segunda-feira, 30 de maio de 2011

NOTA A RESPEITO DO NÃO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS NA DATA DEVIDA

O Prefeito João Cury perdeu a oportunidade de exercer sua magnanimidade ao deixar de pagar os salários dos servidores neste dia 31 de maio. Ele poderia, como de outras vezes em que a discussão com o sindicato arrastou-se tornando-se inviável enviar a lei de reajustes para a Secretaria de Fazenda, quando isso acontecia o salário era pago sem o reajuste e no mês seguinte eram pagas as diferenças inclusive no vale alimentação.

Ocorre que dessa vez o Sr. Prefeito resolveu tentar intrigar os servidores contra o vereador que pediu vistas ao projeto de reajuste, que está a exercer o seu papel como parlamentar, ele tem todo o direito de não acreditar que o limite prudencial do orçamento não tenha sido atingido e se de alguma forma um reajuste um pouco maior pudesse vir a comprometer os orçamentos vindouros, o papel do estadista é encontrar formas de aumentar o orçamento sem penalizar os contribuintes, mas fiscalizando a distribuição da quota-parte do ICMS aos municípios pelo governo do estado, que aliás é magnânimo tal e qual o Sr. Prefeito João Cury. Em resumo o Sr. Prefeito pretendeu retaliar o vereador não pagando os salários dos servidores no último dia do mês como poderia ter feito. Creio que o Sr. Prefeito fez uma leitura equivocada e anacrônica de Maquiavel, acreditando estar ainda no início da Idade Moder na, além disso deveria talvez voltar aos bancos universitários, para reler “A Teoria Geral do Estado, se é que algum dia a leu e verificar a constituição e funcionamento do Estado Contemporâneo, de qualquer forma, repito João Cury perdeu a oportunidade de ser magnânimo!
COLETIVO PETISTA DOS PROFESSORES DA PREFEITURA DE BOTUCATU

sábado, 28 de maio de 2011

Até onde vai? Cadê o princípio da impessoalidade?

O governo João Cury tem dado demonstrações constantes de que não está muito preocupado com o chamado princípio da impessoalidade/finalidade.
Segundo o jurista Hely Lopes Merelles, "a Constituição Federal estabelece Impessoalidade, entretanto os autores referem Finalidade. A Finalidade estabelece ao Administrador Público, que só execute o ato para o seu fim legal, ou seja, exclusivamente conforme a norma do Direito, e assim pois, de forma impessoal . Implica em excluir a promoção pessoal de autoridade ou servidor de suas realizações administrativas. A finalidade da Administração Pública é o interesse público, e o não cumprimento, implica em desvio de finalidade, condenada como abuso de poder".
Infelizmente, não é bem o que se vê em Botucatu. Basta observar as notícias divulgadas pela Secretaria de Comunicação ou colocadas no site oficial. Na maioria das vezes, o nome do prefeito está à frente da Prefeitura. Confira algumas manchetes tiradas do site:

- Prefeito acompanha visita técnica para instalação de novos postes no Largo da Catedral

- Após gestões do prefeito, Estado libera R$ 6 milhões para laboratórios da Fatec

- Prefeito busca recursos para construir Hospital Veterinário para animais silvestres

- Prefeito percorre secretarias em busca de mais recursos

- Prefeito discute projeto de reformulação de praça com comunidade da Vila Antártica

- Prefeito assina convênio de R$ 1 milhão para melhorar estrada do Monte Alegre

- Prefeito discute com comerciantes projeto de revitalização do Mercado Municipal

- Prefeito participa da formatura de 24 alunos do PEQ, no Senac

- Prefeito lança desafio de construir uma casa por dia até o fim do mandato


Outro exemplo do "esquecimento" do principio constitucional é o Boletim divulgado pela nesta quinta-feira, dia 27. Basta observar as fotos acima que foram distribuídas à imprensa. Tire suas próprias conclusões.
Fonte: Trincheira do Facioli

