R$ 40 bilhões [em saneamento], enquanto o governo Fernando Henrique botava R$ 300 bilhões no Brasil todo."

"Sou uma política não tradicional. Não tive experiência parlamentar, mas administrativa dentro do governo eu tive bastante. Poucas pessoas passaram por um escrutínio tão pesado quanto eu nos últimos 3 anos."

"Não acredito que tenha uma mulher que seja favorável ao aborto. São situações a que as mulheres recorrem no desespero. Eu pessoalmente não sou a favor do aborto. Agora, acho que o Brasil tem de ter política de saúde pública que permita a mulher ser protegida."

“A estabilidade do real foi uma conquista do governo Fernando Henrique. Em parte. Porque nós recebemos do governo uma taxa de inflação em descontrole, uma dívida externa elevadíssima.”

“Hoje emprestamos ao fundo monetário e controlamos a inflação. Tivemos de ter o trabalho de estabilizar o Brasil. Esse momento de estabilidade com crescimento econômico é conquista nossa. Parte do processo pelo qual criaram a estabilidade do real aconteceu [no governo FHC], mas nos entregaram um pouquinho quebrado.”

"Numa campanha presidencial, a gente escala todo dia o Everest."

"A nossa proposta é um caminho que aponta para o futuro. É um caminho que significa continuidade e avanço do que o que está sendo feito pelo governo do presidente Lula. Com mais emprego, mais crescimento, mais igualdade e mais distribuição de renda."

"Em apenas sete anos e meio, nosso governo mudou o Brasil. Precisamos garantir que esse processo de mudança avance. Precisamos que ele faça sem interrupção e sobressaltos."

"Acho que, no Brasil, a internet ainda é muito cara. Tivemos um tempo muito grande para recuperar as fibras ópticas que o governo Fernando Henrique havia entregue para uma empresa."

"Não trabalho com essa avaliação [vencer no primeiro turno]. Eleições a gente ganha no dia 3 de outubro, não antecipadamente."

Lula X FHC: o que mudou para o Brasil

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Veja o primeiro programa da Dilma na TV

Vox Populi mostra Dilma 16 pontos à frente do tucano José Serra

A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje, de acordo com a pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada nesta terça-feira.
Dilma teria 45% das intenções de voto, contra 29% do presidenciável tucano, José Serra, e 8% da candidata do PV, Marina Silva. Para vencer a disputa no primeiro turno, a quantidade de votos válidos contabilizados por um determinado candidato deve ser superior à soma dos votos obtidos pelos demais concorrentes.
Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto, 5% declararam voto branco ou nulo e outros 12% se disseram indecisos. A pesquisa estimulada, que mostra os nomes dos candidatos para os entrevistados, foi feita entre os dias 7 e 10 de agosto, após o primeiro debate entre os presidenciáveis, realizado pela Band no dia 5 de agosto.
O melhor desempenho de Dilma é na região Nordeste, e o pior é na região Sudeste. Em Pernambuco, ela teria 66% dos votos, contra 19% de Serra. Já o tucano tem seu melhor desempenho na região Sul e, o pior, no Nordeste. Em São Paulo, Estado que governou até abril, Serra teria 40% dos votos, contra 33% da petista.
O instituto entrevistou 3 mil pessoas em 219 municípios de todos os Estados, do Distrito Federal e excluindo Roraima. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 22.956/10. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.
Dilma também aparece na frente na pesquisa espontânea, com 32% das intenções de voto, ainda segundo a Vox Populi/Band/iG. José Serra aparece em segundo, com 18%, e Marina Silva em terceiro, com 5% das intenções de voto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não é candidato, foi citado por 3% dos entrevistados. Outros 6% disseram votar nulo ou branco e 34% não sabem em quem votariam.
Na última pesquisa Vox Populi, publicada em 22 de julho, a candidata petista tinha 41%, contra 33% de Serra e 8% de Marina. Outros 4% declararam votar em branco ou anular e 13% estavam indecisos.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Delegados de polícia de São Paulo desmentem Serra

A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) divulgou nota à imprensa desmentindo José Serra (PSDB).
O demo-tucano afirmou na sexta-feira, que seria uma ‘bobagem’ a afirmação feita por Dilma Rousseff (PT), de que os delegados de São Paulo são os mais mal pagos do País.

Segue a nota da Adpesp:

Nota de esclarecimento
Sobre a declaração do candidato à presidência José Serra, que disse ser mentira a informação divulgada pela também candidata Dilma Rousseff, de que os salários dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo são os piores do país.
Diferente do que disse na última sexta-feira (13) o candidato à presidência José Serra, os salários dos delegados de polícia do estado de São Paulo, o estado mais rico do país, são os piores da nação, sim. Clique aqui para ver a tabela, com as suas respectivas fontes.
E isso não é “bobagem”, é apenas uma das aberrações da situação da Segurança Pública paulista. Além da baixa remuneração, hoje são apenas 3,2 mil delegados para os 42 milhões de habitantes. Sem contar que 30% das delegacias do Estado de SP não contam com delegados titulares.
Essa não é a primeira vez que José Serra ignora a situação. Inúmeras foram as investidas dos delegados em conversar sobre reestruturação. Em 2008, o então governador assistiu à maior greve da história da Polícia Civil (59 dias) com a promessa de reformas em dois anos, o que não ocorreu.
As propostas estão no Palácio dos Bandeirantes e visam à melhora de condições na carreira e estruturais.
Recentemente, o governo paulista aprovou o Adicional de Local de Exercício (ALE). O benefício traz ironias como tornar a arrecadação do imposto de renda maior do que o aumento. Vale destacar, também, que o adicional será pago integralmente em apenas cinco anos. O que fica de certeza com o ALE é que pelo menos até 2014 os delegados paulistas continuarão tendo o pior salário do Brasil.
PSDB está processando novamente delegados de polícia – no mesmo dia em que José Serra disse ser “bobagem” a questão salarial dos delegados, o Tribunal Regional Eleitoral de SP, a pedido do partido e seus coligados nas eleições, entrou com um Mandado de Suspensão de campanha publicitária (http://www.adpesp.org.br/campanha) da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de SP – Adpesp.
Alega-se que a Associação esteja fazendo propaganda eleitoral negativa.
Contudo, os números divulgados, como a remuneração, são oficiais. Por isso, a Adpesp reforça que é apartidária e está, como sempre esteve, preocupada apenas em tornar o mínimo razoável as condições de trabalho dos delegados de SP.

Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – Adpesp

domingo, 15 de agosto de 2010

Estratégia de campanha de Serra deu ‘100%’ errado

Todos os planos que José Serra traçara para sucessão de 2010 deram errado. Em consequência, o presidenciável tucano chega à fase do horário eleitoral gratuito, último estágio da campanha, em situação de absoluta desvantagem.
No pior cenário esboçado pelo tucanato, previa-se que Serra iria à propaganda de televisão empatado nas pesquisas com Dilma Rousseff. Deu-se algo mais dramático.
Todos os institutos acomodam Serra atrás de sua principal antagonista. No Datafolha, o fosso é de oito pontos. Vai abaixo um inventário dos equívocos que distanciaram a prancheta do comitê de Serra dos fatos:

1. Chapa puro-sangue: Serra estava convicto de que Aécio Neves aceitaria compor com ele uma chapa só de tucanos. Em privado, dizia que as negativas de Aécio não sobreviveriam a abril. Aceitaria a vice quando deixasse o governo de Minas. Erro.

2. PMDB: O tucanato tentou atrair o PMDB para a coligação de Serra. Nos subterrâneos, chegou-se a levar à mesa a posição de vice. Desde o início, a chance de acordo era vista como remota. Mas o PSDB fizera uma aposta: dividido, o PMDB não entregaria o seu tempo de TV a Dilma. Equívoco.

3. Ciro Gomes: O QG de Serra achava que Ciro levaria sua candidatura presidencial às últimas consequências. Numa fase em que Serra ainda frequentava as pesquisas com dianteira de cerca de 30 pontos, o tucanato idealizou um cenário de sonho.
Candidato, Ciro polarizaria com Dilma a disputa pelo segundo lugar, dividindo o eleitorado simpático ao governo. Mais um malogro.

4. Marina Silva: Serra empenhou-se para pôr de pé, no Rio, a aliança de seus apoiadores (PSDB, DEM e PPS) com o PV de Fernando Gabeira. Imaginou-se que, tonificado, Gabeira iria à disputa pelo governo fluminense com chances de êxito. E o palanque dele roubaria votos de Dilma para Serra e Marina.
Deu chabu. Empurrado por Lula, Cabral é, hoje, candidato a um triunfo de primeiro turno. A vantagem de Dilma cresce no Estado. E Marina subtrai votos de Serra.

5. Sul e Sudeste: O miolo da tática de Serra consistia em abrir boa frente sobre Dilma nessas duas regiões. Sob reserva, Luiz Gonzales, o marqueteiro de Serra, dizia: O Nordeste é importante, mas nossas cidadelas são o Sul e o Sudeste.
Acrescentava: Não podemos perder de muito Nordeste. E temos de ganhar muito bem no Sul e Sudeste. As duas premissas fizeram água. Ampliou-se a vantagem de Dilma no Nordeste. E ela já prevalece sobre Serra também no Sudeste.
Há 20 dias, Serra batia Dilma em São Paulo e era batido por ela no Rio. Em Minas, a situação era de equilíbrio. Hoje, informa o Datafolha, a vantagem de Dilma (41%) ampliou-se em dez pontos no Rio. Serra (25%) enxerga Marina (15%) no retrovisor.
Em Minas, Dilma saltou de 35% para 41%. E Serra deslizou de 38% para 34%. Em São Paulo, o tucano ainda lidera, mas sua vantagem sofreu uma erosão de sete pontos. Resta, por ora, a “cidadela” do Sul, insuficiente para compensar o Nordeste. Pior: Dilma fareja os calcanhares de Serra também nesse pedaço do mapa.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, a vantagem de Serra caiu, em 20 dias, de 12 pontos para oito. No Paraná, encurtou-se de 15 pontos para sete.

6. Plebiscito: Lula urdira uma eleição baseada na comparação do governo dele com a era FHC. Serra e seu time de marketing deram de ombros. Como antídoto, decidiram promover um confronto de biografias: a de Serra contra a de Dilma.
Entre todos os equívocos, esse talvez tenha sido o mais crasso. Ignorou-se uma evidência. Do alto de sua popularidade lunar, Lula tornou-se o eixo da campanha. Tudo gira ao redor dele.
Lula transferiu votos para Dilma em proporção nunca antes vista na história desse país.

7. Debates e entrevistas: Em sua penúltima aposta, o grão-tucanato previra que Serra, por experiente, daria um baile em Dilma nos confrontos diretos. Não deu.
Reza a cartilha dos marqueteiros que, nesse tipo de embate, o candidato que vai bem não ganha votos. Porém, o contendor que dá vexame sujeita-se à perda de eleitores. Para o PSDB, o vexame de Dilma era certo como o nascer do Sol a cada manhã.
No primeiro debate, promovido pela TV Bandeirantes, o escorregão não veio. Na entrevista ao “Jornal Nacional”, também não. Serra houve-se bem nos dois eventos. Porém, ao esquivar-se do desastre, Dilma como que ombrou-se com ele.

8. Propaganda eletrônica: Começa nesta terça (17) a publicidade eleitoral no rádio e na TV. O comitê tucano vai à sua última aposta. No vídeo, insistir na exposição da biografia do candidato. Serra será vendido como gestor experiente.
Vai-se esgrimir a tese de que Serra –ex-secretário de Estado, ex-deputado, ex-senador, ministros duas vezes, ex-prefeito e ex-governador— está mais apto do que Dilma para continuar o que Lula fez de bom e avançar no que resta por fazer.
Até aqui, o discurso não colou. Na propaganda adversária, o próprio Lula se encarregará de dizer que a herdeira dele é Dilma, não Serra. A julgar pelas pesquisas, o eleitor parece mais propenso a dar crédito ao dono do testamento.

Fonte: Uol
Escrito por Josias de Souza

Mercadante vai criar museu do Hip Hop

A escravidão acabou oficialmente há 122 anos. Mesmo assim, a inclusão social dos afro-descendentes ainda não se completou em nossa sociedade. O sistema de cotas em universidades públicas é, por enquanto, apenas um grão positivo nessa areia da desigualdade social. Aloizio Mercadante sabe disso. Defendeu o sistema de cotas e foi além: “Queremos em São Paulo uma política de inclusão social e de reconhecimento histórico dessa comunidade que é fundamental para a riqueza do Estado, para nossa identidade cultural e proponho a criação de cotas também nas Escolas Técnicas e nas Fatecs”.
O candidato do PT ao governo de São Paulo conversou com o pessoal da Educafro (Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes, rede de cursinhos pré-vestibulares comunitários, que é uma entidade do movimento negro, sem fins lucrativos que luta por justiça). A Educafro promove a inclusão de negros nas universidades públicas e particulares. E Mercadante quer usar o exemplo do governo federal em São Paulo. O governo Lula foi responsável pela criação da Secretaria de Combate ao Racismo, além do Programa Universidade para Todos (ProUni). Lá no ProUni, 20% das vagas são destinadas aos afro-descendentes.
Mas não para por aí. Mercadante destacou a importância cultural que vem dos bairros populares e defendeu a criação do Museu do Hip Hop: “É preciso colocar o hip hop no centro da discussão e da reflexão da cultura em nosso Estado. Esse é um compromisso que eu quero assumir”. Mercadante sabe que o movimento hip hop tem capacidade e força para mobilizar a juventude na produção cultural. Por isso, usando o exemplo federal, pensando nas comunidades de bairros populares, defendendo e ampliando o sistema de cotas, o senador completa: “Vamos criar oportunidades aos negros que carregam o passado da escravidão e que nunca tiveram a oportunidade no Brasil como tiveram com o governo Lula, e queremos que isso avance em São Paulo também”.
Tudo para que o grão de areia vire uma praia de igualdade social.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bom final de semana

Dilma abre oito pontos sobre José Serra

A nova pesquisa Datafolha, divulgada a quatro dias do início do horário eleitoral na televisão, que começa em 17 de agosto, aponta a candidata Dilma Rousseff (PT) com 41% das intenções de voto, oito pontos à frente do adversário tucano José Serra, que registra 33%. No levantamento divulgado nesta sexta-feira (13), a candidata do PV, Marina Silva, se manteve estável com 10%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.
Na pesquisa anterior do Datafolha, realizada entre os dias 20 e 23 de julho, com 10.905 entrevistados, Serra estava com 37% e Dilma com 36%, tecnicamente empatados de acordo com a margem de erro de dois pontos percentuais. Marina tinha 10%.
No levantamento divulgado nesta sexta, os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Zé Maria (PSTU), Ivan Pinheiro (PCB), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Rui Pimenta (PCO) foram incluídos na pesquisa, mas não pontuaram. O percentual de eleitores que vota branco ou nulo ficou em 5%, enquanto os indecisos são 9%.
Numa simulação de segundo turno, o cenário repete o da última pesquisa: a petista tem 49% contra 41% do tucano. Brancos e nulos ficaram em 5%, mesmo percentual de indecisos. Na sondagem anterior, publicada no final do mês de julho, Dilma ficava numericamente à frente de Serra, mas dentro da margem de erro: a petista tinha 46% contra 45% do tucano.
Encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela Rede Globo, a pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 12 de agosto, com 10.856 entrevistados, em 382 municípios, e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 6 de agosto de 2010, sob o número 22734/2010.

Segundo turno
A simulação de segundo turno feita pelo Datafolha também mostra que a vantagem de Dilma sobre Serra subiu e agora é de oito pontos percentuais (49% a 41%). Há 20 dias, era de só um ponto (46% a 45%).
Na intenção de voto espontânea, Dilma aparece em ascensão: 26% dos eleitores dizem, antes de receber o cartão circular com os nomes de todos os candidatos, que votarão nela (no final de julho, essa taxa era de 21%).
Serra manteve os 16% de citações espontâneas que registrou no levantamento anterior, enquanto 43% dos entrevistados não sabem dizer, sem serem estimulados pela relação de nomes, em quem vão votar.
A rejeição dos eleitores não sofreu alterações: 28% deles não votariam em Serra (contra 26% há 20 dias). Dilma é reprovada por 20% (um ponto percentual a mais que em julho).