Prefeitura usa nº do PSDB para emplacar carros em cidade no PR

Oito carros comprados pela Prefeitura de Candói (320 km de Curitiba) foram emplacados com a numeração 4545, repetição do número do PSDB, partido do prefeito da cidade, Elias Farah Neto.
O prefeito, que exerce o terceiro mandato, diz não ver irregularidades no emplacamento e afirma que o número 45 o persegue não só na vida pública, mas também em suas atividades privadas.
"Quando eu comprei o meu carro, ganhei do despachante [de veículos] a placa 4545", diz. "No ano passado, completei 45 anos de casamento. O número 45 só me traz alegria", afirma.
Farah Neto diz que não pretende mudar o número das placas voluntariamente. "Se houver uma decisão judicial eu me curvo diante dela", diz. O Ministério Público Estadual investiga o caso.
A numeração das placas, segundo o prefeito, foi escolhida pelo secretário de Administração, João Jardelon. Não houve, porém, a intenção de divulgar o número do partido, segundo Farah Neto, que não soube dizer se o secretário é filiado ao PSDB.
"Pode ser um cochilo do secretário, mas, para mim, é uma coisinha tão pequena que eu prefiro continuar com ele, porque é um bom secretário", diz Farah Neto.
O prefeito afirma que o episódio é "mais uma denúncia" contra ele em razão da proximidade das eleições municipais de 2012.
"À medida que vai chegando a campanha política, vai despertando a ira dos adversários que não se conformam com projetos sociais pioneiros [realizados em Candói]. Isso aguça o ódio, a cobiça, sei lá o que", diz.
O Ministério Público informou que as investigações estão em fase inicial e que um procedimento semelhante foi instaurado em Foz do Jordão, na mesma região.
Lá, o prefeito Anildo Alves da Silva, que é filiado ao PMDB, emplacou carros com iniciais do seu nome e o número 1515, numa referência ao seu partido.
Folha

quarta-feira, 25 de maio de 2011

NOTA OFICIAL

A Comissão Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores, reunida na noite do dia 25 de Maio de 2011, decidiu por unanimidade de seus membros manifestar-se favoravelmente pela manutenção de 11 cadeiras na Câmara Municipal de Botucatu.

Acreditamos que o momento não é adequado para tal discussão, já que no Brasil existe em curso um projeto de Reforma Política que mudará todo o sistema político e eleitoral do nosso país.

Acreditamos ainda que a representatividade da população não se faz pela quantidade de representantes, mas pela qualidade dos mesmos.

Esta Comissão Executiva fará nos próximos dias um amplo debate sobre essa manifestação com o Diretório Municipal, Bancada de Vereadores e o conjunto de Filiados.

Botucatu, 25 de maio de 2011

Comissão Executiva do Partido dos Trabalhadores de Botucatu

domingo, 22 de maio de 2011

Declarações que explicam mais uma crise forjada

"Há muita fumaça e poucos fatos apresentados". A definição, uma síntese do que realmente acontece, é do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, ao analisar a situação criada pelo noticiário em torno do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci.
Para o titular da Justiça "desde que exista justificativa para isto (o patrimônio) e que os impostos tenham sido pagos, não há ilegalidade nem imoralidade". Ele lembrou, ainda, que "o enriquecimento como causa, não é punível no sistema brasileiro, nem em nenhum outro país no mundo. O que é punido é o enriquecimento sem causa".
O ministro negou que o governo tenha estabelecido blindagem para proteger o chefe da Casa Civil, alvo de várias tentativas por parte da oposição de convocação para depor no Congresso e até de instauração de CPI.
"Não há blindagem nenhuma sobre ele", assinalou. "Sinceramente, acho que está havendo um grande rumor, até pela importância do ministro Palocci, pelo papel que ele ocupa no governo. Agora, muito francamente, não surgiu nada que o Ministério Público ou a Polícia tivessem que apurar."

Um debate necessário a ser travado no Congresso
Também a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, manifestou-se a respeito encarecendo a necessidade de o Congresso Nacional promover um debate sobre a legislação relativa a outras atividades desempenhadas por seus parlamentares.
"Os que têm esta opinião (sobre atividades simultâneas desempenhadas por parlamentares) deveriam propor outros meios de controle, para que o Congresso Nacional analise se é necessário fazer algum tipo de mudança na legislação. Essa é uma discussão que o Congresso deveria fazer", aconselhou.
"Ele (Palocci) adotou os procedimentos indicados pela Comissão de Ética e também já mandou informações à Procuradoria Geral da República. Acredito que ele está dando explicações à sociedade brasileira", completou a ministra do Planejamento. Ela e seu colega da Justiça negaram haver paralisia ou desconforto no governo com a exposição do caso e sua persistência na mídia há uma semana.