Agenda 13.555

Segue abaixo agenda do Nosso Deputado Estadual Lelo Pagani - 13.555

Data: Sábado - 14 de agosto
Horário: a partir das 09h30
Local: Concentração na Praça do Bosque
Atividade: Corpo a corpo com eleitores na rua Amando de Barros

Data: Domingo - 15 de agosto
Horário: 10h00
Local: Sede do PT - Rua Nelo Cariola, 456 - Centro
Atividade: Reunião com Carlão, candidato à Deputado Federal, e grupo de apoio de Professores da região de Botucatu.

Vamos juntos com nosso povo conquistar o espaço que a Região de Botucatu merece na Câmara dos Deputados!!!

Diretório Municipal PT Botucatu
Coordenação Campanha Lelo Pagani
13.555 - O nosso Deputado Estadual
Fone: (14) 3813-5300

DIA DE MERCADANTE: 13 de agosto mostra força de Mercadante nas ruas

Desde a madrugada, bandeiras da campanha Governador Mercadante saíram às ruas para avermelhar a sexta-feira, 13 de agosto. Foi o Dia de Mercadante, quando candidatos proporcionais de toda a Coligação, em todo o estado, doaram um dia de sua campanha para o candidato a governador. Em São Paulo, lideranças do PT como o prefeito Luiz Marinho, de São Bernardo do Campo, começaram o dia na porta da fábrica da Ford, saudando os operários que chegavam pra trabalhar.
O candidato a governador, após descansar do intenso primeiro debate da Band, foi à Guarulhos para uma caminhada com cerca de 500 militantes pelas ruas da cidade. Muitas bandeiras, panfletos, adesivos e barulho avermelharam as ruas da cidade da Grande São Paulo, governada pelo PT. Por todo o interior do estado, agendas de mobilização em áreas de grande concentração das cidades foram divulgadas.
Com o debate na TV e o Dia de Mercadante, a campanha dá a largada e começa a chegar à "boca do povo". Nos próximos dias, começam a ser veiculados os programas do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, ocupando o dia-a-dia da população com os temas da campanha da Coligação União Para Mudar.

Dia de Mercadante


Hoje, sexta-feira 13, a coligação "União pra Mudar", que tem como candidato a governador o companheiro Aloizio Mercadante, estará realizando o Dia de Mercadante, que mobilizará a militância em todo o estado de São Paulo.

Em Botucatu, o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, estará realizando a mobilização a partir das 15h30, com a concentração na Praça do Bosque e diversas atividades no centro da cidade.

A população botucatuense e os partidos que fazem parte da coligação “União pra Mudar” (PT / PDT / PTN / PSDC / PRP / PRTB / PTdoB / PCdoB / PRB / PR), estão convidados à participar deste momento importante da campanha que levará Mercadante ao governo do estado.

Mais informações pelo telefone: 3813-5300

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Candidatos frente a frente na Band

Animação não falta. Aloizio Mercadante vai participar do primeiro debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, que será realizado nesta quinta-feira (12/08), 22h, na Band. O candidato do PT afirma que este será o momento mais importante da campanha, onde os candidatos estarão frente a frente, expondo suas ideias.
Depois de muito estudo, depois de ouvir e debater com os setores representativos da população, chegou a hora. “Vamos com muito argumento e base técnica para defender o nosso projeto”, diz Mercadante. “Fizemos seis seminários, com cerca de mil participantes, cada um para elaborar nossas propostas”, afirma o senador. Mercadante mostra tranquilidade sobre a possibilidade de o debate na Band ser “quente”. “Tenho uma longa vida política, fui líder do governo Lula por sete anos e meio e enfrentei os mais difíceis debates da oposição”.
Sobre os principais assuntos do debate desta quinta-feira na Band, Mercadante diz que “há uma grande inquietação em relação à Segurança Pública no estado, e uma grande preocupação com os pais que têm filhos nas escolas públicas”.
22h, dia 12 de agosto, na Band. Mercadante vai dizer o que pensa e mostrar qual poderá ser a nova cara de São Paulo. Assista!

Mercadante fala das tarifas dos pedágios

O SPTV 2ª edição acompanhou o dia do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, nesta quarta-feira (11/08), em Diadema, no ABCD Paulista. Ele falou sobre o valor dos pedágios e que pretende renegociar os contratos para diminuir os preços. "Nós queremos implantar o sistema de pagamento por quilômetro efetivamente rodado", afirmou.

Veja a reportagem completa no site g1.com

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Prefeituras acusam descaso da Sabesp na expansão do saneamento

Prefeitos da região oeste da Grande São Paulo acusam a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de descaso no atendimento de saneamento básico. Desde novembro de 2009, os prefeitos de sete cidades reuniram-se na Câmara Técnica Intermunicipal de Saneamento, que pressiona a estatal por metas, mas consideram que os problemas estão distantes de serem solucionados.
Só neste ano, nove reuniões da câmara foram realizadas. Os representantes das prefeituras de Barueri, Osasco, Santana de Parnaíba, Carapicuíba, Pirapora, Jandira e Itapevi reclamam da má-qualidade dos serviços prestados, das constantes falhas no abastecimento de água e da deficiente cobertura do tratamento de esgoto.
Um cronograma em conjunto foi traçado em discussões entre as prefeituras e a Sabesp, com detalhes sobre a realização das obras. No calendário, a universalização dos serviços era prevista entre 2016 e 2018. Nas reivindicações, a frente de prefeitos conseguiu que o prazo máximo se reduzisse a 2012.
Em Barueri, a promessa é de que até essa data toda a população contará com os serviços de tratamento de esgoto, atualmente em 20% do total. “Os resultados só foram possíveis pela pressão e mobilização junto à companhia, falta agora fazer com que se cumpram os prazos”, disse José Mendes, diretor técnico de obras da Secretaria de Projetos e Construções de Barueri e presidente da câmara intermunicipal.
Mendes afirmou que está levando a questão adiante “Estamos programando fazer uma reunião maior, uma espécie de convenção, para que outros municípios da região do Alto Tietê também possam participar das discussões”, completou.

Decisões duvidosas
Para Valdir Ribeiro, diretor de obras de Osasco, a briga com a Sabesp tornou-se constante. Segundo o diretor, apesar de haver um cronograma a ser seguido, as decisões são arbitrárias. “Questionamos o grau de prioridade que a companhia estabelece para a realização das obras, pois os critérios usados são incompatíveis com as necessidades”, afirmou Ribeiro.
O vereador Toninho Kalunga de Cotia, afirma que os problemas são encontrados também em outras cidades que não fazem parte da câmara, como é o caso de Cotia. "A cidade não recebe nenhum investimento no setor há 30 anos. Os problemas já passaram da questão política e viraram um descaso total". Referindo-se ao fato de, tanto em Cotia como em outras cidades da região, embora sejam governadas pelo PSDB – mesmo partido do governador em exercício Alberto Goldman – a situação é a mesma.
Em algumas das cidades, as autoridades já iniciaram um contato com outros municípios que têm os serviços de saneamento municipais ou privados, para que experiências pudessem ser trocadas. Mas Valdir Ribeiro pondera: “O processo não é simples por se tratar de concessões; e também porque devemos explicações à população e necessitamos de resultados rápidos”.

Lula dá flor a Dilma pela paciência no JN diante da grosseria de Bonner

Durante o comício em Belo Horizonte na noite desta terça-feira, o presidente Lula deu uma rosa à candidata Dilma Rousseff por ter mantido a "calma" na entrevista dada na véspera ao Jornal Nacional:
"Dilma, pela tua paciência, pela tua grandeza, queria te dar essa rosa e dizer pra você: não fique nervosa nunca, não perca as estribeiras nunca, não aceite provocação nunca, porque a verdade nua e crua é que tem muita gente com medo que uma mulher possa provar que tem mais capacidade de fazer muita coisa do que os homens já fizeram", disse Lula em um discurso inflamado em que atacou frontalmente a oposição.
Dilma foi a primeira presidenciável entrevistada por William Bonner e Fátima Bernardes, da TV Globo. Lula achou os ancoras agressivos com a candidata.
"Eu sinceramente esperava que, pelo fato de ser mulher e candidata, que o entrevistador tivesse um pouco mais de gentileza com a nossa candidata", afirmou ele, levando a plateia aos gritos.
(Da Agência Reuters)

Dilma 9 x 0 Bonner, no Jornal Nacional

Como foi a entrevista de Dilma Rousseff no Jornal Nacional.

William Bonner: O Jornal Nacional dá início nesta segunda-feira a uma série de entrevistas ao vivo com os principais candidatos à presidência da República. Nós vamos abordar aqui temas polêmicos das candidaturas e também confrontar os candidatos com suas realizações em cargos públicos. Claro que não seria possível esgotar esses temas todos em uma única entrevista, mas nas próximas semanas os candidatos estarão também no Bom Dia Brasil e Jornal da Globo.
O sorteio realizado com a supervisão de representantes dos partidos determinou que a candidata do PT, Dilma Rousseff, seja a entrevistada de hoje. Nós agradecemos a presença da candidata. Boa noite, candidata.

Dilma Rousseff: Boa noite.

William Bonner: E informamos também que o tempo de 12 minutos da entrevista passa a contar a partir de agora. Candidata, o seu nome como candidata do PT à presidência foi indicado diretamente pelo presidente Lula, ele não esconde isso de ninguém. Algumas pessoas criticaram, disseram que foi medida autoritária, por não ter ouvido as bases do PT. Por outro lado, a senhora não tem experiência eleitoral nenhuma até esse momento. A senhora se considera preparada para governar o Brasil longe do presidente Lula?

Dilma 1 x 0: Olha, William, olha, Fátima, eu considero que eu tenho experiência administrativa suficiente. Eu fui secretária municipal da Fazenda, aliás, a primeira secretária municipal de Fazenda de capital. Depois eu fui sucessivamente, por duas vezes, secretária de Energia do Rio Grande do Sul. Assumi o ministério de Minas e Energia, tambem fui a primeira mulher, e fui coordenadora do governo ao assumir a chefia da Casa Civil. Como vocês sabem, é o segundo cargo mais importante na hierarquia do governo federal. Então, eu me considero preparada para governar o país. E mais do que isso, eu tenho experiência, eu conheço o Brasil de ponta a ponta, conheço os problemas.

William Bonner: Mas a sua relação com o presidente Lula, a senhora faz questão de dizer que é muito afinada com ele. Junto a isso, o fato de a senhora não ter experiência e ter tido o nome indicado diretamente por ele, de alguma maneira a senhora acha que isso poderia fazer com que o eleitor a enxergasse ou enxergasse o presidente Lula como um tutor de seu governo, caso eleita?

Dilma 2 x 0: Você sabe, Bonner, o pessoal tem de escolher o que é que eu sou. Uns dizem que sou mulher forte, outros dizem que eu tenho tutor. Eu quero te dizer o seguinte: a minha relação política com o presidente Lula, eu tenho muito orgulho dela. Eu participei diretamente com o presidente, fui braço direito e esquerdo dele nesse processo de transformar o Brasil num país diferente, num país que cresce, distribui renda, em que as pessoas têm pela primeira vez, depois de muitos anos, a possibilidade de subir na vida. Então, não vejo problema nenhum na minha relação com o presidente Lula. Pelo contrário, vejo que até é um fator muito positivo, porque ele é um grande líder, e é reconhecido isso no mundo inteiro.

Fátima Bernardes: A senhora falou em temperamento. Alguns críticos, muitos críticos e alguns até aliados falam que a senhora tem um temperamento difícil. O que a gente espera de um presidente é que ele, entre outras coisas, seja capaz de fazer alianças, de negociar, ter habilidade política para fazer acordos. A senhora de que forma pretende que esse temperamento que dizem ser duro e difícil não interfira em seu governo caso eleita?

Dilma 3 x 0: Fátima, estava respondendo justamente isso, eu acho que têm visões construídas a meu respeito. Acho que sou uma pessoa firme, acho que em relação aos problemas do povo brasileiro eu não vacilo, acho que o que tem que ser resolvido prontamente, nós temos que fazer um enorme esforço. Eu me considero hoje, até pelo cargo que ocupei, extramamente preparada no sentido do diálogo. Nós do governo Lula somos eminentemente um governo do diálogo. Em relação aos movimentos sociais, você nunca vai ver o governo do presidente Lula tratando qualquer movimento social a cassetete. Primeiro nós negociamos, dialogamos. Agora, nós tambem sabemos valer a nossa autoridade. Nada de ilegalidade nós compactuamos.

Fátima Bernardes: Agora, no caso, por exemplo, a senhora falou de não haver cassetete, mas talvez a forma de a senhora se comportar. O próprio presidente Lula, este ano em discurso durante uma cerimônia de posse de ministros, ele chegou a dizer que achava até natural haver queixas contra a senhora, mas que ele recebeu na sala dele várias pessoas, colegas, ex-ministros, ministros, que iam lá se queixar que a senhora os maltratava.

Dilma 4 x 0: Olha, Fátima, é o seguinte, no papel, sabe dona de casa? No papel de cuidar do governo é meio como se a gente fosse mãe, tem uma hora que você tem de cobrar resultados . Quando você cobra resultados, você tem de cobrar o seguinte: olha, é preciso que o Brasil se esforce, principalmente o governo, para que as coisas aconteçam, para que as estradas sejam pavimentadas, para que ocorra saneamento. Então tem uma hora que é que nem, você imagina lá sua casa, a gente cobra. Agora, tem outra hora que você tem de incentivar, garantir que a pessoa tenha estímulo para fazer.

Fátima Bernardes: Como mãe eu entendo, mas como presidente não tem uma hora que tem que ter facilidade de negociar, por exemplo, futuramente no Congresso, com líderes mundiais, ter um jogo de cintura ai?
William Bonner Não Deixa Dilma responder e pergunta: O presidente falou em maltratar, não é, candidata?

Dilma Rousseff: Não, o presidente não falou em maltratar, o presidente falou que eu era dura.

William Bonner: Não, ele disse isso. A senhora me perdoe, mas o discurso dele está disponível. Ele disse assim: as pessoas diziam que foram maltratadas pela senhora. Mas a gente também não precisa ficar nessa questão até o fim, têm outros temas.
[Dilma está certa: no contexto das palavras do Presidente Lula, ele em nenhum momento confirma que Dilma "maltratava" companheiros de trabalho. Disse que havia pessoas que queixaram de que teria sido maltratadas, que Dilma "tinha sido muito dura... o que também é normal", nas palavras do presidente. Bonner, diante do telespectador, é quem ficou com imagem de entrevistador que maltrata seus convidados].

Dilma 5 x 0: É muito difícil, depois de anos e anos de paralisia, e houve isso no Brasil. O Brasil saiu de uma era de desemprego, desigualdade e estagnação para uma era de prosperidade. Nós tínhamos perdido a cultura do investimento, aí houve uma força muto grande da minha parte nesse sentido, de cumprir meta, de fazer com que o governo Lula fosse esse sucesso que tenho certeza que está sendo.

William Bonner: A senhora tem na sua candidatura, além do apoio do presidente, alianças formadas. Por exemplo, a do deputado Jader Barbalho, do senador Renan Calheiros, da família Sarney, a senhora tem o apoio do ex-presidente Fernando Collor. São todas figuras da política brasileira, que, ao longo de muitos anos, o PT, o seu partido, criticou severamente, eram considerados como oligarcas pelo PT. Quando foi que o PT errou: quando fez aquelas críticas todas ou está errando agora, quando botou todo mundo debaixo do mesmo guarda-chuva?

Dilma 6 x 0 (um gol de placa): Eu perguntaria outra coisa: aonde foi que o PT acertou? Quando percebeu que governar um país com a complexidade do Brasil implica necessariamente na sua capacidade de construir uma aliança ampla. O PT não tinha experiência de governo e agora tem. Nós não erramos e vou te explicar em que sentido: não é que nós aderimos ao pensamento de quem quer que seja. O governo Lula tinha uma diretriz: focar na questão social, fazer com que o país tivesse a oportunidade, primeiro, de um país que era considerado dos mais desiguais do mundo, diminuir a pobreza em 24 milhões. Um país em que as pessoas não subiam na vida elevou para as classes médias 31 milhões de brasileiros. Para fazer isso, quem nos apóia, aceitando os nossos princípios e aceitando as nossas diretrizes de governo, a gente aceita do nosso lado. Não nos termos de quem quer que seja, mas nos termos de um governo que quer levar o Brasil para um outro patamar.

William Bonner: O resumo é: o PT não errou nem naquela ocasião, nem agora.

Dilma Rousseff: Eu acho que o PT não tinha tanta experiência, eu reconheço isso. Ninguém pode achar que um partido como o PT, que nunca tinha estado no Governo Federal, tivesse, naquele momento, a mesma experiência que tem hoje. Acho que o PT aprendeu muito, mudou, porque a capacidade de mudar é importante.