Lula: esquerda governa com mais competência

O ex-presidente Lula disse durante o XVII Fórum de São Paulo, que a esquerda provou que é capaz de governar com "mais competência" do que a direita na América Latina.
"Provamos que a esquerda governa com mais competência do que a direita, que governou durante" muitos anos, disse Lula para mais de 150 líderes da esquerda latino-americana que participam do evento, em Manágua, capital da Nicarágua.
Lula citou como exemplo as políticas econômicas que promoveu durante seu mandato para erradicar a pobreza e melhorar o nível de vida da classe média. Lula disse que é necessário promover "uma discussão mais profunda" sobre o desenvolvimento das forças de esquerda para "fortalecer os partidos políticos, construir alianças e vencer eleições".
Lula assinalou que a esquerda deu grandes passos desde a constituição do Fórum de São Paulo, em 1990, o que lhe permitiu chegar, pela via democrática, ao governo de muitos países do continente.
Há 20 anos era difícil imaginar que algum dia "um índio" como Evo Morales conquistaria o poder na Bolívia, ou que a esquerda governaria potências econômicas como Argentina e Brasil.
Segundo Lula, o Partido Comunista de Cuba foi crucial para forjar esta unidade e a Frente Sandinista da Nicarágua, do presidente Daniel Ortega, "é a força democrática mais viva, que mais evoluiu" no hemisfério.
Lula presidiu o primeiro dia de debates do Fórum de São Paulo, junto ao presidente Ortega, ao ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya e a outros dirigentes da esquerda.

Em manchete, Folha diz que empresa financiou campanha da Dilma. Escondido na parte interna do jornal, a Folha avisa: doou para José Serra também

A Folha encerrou a lua de mel com a presidente Dilma.

O jornal fez chamada de capa no site online, estampou manchete no jornal impresso, tudo em tom sensacionalista ."O grupo WTorre, que fechou negócios com fundos de pensão de estatais e com a Petrobras, foi um dos clientes da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
A empreiteira também fez doações de campanha a Palocci (R$ 119 mil), em 2006, e a Dilma Rousseff no ano passado"....Aqui o jornal esqueceu do José Serra...
O leitor desavisado imagina tratar-se de um baita escândalo...Quando,de repente,lê no rodapé da página do jornal, bem escondidinho:"Em 2010, além da doação à campanha de Dilma Rousseff, da qual Palocci era coordenador, também houve doação para o tucano José Serra (R$ 300 mil), adversário na disputa. Leram? Agora leitor, preste atenção de quanto foi a doação para o minitro Palocci: (R$ 119 mil). Atente de quanto foi a doação para José Serra (PSDB),R$ 300 mil!
Na segunda manchete sensacionalista, bem aprópriada para jornalismo marrom, a Folha mancheteou "Empresa de Palocci faturou R$ 20 mi no ano da eleição"
Mas na parte interna e só para quem assina, o jornal, avisa: "A legislação brasileira permite que parlamentares mantenham atividades privadas como a consultoria de Palocci mesmo durante o exercício do mandato"

O que quer a Folha afinal?
Mais uma vez a Folha, sai com denuncismo vázio contra autoridade do governo e principalmente se for alguém que não é bem vindo pelo meio jornalístico. É um jogo baixo e sem sentido, só serve para gerar instabilidade no País.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Rapidinhas do PT Alerta

Carlos Trigo é novo líder da bancada do PT na Câmara Municipal
Na última reunião da Comissão Executiva do PT os vereadores apresentaram o nome de Carlos Trigo para ser o novo líder da bancada do PT na Câmara Municipal em substituição ao Vereador Lelo Pagani e que foi prontamente aceita pela Executiva do Partido, a troca da liderança da bancada é decidida pela própria bancada e segue a tradição do Partido que é feita de dois em dois anos.

Agronegócio em alta
Que o agronegócio está em alta no Brasil todo mundo sabe. A novidade é que aqui em Botucatu não são só as commodities que são plantadas. A moda agora é plantar notícias, o que também é conhecido como factóides.

Funcionalismo público
Os funcionários da Prefeitura acabaram aceitando a proposta de reajuste apresentada pelo prefeito. O pessoal resolveu aceitar a “merreca” oferecida do que encarar uma negociação desgastante. A experiência do ano passado mostra que o prefeito é irredutível e não está muito preocupado em recuperar as perdas dos trabalhadores e muito menos ouvi-los de forma democrática.