William Bonner: O PT tem hoje nas costas oito anos de governo, então é razoável que a gente aborde aqui alguma das realizações. Vamos discutir um pouco o desempenho do governo em algumas áreas, começando pela economia. O governo comemora muito melhoras da área econômica, no entanto, o que a gente observa, é que quando se compara o crescimento do Brasil com países vizinhos, como Uruguai, Argentina, Bolívia, e também com os pares dos Brics, os chamados países emergentes, como China, Índia, Rússia, o crescimento do Brasil tem sido sempre menor do que o de todos eles. Por quê?

Dilma 7 x 0: Eu acredito que nós tivemos um processo muito mais duro no Brasil com a crise da dívida e com o governo que nos antecedeu. Eu acho que o Uruguai e a Bolívia são países, sem nenhum menosprezo, acho que os países pequenos têm que ser respeitados, do tamanho de alguns estados menores no Brasil, que é um país de 190 milhões habitantes. Nós tivemos um processo no Brasil muito duro. Quando chegamos no governo, a inflação estava fora de controle. Nós tínhamos uma dívida com o Fundo Monetário, que vinha aqui e dava toda a receita do que a gente ia fazer. Nós tivemos que fazer um esforço muito grande para colocar as finanças no lugar e depois, com estabilidade, crescer. Este ano, a nossa discussão é que estamos entre os países que mais crescem no mundo, estamos com a possibilidade de ter uma taxa de crescimento de 7% do Produto Interno Bruto. Sem fazer comparações, a queda da economia na Rússia no ano passado foi terrível. Criamos quase 1,7 milhão empregos no ano da crise.

Fátima Bernardes: Vamos falar um pouquinho de outro problema, que é o saneamento. Segundo dados do IBGE, o saneamento no Brasil passou de 46,4 para 53,2 no governo Lula, um aumento pequeno, de 1 ponto percentual mais ou menos ao ano. Por que o resultado fraco numa área que é muito importante para a população?

Dilma 8 x 0: Porque nós vamos ter um resultado excepcional a partir dos dados da pesquisa feita em 2010. Talvez uma das áreas em que eu mais me empenhei foi área de saneamento, porque o Brasil investia menos de R$ 300 milhões no país inteiro. Hoje, aqui no Rio, na favela da Rocinha, que eu estive hoje, nós investimos mais de R$ 270 milhões. Nós lançamos o Programa de Aceleração do Crescimento, para o caso do saneamento, na metade de 2007. Começou a amadurecer porque o país parou de fazer projetos. Prefeitos e governadores apresentaram os projetos agora, em torno do início de 2008, e aceleraram. Eu estava vendo recentemente que nós temos hoje uma execução de obras no Brasil inteiro. No Rio, Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Complexo do Alemão. Obras de saneamento, de habitação. A Baixada Santista, em São Paulo, e a Baixada Fluminense aqui no Rio de Janeiro tiveram um investimento monumental em saneamento.

Fátima Bernardes: A gente gostaria agora que a senhora, em 30 segundos, desse uma mensagem ao eleitor, se despedindo da sua participação no Jornal Nacional.

Dilma 9 x 0: Eu agradeço a vocês dois e quero dizer para o eleitor o seguinte: o meu projeto é dar continuidade ao governo do presidente Lula. Mas não é repetir. É a avançar e aprofundar, é basicamente este olhar social, que tira o Brasil de uma situação de país emergente e leva o nosso país a uma situação de país desenvolvido com renda, com salário decente, com professores bem pagos e bem treinados. Eu acredito que é a hora e a vez do Brasil e nós vamos chegar a uma situação muito diferente, cada vez mais avançada no final deste governo em 2014.