Depois dos pedágios, dos radares e dos buracos vem aí as balanças
Primeiro era um boato, mas agora a informação é oficial. A Concessionária Rodovias do Tietê confirmou ao vereador Lelo Pagani que a empresa pretende construir uma balança para caminhões em frente ao Distrito Industrial III, antes de chegar na entrada do residencial Vista Alegre e posto da polícia rodoviária.
O vereador inclusive foi procurado por várias empresas que trabalham com transportam cargas. Os empresários estão revoltados com a notícia, afinal se isso for confirmado, todo o transporte que sairá do distrito industrial terá que passar pela balança, o que pode afastar novos investimentos na região.
Ficam as perguntas: Por que não colocar a balança no final da Serra de Botucatu? "Não era lá o local?", questiona o vereador. Agora além dos pedágios, dos radares e dos buracos a Marechal Rondon vai ganhar "mais uma grande obra" do governo do Estado. Sem mencionar que corre um "burburinho" que uma outra balança, na Rodovia Castelinho, sentido capital-interior, também poderá ser instalada.
Fonte: Trincheira do Facioli

45 dias depois de inaugurada, Praça dos Eucaliptos já revela abandono
Fotos tiradas na semana passada na Praça Isaltino Pereira, aquela que teve seus eucaliptos dizimados pela Prefeitura, nem parece que foi inaugurada há 45 dias.
Parte do piso já cedeu, a areia invadiu o jardim, plantas foram destruídas e o cercamento tem pontos quebrados. As formigas são as que mais estão usufruindo o jardim da praça! Veja as fotos no link:

sábado, 14 de maio de 2011

Após protestos, governo desiste de metrô em bairro da elite paulistana

Governo de SP desiste de metrô na av. Angélica
Após pressão de moradores, empresários e comerciantes de Higienópolis, bairro de alto padrão no centro da capital, o governo de São Paulo desistiu de uma estação do Metrô na avenida Angélica, a principal do bairro, e vai reativar o projeto de uma estação na praça Charles Müller, no estádio do Pacaembu. As informações foram publicadas nesta quarta-feira (11) na Folha de S.Paulo.
A estação integraria a linha 6-laranja, que vai da Brasilândia, na zona norte, ao centro, passando por bairros como Perdizes, Pompeia e Santa Cecília e universidades como Mackenzie, PUC e Faap.
A proposta de mudança no projeto foi apresentada na semana passada em audiência e surgiu após protestos da Associação Defenda Higienópolis, que reuniu 3.500 assinaturas contra a estação. Os moradores alegam que o metrô no bairro aumentaria o "número de ocorrências indesejáveis" e a área se tornaria "um camelódromo".
"Prevaleceu o bom senso", declarou o presidente da entidade, o empresário Pedro Ivanow.
A mudança, no entanto, irritou a Associação Viva Pacaembu. Para a entidade, a estação na praça Charles Müller seria um problema em dias de jogos, quando haveria uma concentração muito grande de diferentes torcidas no local. Hoje, os torcedores se espalham pelas estações Sumaré, Clínicas, Marechal Deodoro e Barra Funda.
"Se o governo decidiu por pressão, sem considerar a análise prévia da demanda, acho pernicioso", disse a presidente da Viva Pacaembu.

Outro lado
O Metrô informou em nota que a reavaliação da estação Angélica visa obter um "melhor equilíbrio na distribuição das estações ao longo da linha 6-laranja". A estação, segundo a companhia, ficaria a "apenas 610 m da futura estação Higienópolis-Mackenzie e a 1.500 m da estação PUC-Cardoso de Almeida".
Fonte: UOL

Pernambucano, que nunca morou em São Paulo Jungmann avisa que fica com a boquinha no CET-SP

Ao contrário de Marco Maciel, que teve vergonha na cara e rejeitou a oferta de  Kassab, o ex-deputado não vê constrangimento em ter cargo na capital sem ao menos conhecer a cidade ou morar em São Paulo.
Conterrâneo do presidente do Conselho Político do DEM, Marco Maciel, o ex-deputado pernambucano Raul Jungmann (PPS) pretende continuar no conselho de administração da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET). Assim como Maciel, ele foi indicado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) e recebe salário de R$ 6 mil para participar de uma reunião por mês. Jungmann está na função desde março.
Apesar de residir em Recife e estar frequentemente em Brasília, Jungmann não vê problemas em continuar no conselho da empresa, responsável pelo trânsito paulistano. "Quando eu era presidente do conselho de administração do BNDES, não morei no Rio, e quando era vice-presidente do Banco do Brasil, não morava em Brasília", argumentou.
O ex-deputado disse que a função na CET não tem a ver com o dia a dia do trânsito em São Paulo. "No conselho, você vê contabilidade, metas, programas e andamento do que foi planejado", explicou. "Não toca diretamente na administração, não se envolve neste cotidiano."
Para Jungmann, a situação política que levou Maciel a recusar os cargos em conselhos foi uma "tempestade em copo d"água". "Imaginar que o Marco Maciel, por causa de R$ 4,7 mil líquidos, ia aderir ao projeto do Kassab é um pouco demais."
Jungmann disse não haver qualquer constrangimento no PPS com sua participação na gestão Kassab e lembrou que foi indicado para ocupar o lugar de Roberto Freire, presidente de seu partido. Freire trocou Pernambuco por São Paulo e se elegeu deputado federal pela bancada paulista no ano passado.
O ex-deputado afirmou que não cogita mudar de partido e apoia a ação do PPS de buscar no Supremo Tribunal Federal os mandatos de quatro deputados federais que migraram para a nova legenda de Kassab. Afirmou ainda que continua na oposição ao governo federal.

Renda extra
R$ 6 mil é o salário mensal bruto de um conselheiro da CET-SP, cargo ocupado por Jungmann.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sábado tem Encontro Municipal do PT

O Partido dos Trabalhadores de Botucatu convida todos os filiados a participarem do Encontro Municipal do Partido dos Trabalhadores, que se realizará no próximo sábado, dia 14 de maio, a partir das 09h00, no CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), que fica na Rua Curuzu, 565 – Centro.

O Encontro terá a seguinte pauta:
- História e Organização do Diretório Municipal;
- Reforma do Estatuto;
- Mulheres e as Eleições 2012;
- O PT e a atuação parlamentar;
- Eleições 2012;
- Reforma Política.

domingo, 8 de maio de 2011

Ministro da Saúde defende a ampliação do diálogo para a consolidação do SUS

Vitalidade e energia militante. Foram as características centrais do encontro entre petistas e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na noite de sexta-feira (6/5), no encontro promovido pelo Diretório Estadual do PT-SP, na capital paulista.
Cerca de 500 pessoas lotaram o auditório do Sindicato dos Engenheiros na atividade que durante cinco horas debateu o modelo de gestão, os problemas na relação com o Estado de São Paulo, o desmonte do Sistema Único de Saúde pelos governos do PSDB/DEM/PSD, controle social e a política de saúde pública do Ministério em São Paulo.
Parlamentares, ativistas dos mais variados movimentos sociais e segmentos da saúde, relataram a terceirização dos serviços em São Paulo, o repasse de leitos públicos para convênios e particulares, filas, o crescimento de epidemias no Estado, falta de diálogo, a desvalorização dos servidores e o impedimento dos conselhos exercerem o controle dos investimentos no setor na capital e estado.
Um documento, produzido pelos movimentos que integram o Setorial da Saúde do PT-SP, foi entregue ao ministro da Saúde. Dentre as solicitações, os ativistas denunciam que os governos municipal e estadual não cumprem a Emenda Constitucional 29 de 2000, que define os percentuais que cada ente deve destinar à saúde pública. Em nove anos, R$ 4,5 bilhões deixaram de ser aplicados na área. “Uma auditoria do DenaSus, feita em 2009, revelou que entre os anos de 2006 e 2007 não foram aplicados R$ 2,1 bilhões”, frisa um dos trechos da pauta.