O porquê do meu voto em Dilma Rousseff

No dia 3 de outubro de 2010, votarei em Dilma Rousseff para presidente. Lembre-se: o número dela é o 13. Se houver segundo turno em 31 de outubro e a candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) estiver na disputa, votarei novamente nela. No texto que segue, vou explicar a razão do meu voto.
Não vou votar em Dilma Rousseff apenas por um desejo do presidente Lula. Tenho várias críticas ao governo que se aproxima do fim. Mas esse texto não é para explicitar os meus desapontamentos. Essa tentativa de artigo, como escrevi anteriormente, é para explicar a minha opção pela candidatura petista. Para isso, farei uma comparação do governo Lula com a administração anterior, comandada por Fernando Henrique Cardoso (FHC). Afinal, José Serra, o principal candidato da oposição nessas eleições, não custa lembrar, é do mesmo partido do ex-presidente.
Votarei em Dilma não porque o governo Lula tenha alcançado a utopia ou feito brotar mel no sertão, mas porque, mesmo com todos os seus equívocos, ele foi muito melhor do que os oito anos do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) à frente do Palácio do Planalto. Acredito que um governo petista é menos nocivo ao país do que uma administração tucana, o pássaro símbolo do PSDB.
Permitir a volta dos tucanos ao poder seria um retrocesso: Serra encarna o mesmo projeto de FHC. Não por acaso, os tucanos se aliaram novamente ao Democratas (DEM), antigo Partido da Frente Liberal (PFL), dissidência do extinto Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), o partido de sustentação do regime militar. Essa turma mudou de nome, mas jamais mudou de lado. O projeto da coligação PSDB-DEM para o país é, no meu entendimento, reacionário. E é histórico desses dois partidos que me levou a essa conclusão e não um preconceito rasteiro de qualquer tipo, como tem sido o costume em relação ao presidente Lula. Se você é reacionário, retrógrado, sectário ou coisa que o valha já sabe em quem votar.
Serra sempre se coloca como alguém diferente da turma com a qual anda por aí. O tucano, aliás, não se cansa de se apresentar como uma pessoa progressista, até mesmo um legítimo representante da esquerda. José Serra pode (e acredito ser) uma figura mais progressista dentro de um partido deveras conservador e de uma coligação sabidamente entreguista e potencialmente golpista. Pode até mesmo, talvez, ser um estranho no ninho. Mas, ainda assim, não podemos ignorar o ninho de onde ele saiu e para onde volta quando sente fome de poder.
A companhia de Serra é conservadora demais para um país tão desigual. Se aqui fosse a Suécia ou a Dinamarca, como alguns tucanos creem, determinadas diretrizes governamentais poderiam, quem sabe, ser aceitáveis, mas nossa desigualdade social não é compatível com a idéia de Estado do PSDB. É por causa da ausência de um poder republicano de fato que o nosso país, ainda hoje, é um lugar em que o cidadão é achincalhado cotidianamente. Não há, em todo o planeta, país com o tamanho da nossa economia que chegue perto da nossa concentração de renda obscena. Não se trata de uma teoria extravagante: seguidos relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema comprovam isso.
Mas vamos comparar alguns dos números oficiais disponíveis sobre os dois governos já mencionados (o de Lula e o de FHC). De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos anos Lula e FHC foi, respectivamente, de 4,20% e 2,32%. O PIB, para quem não sabe, representa a soma de todas as riquezas produzidas no país durante um ano.
Alguns dirão o seguinte: durante o governo Lula a economia mundial cresceu muito mais e ele não enfrentou várias crises como as vividas por FHC. É necessário, diante desse argumento tão frequente, pontuarmos o seguinte: Lula teve de encarar, no final de 2008 e ao longo do ano posterior, uma baita crise. Talvez a maior desde a Grande Depressão, que na década de 30 do século XX quase levou os Estados Unidos à ruína. Além disso, a crise enfrentada pelo petista foi iniciada no centro do capitalismo global.
FHC encarou diversas crises, como a do México (1995) e a asiática (1997-98), mas elas tiveram sua origem na periferia do capitalismo. Portanto, os seus efeitos na economia brasileira, caso essa tivesse o mínimo de condições de resistir, deveriam, em tese, ter sido muito menores. O Brasil, naquela época, era um gigante com pés de barro. Dados econômicos daquele período, como os que vou apresentar a seguir, demonstram o quanto o governo brasileiro estava debilitado. Gravemente doente.
Ao optar por uma política econômica recessiva, para garantir a ilusão da paridade cambial do real frente ao dólar, FHC endividou o país de maneira irresponsável, quiçá, criminosa. Durante o seu governo a dívida pública cresceu 485% (de 153,2 bilhões em 1994 para 896,1 bilhões de reais em 2002). Com a desculpa de sanar as contas do Estado, que já eram ruins, mas que o próprio agravou, FHC privatizou boa parte das estatais, mesmo aquelas lucrativas e que para qualquer país com um tiquinho de visão de longo prazo poderiam ser consideradas estratégicas (caso, por exemplo, da Companhia Vale do Rio Doce).
O processo de privatização foi permeado de corrupção e descaso com o bem público. Sobre o tema recomendo a leitura de “O Brasil Privatizado”, obra do falecido jornalista Aloysio Biondi. Também recomendo a leitura das colunas, sobre o assunto, do também jornalista Elio Gaspari. Não por acaso, ele usa o neologismo “privataria” para descrever o processo de privatização promovido pelos tucanos.
A história de que FHC enfrentou um período econômico difícil é somente parte da verdade. É necessário contextualizarmos, coisa que a imprensa, sobretudo a chamada “grande”, não costuma fazer. Durante a era fernandina, os EUA viveram um período de forte crescimento econômico (talvez o mais próspero depois da Segunda Guerra Mundial). Com o real sobrevalorizado, nossas exportações perderam competitividade e teve início um processo de dolorosa e perigosa desindustrialização, o que resultou em aumento do desemprego. E desempregados já existiam aos montes. Na época, os Estados Unidos, governado por Bill Clinton, era o nosso principal parceiro comercial. Poderíamos ter aproveitado parte do “boom” econômico dos ianques, mas FHC preferiu manter uma moeda forte e um país fraco. Afinal, com o real valorizado, ficava muito mais barato ir pra Miami. A classe média adorou a novidade. Muitos economistas, mesmo naquele período de aparente prosperidade, apontaram os riscos dessa política econômica. Cito apenas um: Paulo Nogueira Batista Jr.
A revista Carta Capital, na edição de 10 de março de 2010, lembrou aos leitores que a equipe econômica de FHC acreditava na tese (furada) de que o desenvolvimento do Brasil “se daria pelo financiamento externo.” “Segundo essa teoria, os investidores internacionais atraídos ao País pela privatização e abertura da conta de capitais provocariam um aumento na taxa de investimento da economia e levariam a um ciclo virtuoso de crescimento, inovação tecnológica e geração de empregos”, escreveu o jornalista Sergio Lirio.
“Ministro do Planejamento no primeiro governo FHC, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira sempre foi um crítico dessa teoria e dessa opção. O tempo lhe deu razão”, acrescenta a reportagem da edição 586 de Carta Capital. “Em 1994, tínhamos praticamente zero de déficit em conta corrente e a taxa de investimento da economia era de 17% do PIB. Em 1999, o déficit chegou a 4,7%, mas a taxa de investimento estava estacionada nos mesmos 17%”, recorda Bresser-Pereira. “Tradução: a poupança externa foi usada para financiar o consumo tão celebrado nos primeiros anos do Real (do iogurte à dentadura)”, resumiu Sergio Lirio na mesma matéria.
Lula, o ignorante tão criticado nas correntes virtuais, pegou, espertamente, carona no crescimento chinês ao transformá-lo em nosso principal parceiro econômico. FHC não poderia ter feito o mesmo, durante o seu governo, com o seu aliado Bill Clinton? Lembra dele? Foi presidente, no século passado, do país de maior economia do mundo em um dos períodos mais prósperos da sua história. A mineradora Vale do Rio do Doce, ou simplesmente Vale, tornou-se ainda mais lucrativa após a privatização? Certamente. Isso é fruto da genialidade do seu principal executivo, o economista Roger Agnelli? Em parte. Com a ânsia da China pelo nosso minério de ferro até eu conseguiria manter e ampliar a lucratividade da Vale, com a diferença de que, no caso da empresa ainda ser estatal, os dividendos (leia-se: lucro) da companhia seriam distribuídos entre todos os brasileiros e não somente para alguns acionistas.
Mesmo vendendo boa parte das estatais e aumentando a carga tributária quase que ano após ano, FHC não conseguiu sanar as contas públicas e ainda quebrou o país três vezes. Com Lula, conseguimos nos tornar credores do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com FHC éramos notórios devedores. O Plano Real sempre foi o principal capital político dos tucanos. Na campanha presidencial de 1998, FHC jurou que não iria desvalorizar a moeda. No primeiro mês do segundo mandato, a promessa foi quebrada sem nenhum pudor. Essa era, naquele momento, a garantia da sua então frágil popularidade. Afinal, a nova moeda foi responsável por uma grande conquista: o controle da inflação. Mérito de FHC e do ex-presidente Itamar Franco, que foi o principal fiador do plano. Pouca gente se lembra, mas o Plano Real começou a ser implantado durante o governo do mineiro ironicamente nascido em um navio.
Quando o assunto são reservas internacionais, o ignorante que nos governa dá novamente um banho no sociólogo: durante o governo FHC, em seu ponto mais alto, elas alcançaram 60 bilhões de dólares (1996). No governo Lula, as reservas ultrapassaram os 239 bilhões em 2009 (ano, não custa lembrar, de uma grave crise internacional). Esses são números oficiais: Banco Central e Ipeadata (base de dados macroeconômicos mantida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Tenho a impressão de que o país está, sob o governo Lula, muito mais preparado para enfrentar as crises periódicas do sistema capitalista.
Economia para principiantes: crescimento econômico gera mais empregos. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), durante o governo FHC foram criadas 797 mil vagas formais. Durante a era Lula, que ainda não se encerrou, foram quase 9 milhões de empregos com carteira assinada.
Tem mais: houve, durante o governo Lula, uma notável redução do número de pobres no país. “Entre 2003 e 2009, a pobreza no Brasil caiu 43% e 31,9 milhões de pessoas subiram às classes ABC, o equivalente a mais de meia França”, aponta reportagem do insuspeito jornal Folha de S. Paulo. A matéria, que traz uma entrevista com o economista Marcelo Neri, foi publicada em 13 de junho de 2010.
“Ao contrário de outros ciclos de crescimento, que não distribuíam renda, este é diferente. O que acontece agora não é igual ao que aconteceu no Plano Cruzado (1986) ou no próprio Plano Real (1994)”, avaliou, na mesma matéria, Marcelo Neri, doutor em economia pela Universidade de Princeton (EUA) e chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro.
Enquanto o dito analfabeto (ou semi) conhecido como Lula decidiu combater a pobreza com crescimento econômico e políticas sociais, o candidato a vice-presidente de José Serra, um tal de Indio da Costa, propôs erradicar a miséria impedindo que o cidadão desse esmola ao miserável que, por ventura, viesse a lhe pedir uns trocados.
“Indio começou a defender ideias polêmicas em seu primeiro mandato de vereador do Rio, onde foi fiel escudeiro do então prefeito Cesar Maia. Em 1997, apresentou projeto de lei para punir os cariocas que dão esmola a pedintes”, diz reportagem dos jornalistas Filipe Coutinho e Bernardo Mello Franco. “A proposta”, que classificava mendicância como “vício”, continua a matéria, foi “considerada inconstitucional e acabou numa gaveta da Câmara Municipal.” Talvez matando o pobre de fome, a pobreza acabe, deve ter pensado o chapa de Serra. Atualmente Indio da Costa é deputado federal pelo Democratas do Rio de Janeiro.
Por fim, FHC deu um golpe branco: compraram-se muitas consciências para aprovar a emenda constitucional que garantiu a sua reeleição. Lula nunca tentou nada parecido. Mesmo assim o tucano é apresentado como um democrata (um estadista dos bons) e o petista como um ditador bufão. A chamada “grande” imprensa, no entanto, já faz algum tempo, tem evitado usar argumentos tão abjetos como os citados anteriormente. Agora, Serra é apresentado como competente e Dilma como inexperiente. Ao escrever “competente” e “inexperiente”, o que os jornalões querem dizer é o seguinte: o primeiro é homem e, talvez, um macho bem viril (já que faz questão de dizer que é fanático pelo Palmeiras) e certamente tem “pulso firme” para governar o Brasil; a segunda é mulher e mulher nenhuma tem condições de comandar um país. Além disso, ela parece ser o tipo de mulher emancipada e isso não é um bom exemplo para a mulherada. Não é por acaso que, eventualmente, a candidata petista ainda é chamada de Dona Dilma.
Quando comecei a escrever esse texto, pensei em fazer uma declaração de princípios, mas desisti. A maioria poderia não concordar com minhas idéias (o que só iria prejudicar a minha candidata). Preferi enumerar razões bem mundanas e objetivas para justificar o meu futuro voto. Lula fez um governo bem melhor do que o anterior. E votarei em sua sucessora com convicção. Lula não é analfabeto. Eu também não. E também não sou um analfabeto político. Sei que “o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas”, como bem escreveu um certo Bertolt Brecht. Eu e minha paciente esposa, para dar apenas um exemplo, vivemos de aluguel. Essa é apenas uma das muitas razões para eu me interessar pelas eleições presidenciais deste ano.