Desafios
Dezenas de lideranças denunciaram durante a plenária a precarização do serviços de saúde, produzida pela gestão terceirizada às Organizações Sociais, a desvalorização dos servidores e o desmonte do SUS em São Paulo. As OSs têm o controle de 30 hospitais, 37 ambulatórios médicos de especialidades (AMEs), central de regulação de vagas e exames.
Gestores municipais acrescentaram que o Estado de São Paulo é ausente na participação do financiamento dos programas federais: Estratégia Saúde da Família (ESF), Brasil Sorridente, Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).
Dentre as propostas entregues ao ministro, o movimento enfatizou a regulamentação da Proposta de Emenda Constitucional 29, para o financiamento do sistema, com a priorização de contrapartidas do Estado para áreas de estrangulamento, como atenção básica e média complexidade. Segundo eles, o plano de valorização da carreira deve ser parte do Pacto pelo SUS e regulamentação da PEC 29. Medidas de qualificação dos servidores da saúde e alternativas à falta de profissionais em algumas especialidades, como pediatria, clínico-geral, também integram o conteúdo da discussão.
“Queremos a efetivação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Uma saúde não fragmentada, que as mulheres sejam tratadas de forma integral. Queremos políticas de Estado, acabar com a mortalidade materna, avançar no debate da descriminalização do aborto”, pontuou Sonia Coelho, da Marcha Mundial de Mulheres.
O atraso de mais de duas horas do ministro Alexandre Padilha, ocasionado pelo vôo que o trouxe de Recife (PE), onde anunciava numa atividade a construção de cinco maternidades, não desmobilizou o plenário. Aplaudido em sua chegada, o ministro se sentou à mesa e ouviu com atenção as demandas, desafios e propostas no encontro que reuniu representantes de usuários, gestores/as e trabalhadores/as.
Ao elogiar a determinação militante dos petistas na discussão, que integra a série de debates que o PT Estadual vem promovendo com os ministros do governo Dilma, o ministro Alexandre Padilha afirmou que o Sistema Único de Saúde se consolidará somente no interior de uma aliança da sociedade brasileira. “Ou nós avançamos para a consolidação do sistema ou iremos intensificar a separação, um verdadeiro apartheid de quem tem plano de saúde e quem não tem”, vaticinou, ao alertar que existem 45 milhões de pessoas com plano médico e 14 milhões com plano odontológico. “Corresponde a uma Inglaterra inteira”.
Na avaliação do secretário de saúde da CUT/SP, Luiz Antonio Queiroz, o fortalecimento do SUS passa por intensificar o debate e apoio no movimento sindical e movimentos sociais já que as OSS significam a representação de empresas gerindo a saúde pública, com o repasse do dinheiro público mal investido. “Os ataques midiáticos acentuam pontos negativos da saúde pública e escondem os positivos. É preciso desmontar esse ataque e revelar que as OSs custam 50% mais caro que os hospitais públicos”, reforçou.
O presidente estadual do PT-SP, deputado estadual Edinho Silva, afirmou que defender SUS é defender a cidadania. “Porém, não podemos apenas ficar nas denúncias, é preciso apresentar soluções para os problemas do SUS. Esse é o desafio do nosso Partido”, defendeu o presidente do PT-SP, ao elogiar a vinda do ministro para debater um assunto que é sensível para a sociedade e que possibilita ao Partido fazer a afirmação do sistema público e universal na área da saúde.
Em sua intervenção, Edinho pontuou como desafios a necessidade de rever o teto financeiro, a vacância de médicos nos concursos das cidades do interior, que exigirá um enfrentamento com o CRM, ter o controle da contratualização com hospitais filantrópicos, estabelecendo indicadores e metas, abandonar a ideologização do debate para a construção de uma agenda para o fortalecimento do SUS.
O vereador Antonio Donato, presidente do Diretório Municipal do PT de São Paulo, que passou pouco antes no evento, parabenizou a iniciativa e convidou para o encontro que está sendo organizado para este mês com os conselheiros municipais e locais para debater essa agenda conjunta, que na cidade inclui os três hospitais anunciados pelo prefeito Kassab que não serão construídos, a transferência de quase R$ 2 bilhões/ano às OSs sem controle social, o fechamento do Hospital Sorocabana, que recebe recursos do SUS.

Diálogo com a sociedade
Para enfrentar os inúmeros desafios que estão postos, Padilha acredita que a 14a Conferência Nacional de Saúde, prevista para ocorrer em dezembro deste ano, deve atrair nas etapas municipais e estaduais o diálogo com os mais variados setores da sociedade, para que o conjunto da sociedade entenda a saúde como estratégico para o crescimento do País e garanta o que é fundamental para o país. “Esse país só será grande, crescendo economia, gerando empregos e forte, se o sistema estiver forte e consolidado. Não é possível ser a quinta economia do mundo sem aproveitar ao máximo o potencial do setor econômico que mais investe em inovação e desenvolvimento tecnológico, que é a Saúde”, reforçou ao citar números assegurados pelo sistema, que realiza 21 mil transplantes e 3,5 milhões de consultas a cada ano. “Não existe no mundo um sistema universal público como o SUS, portanto há que ter uma política de Estado para o financiamento da saúde. Tem que ser uma regra estável, por meio da regulamentação da Emenda Constitucional 29. A saúde necessita de regra estável que indique quanto União, estados e municípios tem que colocar e precisamos de recursos crescentes correspondente ao crescimento da economia, para que possamos chegar a patamares semelhantes à saúde suplementar no Brasil ou mesmo com outros países que tem sistemas nacionais de saúde”.
Ele não crê que mudará a percepção da área ante à população sem a qualificação das portas de entrada do SUS, da unidade básica de saúde à urgência e emergência, para garantir a universalidade do acesso, mas salientou a necessidade de repensar normas construídas nos anos 1970, que não dialogam com o conjunto da população. Assim como a quantidade de profissionais, humanizar o atendimento, combinar formas de gestão, pela heterogeneidade do país, sem abrir mão do controle público. Ele também valorizou a parceria com os municípios, para o grande embate que há com o governo do Estado, para reconstruir aliança com o usuário e o fortalecimento do sistema.