Léo Nogueira (ou Leo Gomez) é jornalista e servidor público (concursado), mas já atuou em diversos veículos de comunicação da iniciativa privada

PT-SP recebe coordenadores das Macros em prol do Dia de Mercadante

Na segunda-feira, todos os coordenadores das Macrorregiões do PT-SP estiveram na sede do Diretório Estadual do partido para definir as ações em torno do Dia de Mercadante, que ocorre na próxima sexta-feira (13) para esquentar o clima do início da campanha eleitoral no rádio e na TV. O encontro serviu ainda para que os representantes expusessem suas expectativas e necessidades regionais.
Na mesa, estiveram o coordenador executivo da campanha do Mercadante, Emídio de Souza; o coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), Antônio dos Santos; o coordenador da campanha na capital, Antônio Donato; o vice-presidente do PT-SP, Rafael Marques; e a secretária geral do PT-SP, Silvana Donatti, que apresentaram a programação da campanha para os próximos dias e firmaram o compromisso dos macro-coordenadores na mobilização.
Para Emídio, a reunião aumenta o envolvimento e a proximidade da coordenação da campanha e da direção estadual do partido com as Macros e a base do PT. “Juntos, vamos preparar uma arrancada e levar o Mercadante ao segundo turno”, acrescenta o coordenador e prefeito de Osasco.
E esse é o objetivo do Dia de Mercadante, que prevê ações das 06h às 21h em todo o território paulista, a fim de chamar a atenção da mídia para a agenda do Mercadante. Até o momento, a eleição para o governo de São Paulo tem sido pouco abordada pela imprensa, o que evita o confronto de ideias entre os programas de governo dos candidatos.
Além de apresentar o planejamento, a mesa ouviu a necessidade dos militantes para que a campanha seja ampliada e melhor conduzida, e foram discutidas entre os presentes várias outras formas de mobilização.
Ao término da reunião, o saldo foi positivo. “Vamos aumentar a intensidade da campanha nas regiões, colocar mais material, mais estrutura pra que a campanha possa se desenvolver sem problemas”, concluiu Emídio.
Na terça-feira, as bancadas do PT na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do Estado encontra-se com as equipe da campanha para traçar as diretrizes dentro dos espaços e com o eleitorado. Na quarta-feira (11), é a vez dos candidato proporcionais da coligação União Para Mudar se reunirem em prol da ação.

domingo, 8 de agosto de 2010

Direito de resposta do PT é publicado na revista Veja desta semana

Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a revista Veja publica na edição desta semana a resposta a acusações sem provas feitas contra o Partido dos Trabalhadores.

Confira abaixo a íntegra do texto publicado na revista:
"Ao reproduzir declarações de candidato a vice-presidente, a revista endossa e amplifica ofensas ao PT que foram objeto de sanção da Justiça Eleitoral ao PSDB.
Em defesa de sua honra, de seus dirigentes, filiados e militantes, e em respeito à população brasileira, que tem o direito de ser corretamente informada, o Partido dos Trabalhadores vem desfazer inverdades publicadas pela revista Veja, na Edição 2.175.
O PT é um partido político democrático, registrado desde 1980 no Tribunal Superior Eleitoral, que defende a Constituição e cumpe rigorosamente a lei.
O PT condena o terrorismo, repudia a violência, pratica e defende a via democrática para a solução de conflitos.
As relações do PT com partidos políticos de diversos outros países são pautadas pela busca da cooperação entre os povos e pela construção da paz mundial.
O repúdio ao narcotráfico, que corrói a juventude, atemoriza a população e corrompe a sociedade, é parte constitutiva do ideáiro e da prática do PT desde a fundação do partido.
O PT combate com firmeza o narcotráfico e o crime organizado, por meio de sua representação no Poder Legislativo, de suas administrações municipais, estaduais e, especialmente, na Presidência da República.
Ao longo de sua existência, o PT demonstrou que não transige com o crime nem se relaciona com o narcotráfico. Afirmar o contrário, como fez a revista Veja, é transigir com a verdade".

Mercadante vai revitalizar a TV Cultura

Ao contrário do governo do PSDB, que interfere politicamente na direção da TV Cultura, e agora inicia seu desmonte, o candidato ao governo do estado de São Paulo, Aloizio Mercadante, vai revitalizar a TV Cultura, além de manter e ampliar seu ideal de rede pública, democrática e independente.

Veja os tweets de Mercadante sobre o tema:
@mercadante Depois d governar 16 anos,o PSDB afirma q TV Cultura é “cara e ineficiente”.Há informações d demissão em massa e terceirização.

@mercadante Msm sem apoio,programas da TV Cultura já lideraram audiência.Ao contrário do PSDB,vou fortalecê-la,visando fomentar cultura e cidadania.

@mercadante Vamos apoiar o movimento lançado por Nassif #SalveaTvCultura @luisnassif http://bit.ly/cnI06G

Que fim levará a TV Cultura nas mãos do PSDB?
Segundo o blog de Daniel Castro, reproduzido no conversaafiada.com.br do jornalista Paulo Henrique Amorim, a missão do presidente da TV Cultura, João Sayad, Ex-secretário de Cultura do Estado de São Paulo, é reduzir em quase 80% o número de funcionários da emissora pública: de 1800 para 400. Seja desmonte ou quase extinção, a medida do novo presidente da TV Cultura também contempla a ideia de vender o patrimônio da TV (estúdio, edifícios etc), que está em processo de estudo de viabilidade.
João Sayad, sob as bênçãos de José Serra e Alberto Goldman, alega que a TV, vencedora de prêmios mundo afora por seus programas infantis, não precisa de mais do que 400 funcionários. João Sayad pretende transformá-la em compradora de programas. E pior: o jornalismo da Cultura irá debater notícias, apenas isso. Nada mais dessa história de noticiar. O orçamento da TV Cultura é de R$ 230 milhões. E a gestão de Sayad já começou o desmonte das duas fontes de recursos da emissora: a dos anunciantes privados e a prestação de serviços para as instituições como Tribunal Superior Eleitoral, Procuradoria da República, TV Assembleia (do estado de SP) e a TV Justiça. Tudo executado, a TV Cultura vai sobreviver com R$ 70 milhões dados anualmente pelo governo estadual, e outros R$ 50 milhões vindos de conteúdo feito para as secretarias estadual e municipal de Educação. Assim, a TV, antes pública e independente, terá mais cara de TV estatal. Até dezembro, nenhum funcionário contratado em regime de CLT pode ser demitido por ser ano de eleições. Daniel Castro, em seu blog (noticias.r7.com), afirma que nenhuma das informações dadas foram negadas pela assessoria da TV Cultura.
Já o candidato Geraldo Alckmin, do PSDB, que tinha o costume de interferir nas decisões da emissora quando era governador, não se manifesta sobre o desmonte da TV Cultura.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dilma demonstra confiança, conhecimento e sinceridade em primeiro debate na TV

Confiança, conhecimento e sinceridade na transformação do país. Foi o que Dilma Rousseff demonstrou no debate entre os candidatos na Rede Bandeirantes, na noite de quinta-feira. Dilma respondeu com elegância e profundidade às perguntas dos adversários e dos jornalistas da Band, mostrando que conhece a realidade do país e é a mais preparada para fazer o Brasil continuar avançando.
“Dilma estreou com vitória nos debates eleitorais. Ela demonstrou sinceridade e conhecimento”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.
A candidata da Coligação Para o Brasil Seguir Mudando mostrou que sabe o que os brasileiros querem nestas eleições: garantir e aprofundar as conquistas obtidas no governo do presidente Lula. “O que me move não é um projeto pessoal. Mas a realização dos sonhos de milhões de brasileiros”, afirmou.
Dilma se emocionou ao falar sobre os sete anos e meio de trabalho, coordenando a equipe de ministros do governo Lula. “Conviver com a generosidade e a inteligência política do presidente Lula me deu uma experiência única e foi também a realização dos sonhos de muitas gerações.”