Políticas do Ministério da Saúde
Sobre as ações que estão sendo planejadas, será pactuado em maio com secretários municipais e estaduais na Comissão Tripartite, uma política de urgência/emergência, a partir dos 230 prontos-socorros mais importantes do país, os 50 hospitais universitários federais e tem uma rede de hospitais federais no Rio de Janeiro. A saúde da pessoa idosa, a ampliação da Rede Cegonha, o reconhecimento de doulas, obsterizes e parteiras, além da ampliação da saúde mental foram comentadas. O ministro disse ainda que está sendo elaborada uma pesquisa sobre o crack para planejar ações adequadas. Ele defendeu o estabelecimento de indicadores e metas para otimização serviços, a fiscalização, o investimento na qualidade de profissionais, mas também na quantidade.
“O Brasil hoje tem 1,6 médico por mil habitantes. A Inglaterra tem 2,5. Espanha tem 4, o Canadá tem 3 por mil habitantes. Quem disse que o Brasil não tem de formar médicos. Mas é claro que tem regiões que extrapolam a média do Estado”, comparou.
Para os estudantes brasileiros que estão fazendo Medicina em outros países, o ministro disse que no segundo semestre já será aplicado um novo exame nacional, substituindo a dependência de algumas instituições que faziam o exame anteriormente. “A ideia do exame nacional é importante para não ficar refém de instituições de ensino locais e rever o critério para ter uma nota de corte mais adequada a avaliar a qualidade do profissional. Esse exame vai ocorrer no segundo semestre, todo mundo que se formou fora do país pode prestar e essa será uma forma positiva de trazer esses profissionais que querem trabalhar no Brasil para que eles tenham os seus diplomas validados”, esclareceu o ministro, ao citar ainda a experiências com universidades estaduais de aprimoramento já em serviço de jovens que tenham estudado fora do Brasil.
Ao alertar que o Brasil tem que pensar quantos profissionais precisará em 2020, um debate que não implica em abertura indiscriminada de universidades, no incentivo à disputa do mercado e nem de respostas únicas, mas de diretrizes que estão sendo pensadas para respeitar a diversidade do território nacional. “Temos que fazer um grande debate entre modelo de gestão e de contratação. Travar esse debate no Congresso Nacional, como foi feito há quatro anos permitiu o aumento de fundações, das OSs”.
No encerramento, ele orientou que é preciso pensar modelos, que afirma a gestão pública do SUS. “A opinião de cada um dos representantes é decisiva para acertar os rumos da política do Ministério da Saúde ”
A mesa do encontro mediada pelo coordenador do Setorial de Saúde, Eurípedes B. Carvalho, reuniu também a assessora do ministro da Saúde, Eliane Cruz, os prefeitos Milton Carlos de Mello "Tupã”(Presidente Prudente), Augusto Pereira (Santo Antonio do Pinhal), os secretários do PT-SP, Wellington Diniz (Movimentos Populares) e Iduigues F. Martins (Assuntos Institucionais), a secretária-geral Silvana Donatti, o senador Eduardo Suplicy, os deputados federais Antonio Mentor e José Filippi; os deputados estaduais Marcos Martins e Adriano Diogo.
Representantes das bancadas de vereadores da capital e interior, deputados federais, estaduais, secretários/as municipais de saúde, além de lideranças de conselhos de profissionais, sindicatos, conselhos locais, entidades, associações e estudantes também participaram do encontro com o ministro, encerrado por volta das 23h.