Visão diferente
Dilma mostrou as diferenças entre o projeto de desenvolvimento com distribuição de renda e fortalecimento do Estado e da nação perante o mundo, implantado pelo governo Lula, e os projetos dos adversários. Ela foi a candidata que mais respondeu a perguntas e em nenhum momento deixou indagações sem explicações. Mais de 200 jornalistas se credenciaram para o debate da TV Bandeirantes e havia centenas de convidados pela emissora.
A candidata petista esclareceu que há uma visão completamente diferente entre ela e o candidato tucano em relação à saúde, por exemplo. Enquanto José Serra aposta em medidas paliativas e emergenciais, como os mutirões para resolver problemas de saúde, Dilma afirmou que é preciso fortalecer o SUS e suas estruturas permanentes.

Candidata mais preparada
Ao longo do debate, que durou duas horas e foi transmitido ao vivo para todo o Brasil, Dilma mostrou que é a candidata mais preparada, ao falar sobre as realizações do governo Lula e das metas para o próximo governo.
No confronto direto com Dilma, o candidato da oposição, José Serra, demonstrou falta de conhecimento sobre programas fundamentais para a melhoria da vida do povo brasileiro, como o Luz Para Todos. Dilma teve de explicar a Serra que este programa do governo Lula levou energia elétrica a 2 milhões de famílias na zona rural do país.
Oito anos depois de perder a eleição para Lula, Serra mostrou que ainda não compreendeu a importância da indústria naval para o desenvolvimento do país. Ele desconsiderou um setor industrial importante, que havia desaparecido no governo do PSDB e agora garante o emprego de 45 mil trabalhadores nos estaleiros. Serra não soube dizer como fará para garantir um crescimento econômico que criou mais de 14 milhões de empregos com carteira assinada.
“Quem passou meses dizendo que ia ganhar de goleada, voltou pra casa derrotado, porque fugiu das questões centrais do debate”, disse José Eduardo Dutra.

Tranquilidade de Dilma
O candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB), também analisou positivamente a participação da candidata petista à Presidência. “A Dilma foi muito bem, ela estava muito tranquila. Além da tranqüilidade, ela revelou como conhece o Brasil e os problemas do país”, comentou.
Nessa mesma linha, o deputado Antônio Palocci, membro da coordenação da campanha, salientou que era exatamente essa preparação e conhecimento que se esperava de uma ministra que esteve tão envolvida com todos os temas do governo Lula.
“O debate é muito bom porque permite transmitir mais conhecimento ao eleitor sobre o que os candidatos defendem. Dilma conseguiu colocar com muita clareza o significado da candidatura dela, o objetivo de avançar nas conquistas sociais do presidente Lula. Isso é o que mais importante, que o debate ajude as pessoas a esclarecer suas posições. Ela está muito preparada para o debate”, analisou.
Ao sair do auditório, a própria Dilma disse que se sentia muito feliz pela oportunidade de debater com os demais presidenciáveis. “Foi um ótimo debate, de muito bom nível. Achei ótimo. Achei que as pessoas apresentaram seus projetos, todos os candidatos”, avaliou.

Eu não pagaria R$ 2 milhões nessa espelunca!

Tá certo que não tenho essa grana e, provavelmente não vou ter em minha vida, até porque eu nunca me servi de informações privilegiadas para ganhar dinheiro, mas se tivesse jamais pagaria esse valor por um prédio sem nenhuma condição de uso.
A Prefeitura pensa diferente e pagou quase R$ 2 milhões pelo prédio onde vai ser instalado o Poupatempo. A obra é importante, mas só a título de comparação, o prédio do antigo hotel Peabiru, que tem sete pavimentos e centenas de m2 a mais de construção, foi vendido por R$ 4 milhões. Vale lembrar que o hotel fica na Rua Amando de Barros, na quadra mais valorizada.
Mas, não quero que seja influenciado por mim. Tire você mesmo suas conclusões!

Fonte: Trincheira do Facioli

CNT/Sensus: Governo Lula bate novo recorde de aprovação popular

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu novo recorde de aprovação, segundo a 102ª pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira (5). A avaliação positiva chegou a 77,5%, a maior da série histórica desde julho de 2005. Em maio, o índice foi de 76,1%.
O presidente Lula obteve 80,5% de aprovação. O melhor resultado de Lula apareceu na pesquisa divulgada em janeiro de 2009, quando 84% dos entrevistados afirmaram que aprovavam o presidente.
De acordo com a pesquisa, Lula só recebe avaliação negativa de 14,4% dos pesquisados, enquanto 4,6% dos entrevistados

Apeoesp: São Paulo contrata aluno para ensinar aluno

Nós, da APEOESP, temos denunciado que o Governo do Estado de São Paulo vem desperdiçando dinheiro público na área da educação através de medidas que, em ano eleitoral, promovem a distribuição de recursos que seriam melhor aplicados na formação continuada e na valorização dos profissionais da educação.
Neste ano, a Secretaria Estadual da Educação instituiu a chamada promoção por mérito, que premia com aumento correspondente a 25% do salário-base apenas uma parcela dos professores, deixando 80% da categoria sem nenhum reajuste salarial. A Secretaria também está distribuindo dinheiro a uma parte dos candidatos aprovados nas primeiras fases do concurso de Professor de Educação Básica II, também correspondente a 25% do salário-base, destinado à compra de notebooks para participação no curso à distância oferecido pela recém criada Escola de Formação como terceira etapa do concurso público.
Ocorre que não há meios de controlar a compra dos equipamentos e nem há garantia de que esses candidatos serão aprovados ou ingressarão na rede estadual de ensino. Por outro lado, os recursos a serem empregados nessa desnecessária terceira etapa do concurso poderiam ser revertidos em formação continuada no próprio local de trabalho para os professores, em convênio com as universidades públicas.
Agora, a Secretaria Estadual da Educação volta a anunciar a distribuição de dinheiro, desta vez aos alunos do ensino médio para que ensinem matemática a seus colegas do ensino fundamental que tenham dificuldades de aprendizagem nesta disciplina. Como se vê, uma completa inversão de prioridades.
Governo erra ao não promover a formação e atualização profissionais dos professores que já se encontram na rede estadual de ensino, sobretudo nas disciplinas de Matemática, Física e Química. Continua errando ao não instituir salários dignos e um plano de carreira atraente para profissionais dessas áreas, o que resulta na falta de professores nas escolas estaduais. Em vez de reconhecer seus erros e corrigi-los, o governo insiste em aprofundá-los, apelando para este verdadeiro remendo que é a contratação de alunos para ensinar outros alunos.
Não apenas os professores e demais profissionais do magistério, mas também os alunos e suas famílias merecem mais respeito e consideração. Há hoje no país um sentimento de urgência para com as questões educacionais. Leis, programas e medidas têm sido aprovados na esfera federal no sentido de se buscar ampliar o financiamento da educação e o acesso e permanência da população em todos os níveis e modalidades da educação básica.
Exemplo recente, e muito importante, foi a promulgação da Emenda Constitucional nº 59/2009, que extingue progressivamente a Desvinculação das Receitas da União (DRU), destinando mais R$ 9 bilhões para a educação já em 2010. Além disso, torna obrigatório o ensino dos 4 aos 17 anos e determina que o novo Plano Nacional de Educação crie o Sistema Nacional de Educação, regulamentando o regime de colaboração entre os entes federados previsto na Constituição Federal. A lei federal 11.738/2008 instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional. O Conselho Nacional de Educação formulou diretrizes nacionais para as carreiras do magistério e dos funcionários das escolas. Também foi criado em âmbito federal o Programa Nacional de Formação de Professores. Há muitas outras medidas no mesmo sentido.
Porém, grande parte dessas medidas tem enfrentado a oposição ou resistência do Governo do Estado de São Paulo, que não vem participando deste esforço nacional para melhorar a educação pública. Prefere formular outro tipo de “solução” de eficácia duvidosa. A impressão que temos é que a educação pública no Estado de São Paulo está sendo conduzida às cegas por uma gestão que tem dificuldades para estabelecer um diálogo eficiente sobre as políticas educacionais. Quem perde são os alunos e toda a sociedade paulista.

Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidente da APEOESP